“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, servos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi. E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.” Gênesis 1:26-31 (grifo meu)
Somos criaturas de Deus, à sua imagem e semelhança. Nosso primeiro pai, Adão estava em comunhão com o Pai. Foi-lhe dito que comesse da “árvore da vida”, que estava no meio do jardim. (Gênesis 2:9).
Adão tinha vida, por que precisava de mais vida? Fora criado por Deus, que lhe soprara o fôlego da vida, tornando-se alma vivente (v.2:7). Entretanto, supomos que esta vida não era ainda a eterna, visto o Senhor Deus ter colocado a árvore no meio do jardim, para que Adão dela se alimentasse.
Adão preferiu a morte, ao invés da vida. Infelizmente. Gênesis 2:17
Sendo pai da geração humana, seus filhos herdaram este infortúnio. De fato, nascemos condenados à morte, por culpa de Adão. Romanos 5:12. Isto acarretou outro problema: a desobediência veio por Adão, por isto, somos chamados “filhos da desobediência”. A desobediência gerou o pecado e este, a morte. Romanos 5:19a., Col.3;6, Ef. 5:6: 2:2; Romanos 6:23a
Adão perdeu a graça. Nele, a perdemos, herdamos esta característica humana: adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, maus pensamentos, mortes, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias e coisas semelhantes, cf. diz Gálatas 5:19-21, Mateus 15:19
Conhecedores do bem e do mal, decidimos nossas vidas, visto estarmos separados do Pai.
O que é graça?
É o que você recebe, sem pedir, opinar, contestar, etc. Quando nascemos, recebemos a graça. Não pedimos, não aceitamos, não discutimos, não rejeitamos. Apenas recebemos e ela nos marca. Trata-se do nome. Não importa qual seja. Veio por decisão de nossos pais. É nosso enquanto vivermos. Mesmo após a morte, seremos lembrados por ele. Dádiva paterna, registrado, sacramentado. Como tomei posse dele? Gradativamente. Quando percebi, já o tinha assumido. Ainda que vá ao cartório e troque por outro, aquele primeiro permanecerá. Ainda que passem os anos, alguém lembrará meu nome de berço..
Esta graça vem dos pais. Outra graça, porém, veio do Pai Eterno.
Falemos sobre ela.
Como dissemos, ao nascer, trazemos o estigma de Adão. Deus trancou o caminho da árvore da vida, para que Adão dela não comesse. (Gênesis 3:22-24). Seria altamente desastroso, vivermos eternamente com esta natureza pecaminosa.
Ok. Estamos condenados. Como escapar a esta condenação?
Como alimentar-se da árvore da vida, viver eternamente, porém com os predicados absolutos de Adão antes da queda?
Como ser perdoado dos meus pecados, se mesmo antes de nascer já sou pecador?
O problema está na raiz. Os pecados de minha vida são perdoados por Deus, antes mesmo de nascer. Marcos 3:28, Marcos 4:12
Possuímos raiz pecaminosa. Assim, árvore boa, frutos bons; árvore má frutos maus. Suponhamos uma árvore contaminada pelo pecado, produzirá pecados. O pecado está na raiz. Precisa ser eliminado da raiz da árvore, para que produza somente frutos bons. Mateus 7:17-19 ; 12;33. Pela raiz, o problema da árvore será solucionado.
Esta é a outra graça que recebemos desde nosso nascimento adâmico. Mateus 3:10, João 1:29.
Observe-se: o machado está posto à raiz. O Cordeiro tira o pecado do mundo.
O benefício concedido por Deus aos homens, manifestou-se em Cristo, por Sua graça imensurável, visto que atraindo-nos a todos na cruz, a todos beneficiou pelo Seu vitupério. João 12:32, Romanos 3:24 ; 5:18 ; 6:14, Efésios 2:8 ; Tito 2:11.
Evidente. Esta graça é muito maior que a graça do nosso nome.
É resgatadora de nossa vil condição diante do Pai, porque somos perdoados nEle. João 8:11 ; 1 João 2:12 ;
Esta graça resultou no seguinte:
- morte de nosso velho homem adâmico - Romanos 6:6; João 3:3
- Nascemos de novo pela ressurreição de Cristo – 2 Corintios 5:14, 17 ; Efésios 2:6
- Eliminada a raiz do pecado, por nossa morte (em Cristo) na cruz. Romanos 6:7.
A graça já está concedida. Todos têm direito a ela.
Como tomar posse?
O grande propósito de Deus é, pela loucura da pregação, salvar muitos. (1 Corintios 1:21) Por que não todos, se todos já foram beneficiados?
Voltamos ao princípio. A situação é praticamente a mesma, fragmentada agora pela população adâmica. Deus advertiu Adão para que não se alimentasse da árvore do conhecimento do bem e do mal, oferecendo-lhe a árvore da vida. Esta, agora, está em Cristo. “Se alguém tem sede, venha a mim e beba de graça da água da vida.” (João 7:37,38) A diferença é que, agora, o homem é árvore do conhecimento do bem e do mal.
Deus usou a Palavra com Adão. E novamente a usa conosco, pelo conhecimento do Evangelho, que está sendo pregado a toda criatura debaixo do céu. (Colossenses 1:23.)
Por isto, quem crer e for batizado, será salvo. Quem não crer, será condenado. Marcos 16:16
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Romanos 10:13,14,15a (meus grifos).
Observem a ordem: Deus envia pregadores do Evangelho. Quem tem ouvidos, ouve. Quem ouve, crê ou não. Quem crê, invoca. Quem invoca o nome do Senhor, é salvo.
É a seqüência pela qual tomamos conhecimento da graça plena obtida na mensagem da cruz, que sintetiza o próprio Evangelho.
Observem a ordem: Deus envia pregadores do Evangelho. Quem tem ouvidos, ouve. Quem ouve, crê ou não. Quem crê, invoca. Quem invoca o nome do Senhor, é salvo.
Enviar, ouvir, crer, invocar, ser salvo.
Seqüência maravilhosa que encaminha os ouvintes da Palavra da cruz à descoberta da graça. Este "descobrir" é tomar conhecimento do que foi a eficácia da cruz em sua vida. Quando Felipe foi maravilhosamente orientado pelo Espírito para pregar ao eunuco de Candace, observamos que houve a instrumentalidade humana usada por Deus para cumprimento de Sua ordenança: IDE E PREGAI.
Felipe foi enviado.
" E o anjo do SENHOR falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta.Atos 8:26
Levanta-te e vai. O "falar" do Espírito a Felipe. Ele ouviu. Como podemos ouvir a voz do Espírito? Muitas são as formas e meios pelas quais o Espírito nos fala. Aqui, o Espírito disse: Vai.
"E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração," Atos 8:27
Felipe levantou-se e foi. O "instrumento" Felipe foi cumprir a ordem do Espírito. Quantas vezes o Espírito nos fala e descumprimos Sua ordem? "Ah!, mas hoje tem jogo decisivo."; "É o último capítulo da novela". Desculpas, desculpas e desculpas. Deixamos de cumprir a segunda etapa da ordem divina e então...Ai de mim, se não pregar o Evangelho, não é, Paulo?
“Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.” Atos 8:37
Abrindo sua boca. Eis o "pregar". Pregar o quê?
E abrindo sua boca lhe anunciou a Jesus.
Anunciou Quem? Jesus.
Quem? JESUS.
Só Jesus?
Sim, só Jesus.
Pregou o Evangelho da Graça. Ide e Pregai. Anunciai. Quão formosos os pés dos que anunciam as novas de grande alegria, não Felipe?
"E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus." Atos 8:37
Felipe insistiu com aquele homem. Tentou convencê-lo. Usou artimanhas mirabolantes, técnicas de condução de pessoas emocionalmente, a hermenêutica, a homilética, sei lá quantas “êuticas “ e “éticas” Tudo Felipe tentou.
Será que foi mesmo assim?
Não. Felipe apenas abriu sua boca, anunciou Jesus. Iam seguindo pelo caminho. Naturalmente, Felipe falou, “quem crer e for batizado será salvo”. De repente, aquele homem pára e pergunta:
"E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?" Atos 8:36.
Ihh! Complicou. A igreja ainda não estava constituida. “Temos que falar com Jerusalém, para ver quem vai dar o curso de batismo”. !Ainda não estamos ordenando sacerdotes, mas logo, logo, Pedro vai enviar alguém.” “Aí então te batizaremos, certo? Dá um tempo.”
Estas foram as palavras de Flilipe àquele homem?
Não, apenas disse: É lícito, se CRÊS. A palavra "crê" foi falada. Nenhum convencimento. Apenas: crês?
Oh! Glórias ao Senhor! Que seqüência maravilhosa. Enviado pelo Espírito, Felipe foi e pregou. O eunuco "creu". Creu e... invocou o nome do Senhor quando pediu o batismo. Foi salvo e já expressou sua fé em Cristo: Eis aqui água. Que impede que seja batizado.
A seqüência correta. Creu. Pediu o batismo. Não pediu o batismo para depois crer. Primeiro ouviu, depois creu, aí pediu (invocou) e saiu jubiloso.
“E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho.” Atos 8:39
Operação exclusiva do Espírito Santo.
O instrumento que usou: Felipe.
Na comunidade de Corinto havia pessoas que não estavam em Cristo. Este sentimento de Paulo com relação a Cristo fica claro no conteúdo de suas epístolas. Estar em Cristo é ser nova criatura. Implica que o homem (na graça) olha o mundo com a visão do Pai. É a visão sob o ponto de vista da graça.
Paulo disse-lhes: vós sois o templo de Deus. "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1CO 3:16). Um homem, que andava com a mulher de seu pai, que dizia-se irmão, era habitação do Espírito? De maneira alguma, como pode haver comunhão entre a luz e as trevas? Cristo disse: “Se teu irmão pecar contra ti, chama-o e repreenda-o entre ti e ele só. Se não te ouvir, chama 2 ou 3 testemunhas. Se não te ouvir, dize-o à igreja. Se ainda não ouvir, seja tido como pagão.”(Mateus 18:15-17)
Por isto, Paulo disse: “Estais ensoberbecidos?”
Aquele modelo de igreja estava expondo Cristo ao vitupério. Não estavam agindo sob a graça, como um todo, falando o linguajar de Cristo, que é inconfundível.
Irmãos em Cristo cometem erros? Claro! O próprio Paulo admitiu: "Fui néscio em gloriar-me; vós me constrangestes. Eu devia ter sido louvado por vós, visto que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos, ainda que nada sou.” (2CO 12:11.) Corrigiu a Pedro por seu procedimento indevido com os irmãos. Com Barnabé, houve contenda entre eles: Paulo não queria que uma pessoa (João, o Marcos) os acompanhasse na jornada. Isto não invalida os auspícios da graça no indivíduo, ainda que haja divergência de opiniões. No campo da graça todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.
Quem eram os “sinceros” a que se referia Paulo? (1 Cor. 11:19)
Os que, pela fé, foram crucificados com Cristo.
Compreenderam a mensagem da cruz em suas vidas. Neste aspecto é que Paulo generalizou a igreja, considerando-a com todas as qualidades já citadas (conhecimento, dons, etc). "Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração." (2CO 3:3)
Ainda que ficaram contristados pela carta de Paulo, (2 Cor.7:8), aqueles que estavam na graça operante de Jesus, compreenderam sua atitude. Os que não estavam ainda na plena graça, arrependeram-se para a salvação:
"Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte." (2CO 7:10).
Observamos hoje uma variedade de denominações professando o nome de Cristo. Nelas, quantos são os “sinceros”?
Em 1 Cor.15:34, Paulo relata que alguns dentre eles (Corinto) ainda não tinham o conhecimento de Deus. No versículo 5, cap.13, da segunda carta, Paulo mandou que fizessem exame de si próprios, para ver se permaneciam na fé em Cristo. Se não, estariam reprovados.
Quando o apóstolo fala nos dons e cita o amor como o maior deles, sem o qual nada seria, nisso consiste a aprovação, em Cristo. É onde reside os asmos da sinceridade e da verdade (1 Cor.5:8).
Os sinceros na igreja são aqueles que se expressam sob o ponto de vista da graça. Confessam Jesus como Senhor de suas vidas. Entenderam o significado da cruz.
Similar à igreja de Corinto, temos hoje na igreja, aqueles que se deixaram persuadir pelo ambiente, afinidade, interesses pessoais, tradições, motivos outros. Ainda não tiveram uma experiência real em Cristo. Seguem o curso de sua vida religiosa.
Crêem em Deus, mas isto não é suficiente. Há pessoas que não suportam a verdade contida na mensagem da cruz. Preferem ficar como estão. Há muitas pessoas assim. Religiosas ao extremo. Defendem a denominação a todo custo. Sabem da cruz, conhecem Cristo, falam dEle, mas...
Paulo relata em 1 CO 10:4,5, que no deserto, os israelitas beberam de uma bebida espiritual, da pedra espiritual que era Cristo. Contudo, Deus não se agradou deles. Assim, somente 2 daquelas pessoas entraram na Terra Prometida. O restante, ficaram prostrados no deserto. “E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto.” (1CO 10:4,5)
Por que? Não eram “sinceros”. Reclamavam. Idólatras. Nem os sinais e maravilhas feitos por Deus lhes foram suficientes. Preferiram voltar à escravidão do Egito a enfrentar as adversidades do deserto, ainda que com a mercê do Senhor, que lhes fazia chover maná do céu. Notem, a “pedra espiritual” os seguia. Eles não a seguiam. Não tinham o “ponto de vista da graça” que hoje temos em Cristo crucificado. Se nos considerarmos em relação a eles, para nós até que é muito mais fácil. Vivemos o tempo aceitável, a hora oportuna. Nosso deserto é o mundo.
Este é o momento. Não haverá mais oportunidades. Revestir-se com os asmos da sinceridade e da verdade, encher sua vasilha com azeite até transbordar equivale a negar-se, ir após Cristo, na cruz. A sinceridade absoluta só é conseguida na cruz, em Cristo, onde, convictamente, não teremos problemas de desagrado com o Senhor Deus Pai. A verdade da cruz é esta:
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim." (GL 2:20)
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Colossenses 2:
12 Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.
13 E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
14 Havendo [riscado] a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
Estando nós ainda mortos em nossos delitos e pecados, Ele nos deu vida. Fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte e ressuscitamos JUNTAMENTE COM ELE, para estarmos assentados nos lugares celestes.
A verdade é que o ser humano nasce morto. É um natimorto. Existe vida corpórea, e a alma está perdida ou fadada à perdição se nada for feito por ela. O espírito do homem está separado de Deus, quando devia estar ligado a Ele.
Quando Adão foi formado no jardim do Éden, estava em estado de graça, mas não tinha a plena graça. Para obtê-la foi-lhe oferecida por Deus comer da árvore da vida que estava no meio do jardim. Alimentando-se dela, teria vida. Preferiu a morte. Morte quer dizer separação. Não foi a morte corpórea, mas a morte para Deus. Não de Deus para o homem, mas morte deste para Deus.
Assim, ao invés de adquirirmos vida em Adão, adquirimos morte nele. Possuímos os traços adâmicos, seu perfil, logo estamos mortos como ele.
Saímos do estado de graça, para a desgraça.
E adquirimos nova paternidade. A paternidade daquele que induziu Eva.
Mas Cristo veio.
Levou a nossa morte nEle. Morremos com Ele. Quando Ele ressuscitou, ressuscitamos.
Saímos da morte de Adão e entramos na vida de Cristo. A dinâmica graciosa do Filho que nos doou o Pai, por Sua excelsa vontade.
Por isto, Paulo, sabiamente disse: Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
O homem está separado de Deus, mas procura Deus. Procura em tudo, em objetos, no sol, nas estrelas, na matéria, no vento, no ar, no Universo. Carece da presença de um deus. Sempre foi assim. Abastece-se de crenças, as mais diversas. Fabrica deuses para si.
Mas a manifestação visível de Deus foi (é) Cristo. Ele é imagem do Deus invisível.
No princípio era o Verbo. E o Verbo era Deus. E estava com Deus. E o Verbo se fez carne. E habitou entre nós, cheio de graça e de verdade.
Em Cristo, saímos da morte para a vida. Fomos transportados do reino das trevas para o reino do filho do Seu amor.
Já não temos a picada da morte, mas o sêmen glorioso da vida. E o melhor: eterna. Alimentamo-nos agora, em Cristo, daquela árvore da vida, da qual Adão não se alimentou.
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Hebreus 4:
14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
Alcançar misericórdia e achar graça. Em tempo oportuno.
Porque todos haveremos de comparecer ante o tribunal de Deus, alcancemos misericórdia e graça, no trono da graça, neste tempo aceitável.
Diante do trono, temos um sumo-sacerdote, não como nós, falhos e pecadores, mas um que em tudo foi tentado, mas SEM PECADO. Jesus é este homem.
Na cruz, recebeu nEle o que era para recebermos. Pelo pecado atraído nEle, pelo pecado CONDENOU o pecado na carne.(Romanos 8:3) Estando em carne, recebeu em SI o açoite da morte. Sua alma então foi derramada na morte, Passou tres dias e tres noites no seio da terra (no ventre da morte). Seu Espírito foi recebido pelo Pai. Quando ressuscitou foi para o Pai. Disse a Maria Madalena: "Não me detenhas, ainda não subi para o Pai".
(João 20:17). No Pai, ressuscitado, derramou os dons para a igreja. Por que? Porque destruiu o império da morte, tendo pois eficácia para receber como homem, os dons que derramou a igreja. Um pecador, jamais conseguiria isto. Ninguém, nem Buda, nem Maomé, nem Moisés, nem...nem...nem...deuses criados pelo homem. Só Jesus, como homem pôde assentar-se à destra de Deus. É muito sério isto. Nem um ser mortal, por mais grandioso que tenha sido em vida, pôde alcançar isto. Só Jesus, o homem. Aqueles que morreram justificados, estão debaixo do altar.
Como alcançar misericórdia no tempo oportuno?
Estamos neste tempo. Jesus disse: "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." João 4:23
Jesus disse: verdadeiros adoradores. Por que? Porque há adoradores falsos.
Aqueles que O adoram, adoram em Espírito e Verdade. A Verdade que liberta é Cristo. O Espírito derramado é o Espírito Santo que nos foi dado.
A hora vem, e agora é. No tempo que Jesus falou isto, Ele já estava presente, pois disse: "Arrependei-vos porque é chegado a vós, o Reino dos Céus". Era o tempo oportuno. O momento aceitável.
Jesus é. Está presente. É o motivo da adoração. É a perfeita adoração. NEle adoramos.
Como podemos adorar sendo pecadores. Somente em graça.
"Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo." Rom 5:17
Pela ofensa de um (Adão) a morte (éramos sujeitos a ela) reinou. Mas pela graça de um (Cristo) recebida pela cruz foi-nos doada a justificação que dá vida (não temos mais a morte reinando) e por Ele reinamos (em graça e verdade), vivificados em Espírito (que foi por Ele doado). É maravilhoso demais.
Para aqueles que ainda estão procurando, não procure mais. Ele já veio e está oferecendo a oportunidade no momento que é agora. Quem quiser, recebe de graça da água da vida. Apc 22:17
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Pela ofensa de um (Adão) a morte (éramos sujeitos a ela) reinou. Mas pela graça de um (Cristo) recebida pela cruz foi-nos doada a justificação que dá vida (não temos mais a morte reinando) e por Ele reinamos (em graça e verdade), vivificados em Espírito (que foi por Ele doado). É maravilhoso demais.
"E a vara de Moisés? Não é figura da cruz? Ora transformando a água em sangue, ora devorando as fictícias serpentes dos magos, ora dividindo o mar com o seu toque, ora fazendo voltar as ondas ao seu lugar e submergindo os inimigos. Mas sempre salvando aquele povo escolhido. Ainda figura da cruz, a vara de Aarão reverdecendo no mesmo dia, revelando o sacerdote legítimo."
"Abraão também a prefigurou ao pôr o filho amarrado sobre o feixe de lenha. Pela cruz a morte foi destruída e Adão recuperou a vida. Da cruz gloria-se todo O apóstolo, por ela todo o mártir é coroado, todo o justo é santificado. Pela cruz revestimo-nos de Cristo, despojamo-nos do velho homem. Pela cruz, nós, ovelhas de Cristo, reunimo-nos num só rebanho, destinados que somos aos campos celestes."
"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
1 Corintios 1:18
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"Ó preciosíssimo dom da cruz! Vede o esplendor da sua forma! Não mostra uma figura mesclada de bem e de mal como aquela árvore do Paraíso, mas totalmente bela e excelente à vista e ao paladar. É uma árvore geradora de vida, não de morte; ilumina, não cobre de trevas; introduz no Paraíso, dele não expulsa; árvore em que Cristo, qual rei, com bravura sobe e vence o demónio, detentor do poder da morte, e liberta o género humano da escravidão tirânica.
Sobre esta árvore o Senhor, qual valente guerreiro, ferido durante o combate nas suas mãos, pés e lábios divinos, curou as chagas do pecado e a nossa natureza ferida pelo mortífero dragão. "
“Vejo os homens, pois os vejo como árvores que andam..”. Marcos 8:24)
O ser humano é, em seu composto, agregado de células. Ramificações formadas por suas veias e artérias compõem emaranhado sistema de fluxos sanguíneos em seu corpo. Compara-se a uma “árvore” com ramos internos. Externamente, prossegue ramificação genética, gerando filhos. Fazemos parte de árvore genealógica.
Jesus curou um cego em 3 etapas. ( Marcos 8:23-26). No processo da cura, o cego disse estar vendo os homens, porém como “árvores que andam...”.
A Bíblia não revela se era cego por nascença.
Não poderia distinguir objetos, instantaneamente. Coisas que nunca vira. Cego fisicamente. Também cego espiritual. Esta característica não era só dele. Todos somos cegos ao nascer. Nascemos em escuridão espiritual.
Pegando sua mão, Jesus o leva fora da aldeia. Primeira etapa da cura.
Que motivos poderiam significar o porquê Jesus conduzí-lo fora daquele ambiente?
A precipitação urbana? Falatórios? Descrentes? Poluição? Valores morais arraigados? A religião? Realmente isto impede o indivíduo de “enxergar” o que se passa à sua volta.
Em que “aldeia” vivemos? Conceitos e tradições aprendidos de nossos pais, enraizados, determinando nossa forma de ser, nosso caráter. Somos parte do sistema, seja religioso, cultural, tradicional.
Principalmente à Palavra de Deus. Somos cegos a ela.
A pregação do Evangelho é o primeiro contato que temos com a Verdade. Somos conduzidos por Cristo a fim de nosso entendimento ser aberto.
Entretanto, cuidado! Há condutores falsos. Caminhos que não refletem a verdade do Deus Altíssimo. Se o foco não for Cristo e a mensagem da cruz, é falso.
Quando pessoas têm o primeiro contato com Cristo, pela Palavra pregada ou escrita, o fenômeno acontece. Podem crer de imediato, questionarem ou simplesmente não crerem. A semente que cai à beira do caminho. Dependendo da terra, germinará ou não.
Ao conduzir aquele cego, talvez Jesus estivesse falando-lhe coisas espirituais, no caminho. Inferimos que aquela condução equivale à revelação gradativa da Palavra. É Deus trabalhando o barro.
Jesus "cuspiu-lhe" nos olhos.A seguir, impôs-lhe as mãos. Segunda etapa da cura.
O cego enxergou. Não perfeitamente. Via homens como árvores, andando. (v.24). Visão turva, ofuscada.
Situação de muitos. Conhecem Cristo. Tiveram até certas experiências. Contudo, enxergam parcialmente. Transformação motivada pelo meio? Ambiente, afinidades? O indivíduo está próximo a Cristo. Ele cospe-lhe nos olhos (a Palavra). Enxerga. Contudo, parcialmente.
Enxergam o que não viam antes. Aderem ao novo sistema:um grupo, denominação, etc. O estado de ser do ex-cego: enxergava os homens como árvores.
Há experiência com Cristo, mas o indivíduo torna-se religioso. A verdade de muitos fatos é desprezada. Em certos casos, até enxergam bem. Mas pecam por omissão. Ficam restritos ao sistema religioso.
O ex-cego enxergava homens andando como árvores. Homens são verdadeiras “árvores andando neste mundo”.
Certa vez, Jesus, com fome, foi a uma figueira. Não achou nela senão folhas. Disse-lhe: "Nunca mais nasça fruto de ti". Ela secou imediatamente. (Mateus 21: 18-20).
Há pessoas como aquela figueira. Beleza, ostentação, poder, vaidade, sabedoria humana. Produzem frutos proveitosos? Talvez, mas valem somente para esta vida.
Cegos parciais, os homens vagam pela vida. Conhecem Cristo de ouvir falar, pela religião, pelo sistema. Nos dias atuais, Cristo é divulgado. Por toda parte. Rádio, TVs, igrejas, jornais, revistas, livros. Verdadeira aldeia global.
"Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente são lobos devoradores." (Mateus 7:15) .
“Árvores humanas”. "Árvores” que se estribam em seu próprio entendimento.
Olham para si mesmas. Dizem: Eu e Cristo fazemos. São parcialmente cegas. Raiz contaminada.
Judas disse:
“Rochas submersas, pastores que se apascentam a si próprios, nuvens sem água levadas pelos ventos, árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas.” (Jd. 12)
Secarão. Só produzem folhas que cairão no esquecimento e na amargura. Restar-lhes-á apenas um lugar na história. Esta visão parcial é a visão ofuscada do religioso. Cega, por seu apego à religião.
Em Mateus 7.17,18, Cristo diz:
“Toda árvore boa produz bons frutos, a árvore má produz frutos maus. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo.”
Em Mateus 3:10, João Batista disse: “o machado já está posto à raiz das árvores.” O machado é Cristo. A raiz é a fonte que faz com que a árvore (o ser humano) produza frutos. Está contaminada. Seus frutos: bons e maus.
O Senhor tocou novamente o ex-cego. Terceira etapa.
Impôs-lhe a mão nos olhos. Fê-lo olhar para cima. Para o alto. Por que?
“Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” (TG 1:17).
Olhando para o alto, o ex-cego passou a ver com clareza todas as coisas.
Obteve visão ampla, total. Enxergava perfeitamente.
Estava sob novo foco: o foco da graça operante. As árvores humanas eram homens para ele.
Sua nova condição?
Novo ser. Nova criatura. Sua raiz, exterminada. Recebeu sabedoria do alto, do Pai das Luzes e caiu-lhe a escama dos olhos.
O Senhor não só curou sua vista quanto ao aspecto físico. Identificava com clareza e distinção ao que via. Sua mente, antes cauterizada pela escuridão espiritual e de seus olhos, também foi renovada.
A primeira “árvore” que ele enxergou: Jesus, a Oliveira verdadeira, a árvore da vida.
Estava na escuridão. Enxergou parcialmente. Depois totalmente. Abriram-se-lhe os olhos físicos e da alma. Obteve entendimento. Deus tratou aquele barro.
Em síntese, eis nossa realidade:
Cegos Totais:
"Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje. E Davi diz: Torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, e em tropeço, por sua retribuição; Escureçam-se-lhes os olhos para não verem, e encurvem-se-lhes continuamente as costas.”(RM 11:8-11);
...vendo parcialmente:
"E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem.”(LC 24:15,16) e
...enxergando totalmente:
"Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo." (2 Cor. 4:6).
Depois que recebemos Cristo:
"Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará." (SL 1:3)
O cego. Uma árvore seca, sem folhas, frutos. Renasceu. Passou a produzir frutos (nova visão). Deus não vê o exterior. Vê o coração humano;
"Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; pois já os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparaste perante a face de todos os povos. Luz para iluminar as nações, e para glória de teu povo Israel" (Lucas 2: 28-32).
“...nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.” (2 Cor. 4:4).
Nos dias que se chama hoje, a abertura de nosso entendimento é completa quando passamos pela crucificação de Cristo. Deus impõe suas mãos em nossos olhos pela pregação do Evangelho. Recebemos revelação pela graça do Espírito Santo. Olhamos para o alto. A palavra da cruz é a loucura da pregação, no dizer de Paulo.
Deus trancou o caminho para a Árvore da Vida "E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida." (Gen.3.24)
Este caminho está aberto. Se deixarmos Jesus nos conduzir. Ele é o caminho e a verdade e a vida. Aplicará saliva (a pregação da Palavra da cruz); porá a mão em nossos olhos. Abrirá nossa visão e entendimento. Veremos a vida com outros olhos: os olhos do amor, da graça, os olhos de um novo coração. Seremos transformados pela renovação de nossa mente. (Romanos 12:2)
“A candeia do corpo são os olhos. Quando, pois, os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, quando forem maus, o teu corpo será tenebroso” (Lucas 11:34).
Clamemos ao Senhor misericórdia por aqueles que ainda não enxergam ou enxergam parcialmente, para que tenha visão completa da obra da cruz em nossas vidas.
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"Mas a hora vem, e agora é, em que os [verdadeiros adoradores] adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem."
João 4:23
Deus procura verdadeiros, vejam bem: DEUS PROCURA, VERDADEIROS adoradores.
Ora, por que Deus procura? Onde estão eles? E se a Bíblia diz "verdadeiros" é porque existem os falsos adoradores.
O homem na situação em que se encontra não pode "adorar"a Deus. É preciso que haja uma ligação, um procedimento que o faça apto para comunicar-se com o Pai.
Depois que Adão pecou, TEVE MEDO, FUGIU. Por que? Óbvio, já nao tinha mais condição de adorar. Cobriu-se com folhas. Descobriu-se como homem. Fugiu de Deus. Ora, se Deus é misericordioso, por que fugiu? Culpa. Achou-se culpado.
De fato, arrepender-se é achar-se culpado. Adão achou-se culpado, fugiu, pois não tinha com que APRESENTAR-SE diante de Deus.
E aqui é que nós entramos na história.
Adão nao pôde apresentar nada para JUSTIFICAR-SE. Então colocou folhas de figueira.
Cristo viu uma figueira, bela, cheia de folhas, mas sem frutos, (e nem era tempo de dar frutos). Amaldicoou-a. Adão com aquelas folhas de figueira, também recebeu maldição: dor, trabalho com suor, doenças. Estava sem frutos, ou pior, tinha frutos sim, abomináveis a Deus: o pecado
Quando Cristo pregou, disse: ARREPENDEI-VOS.
Ora, se disse isto, é porque somos culpados. A culpa que trazemos: a de Adão. Somos seres adâmicos.
Nossas folhas de figueira: nosso próprio eu. Somos cheios de nos esconder atrás de nosso próprio eu. E, quando queremos atribuir culpa, jogamos a culpa em Deus, como Adão fez: "A mulher que TU me deste, ela me fez comer." Ah, Senhor Deus, porque não me deste uma mulher melhor, heim?
De fato, nossas folhas de figueira estão aí: nossa sabedoria humana, nossa teologia, nossos sofismas, nossos Phs, etc. Mas aquela sabedoria que vem do alto, não queremos.
Então Cristo veio. Para que nós tivéssemos algo que oferecer por nossa culpa.
Fugimos de Deus. Temos medo. Ele nos chama:(Deus procura) "Adão, onde estás?" E respondemos: "Escondi-me, porque tive medo"
Adão não foi um verdadeiro adorador. Nós também não somos.
Então Cristo veio. Para que nós tivéssemos algo que oferecer por nossa culpa.
"Mas eu? Sou bom, cumpro minhas obrigações, sou dizimista, vou à igreja sempre. Como sou culpado? Nunca. Já estou pagando minhas culpas com minhas obras."
Será mesmo?
Se Adão fizesse uma obra de amor, pagaria seu erro a Deus? Deus aceitaria?
Sacrifício animal. Foi o único jeito de pagar. E Deus sacrificou animais e com as peles teceu vestimentas para Adão. Para cobrir ADão, Deus sacrificou animais.
Para nos cobrir, Deus sacrificou Cristo. Um animal não poderia decidir sobre o sacrifício. Mas Cristo sim, aceitou o preço. Amou-nos antes do que nós a Ele.
Deu a vida pelos culpados, pelos cobertos com folhas de figueira. Cobriu-nos com Seu manto de amor, seu manto de sangue derramado sobre nossas cabeças.
Eles disseram: Caia sobre nós e nossos filhos o Seu Sangue.
Mateus 27:25 E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue [caia sobre nós] e sobre nossos filhos.
Exatamente isto. O Sangue caiu sobre nós. Sangue de um santo. Precioso. Suficiente para nos livrar da culpa adâmica.
Isto é graça.
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2 Corintios 5:
17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
18 E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação;
19 Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pós em nós a palavra da reconciliação.
20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.
"Adão nao pôde apresentar nada para JUSTIFICAR-SE. Então colocou folhas de figueira."
Quando Adão "afastou-se" de Deus, teve medo, fugiu. Colocou toda sua espécie humana, na mesma situação.
Como justificar-me perante Deus, de algo que até minha própria consciência me acusa?
Cristo disse que "se alguém olhar para uma mulher com olhos impuros, em seu coração já comete adultério". A lei diz que os adúlteros seriam apedrejados. Como apedrejar alguém nesta situação?
Teríamos que ler os pensamentos das pessoas para cumprir a lei. Impossível. Então, muitos adúlteros não são apedrejados. Mas são, porém, culpados. E esta culpa não acompanha o pecador só em questões de adultério, mas em muitos outros pecados ocultos ao homem, mas não para Deus.
É, pois necessário ao homem adâmico (sua natural condição de ser) um papel reconciliador. Como obter reconciliação ao Pai, se nem ao menos nos dirigimos a Ele em sã consciência?
É verdade, Cornélio (Atos 10) dirigia-se a Deus em orações, fazia de contínuo muitas esmolas, ajudava os pobres. É verdade, Deus ouviu suas orações. Mas qual solução, o Senhor Deus propôs para Cornélio?
Atos 10:40 A este (Jesus) ressuscitou Deus ao terceiro dia, e fez que se manifestasse,
Cornélio precisou ouvir Pedro e a Palavra da reconciliação. Que pecados tinha Cornélio para reconciliar-se com Deus?
A nossos olhos, Cornélio era perfeito, mas aos olhos de Deus, tinha a culpa adâmica em si. Precisava reconciliar-se.
A partir do momento em que Cornélio "ouviu" a palavra da cruz (morte e ressurreição), entendeu sua condição de culpa. Era um homem que Deus amava. (Cristo amou aquele jovem rico). E este homem ouviu a proposta de Deus para seu coração, recebendo Cristo, natural reconciliador da raça humana.
Ora, Cornélio praticava obras de amor e precisou ouvir Pedro???
Sim, porque tinha pecados de sua própria consciência, "ocultos", que o afastavam de Deus. Talvez quisesse JUSTIFICAR-SE através de suas obras de amor. Suas folhas de figueira estavam em seus atos e não nos méritos de Cristo para sua pessoa. Deus "tirou" suas folhas de figueira através de Cristo e o cobriu (sua nudez) com o próprio sangue de Cristo.
É patente que estamos inequivocamente desguarnecidos diante do Pai, sem nenhuma condição de JUSTIFICAÇAO, por nossos próprios atos.
Somos pois JUSTIFICADOS pelos parâmetros graciosos da cruz, em Quem (Jesus) nos deu o ministério da reconciliação. Deus, o próprio Deus, estava em Cristo, RECONCILIANDO consigo o mundo (a condição é crer). Se não estivermos em Cristo, estamos reprovados.
2 Corintios 13:5 Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
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Ezequiel 36:
25 Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
26 E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.
27 E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.
Ficareis purificados. Só pode ser purificado aquilo que é impuro. Aspergir "água pura" significa uma água cristalina, límpida, sem nenhum defeito. Jesus disse aos apóstolos: "Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado."João 15:3
Nesta clara alusão do Senhor, temos exemplo do que é a "água pura". Em Efésios o Senhor revelou: "Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Efésios 5:26
Assim, a água que nos purifica é a Palavra.
Por que precisamos de purificação pela Palavra? Porque se dissermos que não temos pecado,"...fazemo-Lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós." 1 Joao 5:10
Entretanto, o Senhor disse que colocaria em nós um coração de carne e um espírito novo. Ele nos daria do Seu Espírito.
Veja que "espírito novo" está em minúscula no texto citado e "o meu Espírito" está em maiúscula.
Observamos em Romanos 8:16 que... " O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
Também letra maiúscula para salientar o Espírito de Deus e minúscula para salientar o nosso espírito.
Nosso espírito continua o mesmo que recebemos ao nascer no útero de nossa mãe, pois já éramos seres de Deus. Mas este espírito nasce "morto", isto é, separado de Deus, em virtude nossa origem pecaminosa em Adão.
Quando Deus processa em nós um espírito novo, para TESTIFICAR com o Seu Espírito?
Exatamente. Na cruz.
Para isto, Cristo veio.
Na cruz, morremos ("...que, se um morreu por todos, logo todos morreram.")
e ressurgimos ("E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;") 2 Cor 5:14 e Efes. 2:6.
É o processamento do nosso espírito (em minúsculas). É onde recebemos nosso coração de carne. Daí, nos tornamos espírito vivificante, em Cristo. "Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante." 1 Cor 15:45
Quando Cristo entregou Seu Espírito ao Pai, em seguida "derramou Sua Alma na morte". Seu Corpo foi para a sepultura.
Neste derramar, nossas almas foram com Ele, carregadas nEle e pagamos o preço da morte que diz no versículo: "A alma que pecar, esta morrerá" Ezequiel 18:20.
Ora, estando nossa alma, liberta do preço da morte, JUSTIFICADA pelo sacrifício supremo de Cristo, só podemos conferir na Palavra o que está sendo dito:
"Porque aquele que está morto está justificado do pecado."Romanos 6:7
Ora, purificados pela Palavra, mortos na cruz, justificados e espírito renovados? RESULTADO: novas criaturas em Cristo Jesus.
Isto se processa PELA FÉ. Fé no que diz a Palavra de Deus. Não é coisa de homens. É pelo meu Espírito, diz o Senhor.
Este processamente infere que o indivíduo que crê passa a fazer parte da esfera celestial. Está ligado aos céus na pessoa de Cristo. "E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;"Efésios 2:6
Cumpre-se a Palavra de João 15:
4 Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
5 Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Que frutos produzimos? Os frutos da Palavra, em nós.
Recebemos de graça, pois graça é Deus dando tudo a quem nada merece e nem tem condições de merecer.
Esta situação é divina entre o indivíduo e Deus. Não se trata de situar-se aqui ou ali, bens, dinheiro, coisas, objetos, etc. Quem está em Cristo, é nova criatura, com cidadania celestial, única. É uma experiência INDIVIDUAL, que só a própria pessoa pode sentir, CONVENCIDA pelo Espírito Santo.
Há pessoas que se dizem NOVAS CRIATURAS, mas foram CONVENCIDAS pelo homem, pelo sistema, pelo meio em que vivem. A Palavra diz: EXAMINE-SE, PROVAI-VOS A VÓS MESMOS. SE NÃO ESTIVERDES EM CRISTO, ESTAIS REPROVADOS.
Examinemo-nos.
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Uma coisa é fazer caridade atendendo a voz da denominação: isto é obra, para ganhar méritos. Outra é fazer caridade atendendo a voz de Cristo: isto é graça. Quem atende na graça, não espera recompensa. A maior recompensa é a alegria interior. Fo assim que fez o bom samaritano.
Vejam o que é graça.
Graça [/size]
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Lucas 1:6 E eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão em todos os mandamentos e preceitos do Senhor.
Lucas 2:25 Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.
Atos 10:
1 E havia em Cesaréia um homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana,
2 Piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus.
22 E eles disseram: Cornélio, o centurião, homem justo e temente a Deus, e que tem bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi avisado por um santo anjo para que te chamasse a sua casa, e ouvisse as tuas palavras.
Lucas 5:
32 Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento.
Lucas 15:7 Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
A pessoa que é justa, está justificada?
Observamos no centurião Cornélio, qualidades primordiais que o credenciavam como justo diante de Deus. Assim como Jó, Davi, Abrahão, Zacarias, Isabel, Maria. Todos pessoas com requintes de justiça diante de Deus.
Entretanto, qual a diferença entre ser justo e ser justificado? E por que sermos justificados? Se somos justos, precisamos de justificação?
Entendemos que uma pessoa justa, não precisa de justificação e o próprio Senhor Jesus declara isto:
Mateus 9:13 Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.
Logo, um justo não precisa arrepender-se, pois já está justificado por si só.
A questão é: quem é justo?
Mene, Mene, Tequel, Ufarsim. Daniel 5:25 Tequel: Pesado foste na balança e achado em falta.
Mateus 12:37 Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.
Árvore boa, árvore má. Podeis dizer boas coisas, sendo maus? Foi Cristo quem falou. Logo, não podemos.
Necessitamos justificação, mesmo sendo justos aos olhos humanos e até aos olhos do Pai. É verdade que seremos julgados e claro que Deus vai levar em consideração nossos atos de justiça.
Mas, vejamos a justiça de Jó:
Jó 33:9 Limpo estou, sem transgressão; puro sou, e não tenho iniqüidade.
Este homem não precisava de justificação com estes atributos, não? Contudo, vejamos como seu discurso mudou:
Jó 42:
5 Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos.
6 Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.
A palavra chave de Jó: arrependimento. Arrependimento de que? Jó não era um justo?
Por que precisou arrepender-se?
Por causa de sua justiça própria:
Jeremias 64:6 Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.
Exatamente. Eis a questão. Podemos ser justos, mas precisamos de justificação de algo que não podemos evitar em nós mesmos: o pecado.
Dessa forma, somos justos por nossas obras de caridade, como Jó e Cornélio, mas não justificados por nossos pensamentos e pecados ocultos, que só Deus conhece.
Romanos 3:
21 Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;
22 Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.
Romanos 4:
25 O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação
Romanos 5:16 E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.
Cornélio não estava salvo, ou melhor, estava confiando em suas obras para justificar-se. Não alcançou justificação diante de Deus, mas Deus estava atento em suas obras. É claro que nossas obras de justiça possuirão efeito benéfico quando comparecermos diante do tribunal de Deus.
Mas o juizo de Deus já se manifestou em Cristo, para que não precisemos comparecer diante deste tribunal com a balança de nossos atos na mão. Mene, mene, tequel, ufarsim.
Atos 13:39 E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele(JESUS) é justificado todo aquele que crê.
Tiago disse que se tropeçarmos em um só ponto da lei, somos culpados. Logo, quem poderá cumpri-la? E mesmo a lei de nossa própria consciência nos acusa diante de Deus.
Romanos 2:13 Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.
Exatamente, a Palavra não mente. Se praticar a lei, sou justificado. Tranquilo. Só que jamais alguém conseguirá cumpri-la. Precisamos de um fator justificador, um agente externo que aja de fora para dentro em nós.
O justo age de dentro para fora. É justo por si. O justificado recebe as benesses do agente justificador. Esse agente é nosso Senhor Jesus Cristo.
Romanos 3:
24 Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.
Efésios 2
8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Somente pela graça, pois não merecemos justificação por nossos atos de justiça própria.
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Romanos 3:
26 Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.
O indivíduo, ao entender-se justo, o que não é nenhum demérito, pode estar considerando que, aos olhos de Deus, está justificado. Esta questão é, até certo ponto, complexa. Confunde-se o "estar justo" com as nuances do legalismo.
Somos justos porque Cristo está em nós ou porque participamos de um sistema denominacional que exige padrão em procedimentos de nossa conduta moral e social?
Um considerado justo pode não ser um justificado, mas um justificado torna-se um justo porque não vive mais para si, mas para Deus. Age sob o ponto de vista da graça.
Colos 3:3 Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Aquele que foi justificado, está morto, pois a Palavra diz que...aquele que está morto está justificado do pecado. Romanos 6:7
Evidente que não se trata da morte física, mas sim do pagamento de nossos pecados através de uma morte consolidada no corpo de Cristo, na cruz. É uma questão de fé naquele sacrifício. Por isto, a Palavra diz que Deus só pode ser JUSTIFICADOR daquele que TEM FÉ EM JESUS CRISTO. (citado acima).
Note que o verso estabelece a justiça divina, para que Deus possa ser justo e justificador. Assim, é fato, não podemos ter outro Mediador entre nós e o Pai Supremo, que não seja Jesus Cristo, homem. Se Deus for agir com Sua Justiça para nós, que não seja por Jesus, estaremos condenados fatalmente. A Palavra diz que não há um JUSTO, nem UM SEQUER. Romanos 3:10
O elemento propiciador de nossos pecados, AINDA QUE TENHAMOS REQUINTES DE JUSTIÇA EM NÓS, (o que é uma canoa furada) é o Senhor Jesus Cristo crucificado. É como se tivéssemos (e O temos) um advogado para nos defender.
Para contratar este Advogado, é só crer e ter fé. Não precisa pagar nada. Além disto, seu fardo é suave, seu jugo é leve.
Mene, mene, tequel, ufarsim. Minha balança justificadora é Cristo. Se esperar nEle somente nesta vida, sou o mais miserável de todo os homens.
Romanos 5:
2 Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.
5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Em Cristo, 100%.
Roberto
OBS: Autor é não católico, membro do antigo Forum União desde fevereiro 2005.
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