Ó preciosíssimo dom da cruz! Vede o esplendor da sua forma! Não mostra uma figura mesclada de bem e de mal como aquela árvore do Paraíso, mas totalmente bela e excelente à vista e ao paladar. É uma árvore geradora de vida, não de morte; ilumina, não cobre de trevas; introduz no Paraíso, dele não expulsa; árvore em que Cristo, qual rei, com bravura sobe e vence o demônio, detentor do poder da morte, e liberta o gênero humano da escravidão tirânica.
Sobre esta árvore o Senhor, qual valente guerreiro, ferido durante o combate nas suas mãos, pés e lábios divinos, curou as chagas do pecado e a nossa natureza ferida pelo mortífero dragão.
Mortos no princípio pela árvore, agora, pela árvore, recuperamos a vida; enganados antes pela árvore, na árvore repelimos a astuciosa serpente. Na verdade, novas e extraordinárias mudanças. Em vez da morte, dá-se a vida; em vez da corrupção, a incorrupção; do opróbrio, a glória.
Tinha razão em exclamar o santo Apóstolo: “Quanto a mim, não quero gloriar-me a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo!” Pois a máxima sabedoria, aquela que floresceu da cruz, desafia a jactância da sabedoria do mundo e a arrogância da tolice.
O tronco de todos os bens, elevado na cruz, extirpou todos os brotos da maldade e da injustiça.
Já as prefigurações desta árvore desde o princípio do mundo foram sinais e indícios de fatos em extremo admiráveis. Veja, quem tem vontade de saber. Noé, com os seus filhos e as esposas, e com todas as espécies de animais, não se livrou da morte no dilúvio decretado por Deus numa pequena quantidade de madeira?
E a vara de Moisés? Não é figura da cruz? Ora transformando a água em sangue, ora devorando as fictícias serpentes dos magos, ora dividindo o mar com o seu toque, ora fazendo voltar as ondas ao seu lugar e submergindo os inimigos. Mas sempre salvando aquele povo escolhido. Ainda figura da cruz, a vara de Aarão reverdecendo no mesmo dia, revelando o sacerdote legítimo.
Abraão também a prefigurou ao pôr o filho amarrado sobre o feixe de lenha. Pela cruz a morte foi destruída e Adão recuperou a vida. Da cruz gloria-se todo O apóstolo, por ela todo o mártir é coroado, todo o justo é santificado. Pela cruz revestimo-nos de Cristo, despojamo-nos do velho homem. Pela cruz, nós, ovelhas de Cristo, reunimo-nos num só rebanho, destinados que somos aos campos celestes.
São Teodoro Estudita
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010
domingo, 3 de outubro de 2010
O que é a Verdade?
Temos ouvido sempre os mais absurdos e revoltantes exegeses sobre esta passagem da Escritura. Das inúmeras tentativas de explicação do silêncio de Jesus, que é um dos mais desconcertantes dos Evangelhos, existem, entre outras, as que apontam a incapacidade de Pilatos para a compreensão daquela Verdade ou as que chegam ao ponto de considerar que Cristo admite claramente que aquela Verdade não existe, é relativa - algo perfeitamente plausível vindo de quem dela vem dar testemunho...
Parece que importaram a livre interpretação...
A gravidade destas interpretações não seria de monta se as não tivesse escutado dos púlpitos. A quantas homilias já assistidas em que o sacerdote (ou bispo) ora apresentou uma das referidas versões ou similares, ora não soube sequer o que dizer sobre o sucedido no tribunal romano.
É claro que muita coisa pode-se dizer daquela famosa pergunta e do silêncio de Jesus, mas existe o óbvio sem precisar de muitas delongas.
E a resposta, que compartilhada por muitos, é tão simples: Jesus nada verbaliza porque Ele próprio é o Verbo Encarnado; porque ele próprio é a Verdade.
VERBALIZAR: Expor oral ou verbalmente: verbalizar os sentimentos.
Parece que importaram a livre interpretação...
A gravidade destas interpretações não seria de monta se as não tivesse escutado dos púlpitos. A quantas homilias já assistidas em que o sacerdote (ou bispo) ora apresentou uma das referidas versões ou similares, ora não soube sequer o que dizer sobre o sucedido no tribunal romano.
É claro que muita coisa pode-se dizer daquela famosa pergunta e do silêncio de Jesus, mas existe o óbvio sem precisar de muitas delongas.
E a resposta, que compartilhada por muitos, é tão simples: Jesus nada verbaliza porque Ele próprio é o Verbo Encarnado; porque ele próprio é a Verdade.
VERBALIZAR: Expor oral ou verbalmente: verbalizar os sentimentos.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Era uma vez...
Era uma vez um grande astro que ao universo governava. Mas algumas estrelas ficaram rebeldes então o sol se escondeu. Por causa disso todos os astros foram condenados. Deu-se a escuridão total. Naquele tempo ainda não havia a lua. mas o sol prometera a um planeta que: "Quando nascer aquela que há de dar a luz à própria luz então reconciliarei com todos." Mais tarde porém, o sol permitiu a reconciliação com as estrelas e os demais astros. Cumpriu-se a profecia e a lua nasceu. À lua fêz-se saber que ela geraria os primeiros e novos raios de luz. Ela disse sim! Através dela então, veio os primeiros raios de luz, ou seja a luz noturna.
Mas isso não bastava. Era necessário que a iluminação fosse total. Foi então que o sol através da lua, renasceu totalmente e iluminou a todos, dia e noite. Para este renascimento o sol gastou quase toda a sua luminosidade. Isso custou muito caro ao sol, pois quanto mais ele iluminava gastava suas energias. Os pequenos astros e estrelas acreditaram naquela energia que emanava do sol, mas um grupo que não acreditava o negou. Então foi necessário que o sol gastasse ainda mais suas energias e sua luminosidade.
O sol então ficou fraco, perdera quase toda sua energia. Digamos que ele chegou mesmo até a morrer! Morreu para iluminar a todos. Mas o sol tinha poder absoluto sobre todos os astros e sobre todas as coisas. Então ele esteve morto mas ressuscitou! Mas nem todos os astros acreditaram naquela promessa e pernanecem até hoje na escuridão. Após a reconciliação o sol então, ao se fazer energia deu nova vida a todos os astros. Mais bondoso ainda, o sol se fêz calor e aqueceu o coração de todos. Esse calor seria o concolador, animador dos astros.
Então como se vê, o sol se dividiu em três: LUZ, ENERGIA e CALOR! Eram três mas em UM, ÚNICO! Chamaram a isso de TRINDADE CÓSMICA!
Lisardo
Mas isso não bastava. Era necessário que a iluminação fosse total. Foi então que o sol através da lua, renasceu totalmente e iluminou a todos, dia e noite. Para este renascimento o sol gastou quase toda a sua luminosidade. Isso custou muito caro ao sol, pois quanto mais ele iluminava gastava suas energias. Os pequenos astros e estrelas acreditaram naquela energia que emanava do sol, mas um grupo que não acreditava o negou. Então foi necessário que o sol gastasse ainda mais suas energias e sua luminosidade.
O sol então ficou fraco, perdera quase toda sua energia. Digamos que ele chegou mesmo até a morrer! Morreu para iluminar a todos. Mas o sol tinha poder absoluto sobre todos os astros e sobre todas as coisas. Então ele esteve morto mas ressuscitou! Mas nem todos os astros acreditaram naquela promessa e pernanecem até hoje na escuridão. Após a reconciliação o sol então, ao se fazer energia deu nova vida a todos os astros. Mais bondoso ainda, o sol se fêz calor e aqueceu o coração de todos. Esse calor seria o concolador, animador dos astros.
Então como se vê, o sol se dividiu em três: LUZ, ENERGIA e CALOR! Eram três mas em UM, ÚNICO! Chamaram a isso de TRINDADE CÓSMICA!
Lisardo
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Os sinais de Gideão
“Então o anjo do SENHOR lhe apareceu, e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valoroso." (JZ 6:12) "Então o SENHOR olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força, e livrarás a Israel das mãos dos midianitas; porventura não te enviei eu?" meu grifo(JZ 6:14)
O povo de Israel padecia fome. Por não ouvirem o Senhor, é subjugado pelos midianitas. Antes, fizeram o que era mau aos Seus olhos.
Gideão, o menor na família de seu pai. Das menores famílias. A ele o Anjo do Senhor apareceu. Observou qualidades que o credenciavam para livrar Israel de seu inimigo.
"Porque subiam com os seus gados e tendas; vinham como gafanhotos, em grande multidão que não se podia contar, nem a eles nem aos seus camelos; e entravam na terra, para a destruir. Assim Israel empobreceu muito pela presença dos midianitas; então os filhos de Israel clamaram ao SENHOR." (JZ 6:5,6)
Gideão, moendo o trigo no lagar, demonstrou ser forte. Trabalhador. Contudo, apesar de seus atributos, não confiou no Senhor de imediato. Reclamou da situação de penúria que vivia seu povo.
Ai, Senhor meu, se o SENHOR é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram...(JZ 6:13)
Esta frase demonstra dúvida. Gideão, para crer, pediu sinais, maravilhas.
“Dá-me um sinal de que és tu que falas comigo?”(v.6:17)....
Não foi a forma, mas a Palavra dita a Gideão. Quem era aquele Anjo? Ele disse: o Senhor é contigo. Porventura não te enviei eu?
Deus escolheu Gideão. O menor em sua família. Das menores famílias de Israel.
Deus, invariavelmente, sempre escolhe o menor e o mais novo. Foi assim com Caim e Abel. Escolheu Abel, mais novo. Esaú e Jacó, este o mais novo. Isaque, o mais novo. Moisés, o mais novo. Davi, o mais novo de sua família. Somente a “nova” geração entrou na Terra Prometida.. O filho pródigo foi o mais novo.
Sara concebeu em sua "velhice". Do velho saiu o novo. Isabel também concebeu em sua "velhice", ou seja, do velho saiu o novo.
Jesus: substituiu o "velho" pelo “novo”. Velho homem adâmico. Novo homem em Cristo.
Analisemos o comportamento de Gideão.
Para comprovar se era mesmo o escolhido, pediu a Deus três sinais. Crença relativa.
O primeiro: ofereceu um cabrito e pães ázimos ao anjo de Deus. Percebe-se o futuro sacrifício de Jesus, nesta oferenda. O Anjo do Senhor (a meu ver, Cristo), ao tocá-la, foi consumida pelo fogo.
“E o anjo do SENHOR estendeu a ponta do cajado, que estava na sua mão, e tocou a carne e os pães ázimos; então subiu o fogo da penha, e consumiu a carne e os pães ázimos; e o anjo do SENHOR desapareceu de seus olhos." (meus grifos Jz.6:21)
Com este primeiro sinal, Gideão creu. Edificou um altar. Fez sacrifícios. Derribou o altar de deuses pagãos da casa de seus pais. Se bem que à noite. Por que? Sua crença foi relativa.
Muitos procedem assim. Creem, começam a edificar espiritualmente. São batizados. Professam a Palavra de Cristo. Derrubam altares de suas vidas. Idolatrias, vícios, maneira desordenada de viver.
Contudo, ainda ficam na dependência de sinais para prosseguirem na fé. Foi o caso de Gideão.
"Então o Espírito do SENHOR revestiu a Gideão, o qual tocou a buzina, e os abiezritas se ajuntaram após ele”.(JZ 6:34 meu grifo)
Revestir não é “habitar em”. É cobrir, agasalhar. Em verdade, Deus estava próximo. Só que Gideão não estava confirmado em sua fé. Ainda queria sinais. A uma pessoa que dependa de sinais, dela não se pode dizer que esteja firmada na Rocha. A Rocha é Cristo. Esta pessoa crê em Deus. Mas quer sinais.
“E disse Gideão a Deus: Se hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste, eis que eu porei um velo de lã na eira; se o orvalho estiver somente no velo, e toda a terra ficar seca, então conhecerei que hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste”.(JZ 6:36, 37 meu grifo)
Se isto, se aquilo...então conhecerei.
Ora, Gideão temeu morrer quando viu o Anjo do Senhor. Ouviu a voz do Senhor, creu, agiu, conforme a Sua Palavra. (Jz.6:22-30) Como ainda não cria totalmente?
Estas palavras refletem em Gideão sua crença parcial.
Lamentável dizer. É o que foi. Para seguir em frente, mais um sinal, o segundo. Vejam que o anjo do Senhor qualificou Gideão homem valoroso. Apareceu-lhe em pessoa. Foi-lhe imperativo: você livrará Israel. “Ai, com que livrarei?”
Ai, meu Deus, ai, Senhor, que farei?
Estas lamuriações partem da boca de pessoas que conhecem o Senhor. Estão com o Senhor, mas não estão nEle. O irmão do filho pródigo, o mais velho, sempre esteve com o pai. Reclamou do irmão. Indignou-se. Ficou fora da festa. Se ele estivesse no Pai, com certeza receberia seu irmão alegremente. Verdade que temos tribulações. Difíceis. Destarte, em Cristo somos fortalecidos. (Fil.4:13).
"Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer." (JO 15:4,5)
Conhecer Cristo e vivê-Lo são coisas diferentes.
Cristo disse que nada podemos fazer se não estivermos nEle. O sinal que Gideão pediu: o orvalho cair exclusivamente no velo de lã. Então conhecerei. Haja paciência!
Entretanto, o Senhor é bom. Fez o que Gideão pediu.
Pronto! Isto foi suficiente. “Agora, posso ir à luta! Conheci que o Senhor está comigo. Sem problemas!”
Ah! Bom se fosse verdade!
Quantas vezes nossa fé é testada. Deus faz cair o orvalho exclusivamente sobre cada um. No momento certo. Palavras que nos são dirigidas. Alguém que nos fala. Até mesmo pessoas que não sejam ainda eleitas no Senhor, nos dão testemunho de Sua vontade.
O que fazemos?
Queremos sinais, evidências para confirmar. Então...
"E disse Gideão a Deus: Não se acenda contra mim a tua ira, e se ainda falar só esta vez; rogo-te que só esta vez faça a prova com o velo; rogo-te que só o velo fique seco, e em toda a terra haja o orvalho”.(JZ 6:39)
Gideão agora queria o contrário.
Novamente, o Senhor graciosamente o atendeu. Só então Gideão ficou convencido. E era valente. Imaginem se não fosse. De fato, era mesmo. Para testar o Senhor assim, haja valentia. Ficou claro que Gideão não estava crendo que era o escolhido para livrar Israel.
Convenhamos que esta não era tarefa fácil. Os tempos eram outros. Deus revelava-se diretamente às pessoas. O Espírito Santo ainda não havia sido derramado. Haveria de sê-Lo na revelação de Cristo aos homens.
Depois, Gideão deu provas de sua plena confiança no Senhor. Enfrentou os midianitas com 300 homens, dos 32000 que dispunha para a batalha. Novamente vemos aqui que Deus trata com o mínimo, ou seja, a menor quantidade.
Que bom que isto tivesse acontecido só com Gideão, não é?
Mas não, isto acontece em nossos dias. E a tarefa não precisa ser tão difícil como a de Gideão. Necessário refletir. Devemos confiar em Deus, não testá-Lo. Hoje temos Cristo crucificado a nosso favor. Gideão não tinha. O tempo era outro.
Disseram-lhe, pois, os outros discípulos:
“Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.” (meu grifo JO 20:25)
Tomé falou: de maneira nenhuma o crerei. Queria um sinal.
Os homens ainda procuram sinais que indiquem a presença de Deus. Querem sentir, ver. Sensações, êxtases, visões, etc.
"(Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação)”.(2CO 6:2)
"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.(meus grifos JO 4:23)
Não que dentre tais eventos não existam os verdadeiros, procedentes do Senhor. É preciso que haja discernimento. Devemos crer pela Palavra, não por sinais. Os sinais (quando ocorrerem) são consequência. Decorrem da atuação do Espírito em nós e isto para glória de Deus.
"Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o do profeta Jonas;" (meu grifo MT 12:39)
Quando Jesus fala em geração má e adúltera, refere-se à geração adâmica. Esta geração pede sinais. O homem, desde os primórdios, crê através de sinais.
Estes, nem sempre procedem do Pai. Muitos conhecem o Deus vivo e verdadeiro. Só conhecem. Antes, adoram os deuses do ventre, da idolatria. Procuram destaques aqui, acolá, além.
O homem precisa de Deus. Isto é inegável, sintomático. Quando não O acha, sua mente trabalha. É poderosa. Há no homem poder incomensurável (em sua alma). Extrapola dimensões. Varia de indivíduo para indivíduo.
“...E lançou Arão a sua vara diante de Faraó, e diante dos seus servos, e tornou-se em serpente. E Faraó também chamou os sábios e encantadores; e os magos do Egito fizeram também o mesmo com os seus encantamentos." (ÊX 7:10,11)
Fizeram também o mesmo com seus encantamentos.
Indica espíritos enganadores. Uma menina tinha poderes. Adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Declarava inclusive que Paulo era servo do Deus Altíssimo.
O que Paulo fez? Repreendeu-a. O que estava nela não provinha de Deus.
“E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu." (meu grifo AT 16:16-18)
Paulo ficou perturbado. Só após muitos dias Paulo agiu. É de se supor que antes orou e obteve discernimento. Não foi uma ação imediata. O espírito, na menina, declarava verdade. Isto mostra que não devemos crer em tudo que vemos. Melhor não ver e crer.
Uma consideração. O tempo de Gideão já passou. Estamos agora no tempo aceitável. No tempo em que Deus já nos deu sinal único para crermos nEle e sermos salvos dos “midianitas”.
Quem são os midianitas?
É o mundo que jaz no maligno. São nossos pecados e concupiscências. É o próprio homem voltado para si. Temos a semente do pecado. Este sinal único é o “toque do cajado na carne e nos pães ázimos na rocha”. Ou seja: a crucificação de Cristo.
No corpo de Sua carne foi crucificado nosso velho homem. Na cruz, foram queimados e consumidos nossos pecados na carne. Este é o único (e grande) sinal para nós.
Se para crermos ainda precisarmos de sinais seremos “gideonitas” (velho homem). Cristãos (novo homem) não precisam de sinais. A graça de Cristo é suficiente.
Há muitos “gideonitas” no mundo. Crêem em Deus. Alegram-se quando os demônios se lhes submetem. No entanto, cuidado. Cristo diz:
"... não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus”.(meu grifo LC 10:20)
A nossa alegria está em Cristo.
A Sua graça é nosso suprimento diário. Cristo é doador do Espírito Santo que habita em nós. Sinais? Se necessários, serão por conta dEle. O maior dos sinais é o amor que provém da cruz. Sobrepuja todos os dons.
"O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações." (2CO 1:22)
A missão que Gideão teve foi difícil. Venceu. Nós já somos mais que vencedores em Cristo. Nosso combate é bom. Só precisamos completar a carreira e guardar a fé. Portanto...
“Respondeu-lhe Jesus: Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” (João 11:40)
"Considerai os lírios, como eles crescem; não trabalham, nem fiam; e digo-vos que nem ainda Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles." (LC 12:27)
"Não pergunteis, pois, que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos." (LC 12:29)
“Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (LC 12:31
Em Cristo, 100%.
Roberto
OBS: Autor é não católico, membro do antigo Forum União desde fevereiro 2005.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Verdadeira Relíquia
"Esta é uma verdadeira relíquia. Só lembra quem tem mais de 40 anos. Ouvia-se nos alto-falantes da Igreja Matriz na hora do ângelus, após a musica Ave-Maria. A voz triste do locutor combina com as situações descritas!"
Ave Maria
Atribuído a Heronides de França,
Letra de Fagundes Varela
A noite desce,
lentas e tristes cobrem as sombras a serrania,
Calam-se as aves, choram os ventos
Dizem os gênios: -Ave Maria!
Na torre estreita de um pobre templo
ressoa o sino da freguesia,
Abrem-se as flores, Vésper desponta,
Cantam os anjos: -Ave Maria!
No tosco alvergue de seus maiores,
Onde só reinam paz e alegria,
Entre os filhinhos o bom colono
Repete as vozes: -Ave Maria!
E longe, longe, na velha estrada,
Pára, e saudades à pátria envia,
Romeiro exausto, que o céu contempla
E fala aos ermos: -Ave Maria!
Incerto nauta por feitos mares,
Onde se estende névoa sombria,
Se encosta ao mastro, descobre a fronte,
Reza baixinho: -Ave Maria!
Nas soledades, sem pão nem água,
Sem pouso e tenda, sem luz nem guia,
Triste mendigo que as praças busca,
Curva-se e clama: -Ave Maria!
Só nas alcovas, (nas seitas) dúbias,
nas longas mesas de longa orgia
Não diz o ímpio, não diz o avaro,
Não diz (o herege): -Ave Maria!
Ave Maria! -No céu, na terra!
Luz de aliança! -Doce harmonia!
Hora divina! -Sublime instância!
Bendita sejas! - Ave Maria!
Ave Maria
Atribuído a Heronides de França,
Letra de Fagundes Varela
A noite desce,
lentas e tristes cobrem as sombras a serrania,
Calam-se as aves, choram os ventos
Dizem os gênios: -Ave Maria!
Na torre estreita de um pobre templo
ressoa o sino da freguesia,
Abrem-se as flores, Vésper desponta,
Cantam os anjos: -Ave Maria!
No tosco alvergue de seus maiores,
Onde só reinam paz e alegria,
Entre os filhinhos o bom colono
Repete as vozes: -Ave Maria!
E longe, longe, na velha estrada,
Pára, e saudades à pátria envia,
Romeiro exausto, que o céu contempla
E fala aos ermos: -Ave Maria!
Incerto nauta por feitos mares,
Onde se estende névoa sombria,
Se encosta ao mastro, descobre a fronte,
Reza baixinho: -Ave Maria!
Nas soledades, sem pão nem água,
Sem pouso e tenda, sem luz nem guia,
Triste mendigo que as praças busca,
Curva-se e clama: -Ave Maria!
Só nas alcovas, (nas seitas) dúbias,
nas longas mesas de longa orgia
Não diz o ímpio, não diz o avaro,
Não diz (o herege): -Ave Maria!
Ave Maria! -No céu, na terra!
Luz de aliança! -Doce harmonia!
Hora divina! -Sublime instância!
Bendita sejas! - Ave Maria!
terça-feira, 27 de julho de 2010
Ave Maria de Olavo Bilac
Meu filho! termina o dia...
A primeira estrela brilha...
Procura a tua cartilha,
E reza a Ave Maria!
O gado volta aos currais...
O sino canta na igreja...
Pede a Deus que te proteja
E que dê vida a teus pais!
Ave Maria!... Ajoelhado,
Pede a Deus que, generoso,
Te faça justo e bondoso,
Filho bom, e homem honrado;
Que teus pais conserve aqui
Para que possas, um dia,
Pagar-lhes em alegria
O que sofreram por ti.
Reza, e procura o teu leito,
Para adormecer contente;
Dormirás tranqüilamente,
Se disseres satisfeito:
"Hoje, pratiquei o bem:
Não tive um dia vazio,
Trabalhei, não fui vadio,
E não fiz mal a ninguém."
Olavo Bilac
A primeira estrela brilha...
Procura a tua cartilha,
E reza a Ave Maria!
O gado volta aos currais...
O sino canta na igreja...
Pede a Deus que te proteja
E que dê vida a teus pais!
Ave Maria!... Ajoelhado,
Pede a Deus que, generoso,
Te faça justo e bondoso,
Filho bom, e homem honrado;
Que teus pais conserve aqui
Para que possas, um dia,
Pagar-lhes em alegria
O que sofreram por ti.
Reza, e procura o teu leito,
Para adormecer contente;
Dormirás tranqüilamente,
Se disseres satisfeito:
"Hoje, pratiquei o bem:
Não tive um dia vazio,
Trabalhei, não fui vadio,
E não fiz mal a ninguém."
Olavo Bilac
domingo, 25 de julho de 2010
O Pombo
Se você pegar um pombinho e disser: “vou sacrificar ao Senhor.” (Lev. 5:7) Mas o Senhor não aceita pombo comum. Ele terá que ser das primícias. Sem defeito. Cevado e separado dos outros (NM 28:2). Este sacrifício terá que ser agradável e de cheiro suave ao Senhor.
Certo. Você vai criando o pombinho. Dá-lhe água e comida. Pega-o com carinho. Tudo com o maior cuidado para ele não adoecer. O pombinho começa a lhe retribuir o carinho. Fica nos seus ombros. Quando vê você, bate as asas com alegria. Sua família começa a adorar aquele pombo. O pombinho destinado ao sacrifício começa a amá-lo. Você também começa a amar aquele pombinho. Há sentimento recíproco entre você, sua família e o pombo.
Chega o dia do sacrifício. Você deverá levá-lo ao sacerdote. Chama. O pombo vem. Deliciosamente voando, pousa em seus ombros. Seu coração está angustiado. O pombinho vai morrer para expiar sua culpa. A lei de DEUS diz: é preciso haver sacrifício de sangue para remissão de pecados. (Hebreus 9:22)
Você dirige-se ao tabernáculo. O pombo vai brincando com você, pelo caminho. Seu coração arde. A dor é imensa. “Senhor, o meu pombinho não. Levarei outro.” Não serve. Tem que ser o primeiro, das primícias de sua criação, da sua gordura. (Gên.4:4; Lev.5:15)
O sacerdote recebe o pombo . Pede que você coloque a mão sobre o pombo e pergunta: “Você sacrifica este pombinho pelos seus pecados?” “Sim”. O pombo olha tristemente para você. Parece sentir o momento. Não arrulha. Só olha. Sabe seu destino. Vai morrer por você. Seu olhar é de amor. Sua expressão, de dor. Aquele pombo ama você. Você o ama. Afinal, é seu bichinho de estimação....
O sacerdote olha para o céu. Faz uma prece. O pombo está nas mãos dele. Você começa lacrimejar. A cabecinha do pombo vai ser sangrada. O sangue vai ser derramado. Você sente-se sufocado. Contrito. Ora a DEUS que aceite aquele sacrificio. Você quer morrer no lugar do pombo. Quer desistir. Não pode. Você é pecador. Está pagando seu pecado com a morte. A morte do pombo é a sua. É morte substitutiva.
A cabeça do pombo é ferida. O sangue jorra para o recipiente consagrado. O sacerdote asperge aquele sangue na parede do altar. Depois, degola o pombo e queima sua cabeça no altar e o restante queima sobre a lenha que está no fogo. (Lev.1:14-17) . A carne e o sangue do pombo foram dadas por você, por ser pecador. (Rom.3:23)
Volta para casa, triste. O pombo está morto. Você pagou seu pecado. Incrivelmente, sente-se aliviado. DEUS aceitou seu sacrifício de amor. Você deu o seu amor para DEUS. Este sacrifício chegou até o Pai em cheiro suave e aprazível. A morte do pombo foi a sua. A dor que o pombo sentiu, você sentiu. A morte dos seus pecados, dos seus sentimentos ruins, da sua maldade. [/i]
Esta é a relação que deveria existir entre o animal sacrificado e o pecador. DEUS exigia para os sacrifícios, a ceva de animais primogênitos, puros e separados dos outros. Esta situação gerava estima ao animal pelo seu dono, que lhe reservava cuidados especiais.
Com o tempo, começaram a ser vendidos animais para o sacrifício na parte exterior do templo. Invalidava aquela relação entre o animal e seu dono. Como poderia haver contrição no sacrifício de um animal comprado? Por isto, JESUS expulsou todos os cambiadores e vendedores. Derrubou mesas e espalhou animais, reclamando da situação. (Mateus 21:12). Que relação de amor havia ali? Nenhuma.
DEUS amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16.
Qual a relação de amor entre CRISTO e eu, pecador?
Esta:
Ele me amou primeiro do que eu a Ele.(1 João 4:19) O seu corpo e seu sangue foram dados por meus pecados, única vez, para sempre. Hebreus 11: 10,12.
Em Hebreus 11:11, diz “...que todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados.”
Fica claro por este verso que o sacrífício de CRISTO por nós foi feito única vez. Seu corpo é verdadeiramente comida, e seu sangue verdadeiramente bebida, para aqueles que O confessam e crêem no seu sacrifício eterno.
Antes de ser crucificado, CRISTO reuniu 12 pecadores. Celebrou a ceia, explicando porque teria que morrer na cruz. Para pagar definitivamente por nossos pecados.
Ele não abriu a sua boca. Como cordeiro foi levado ao matadouro. CRISTO é o pombo. Limpo. Sem defeito. Bondoso. Cheio de amor pelo seu dono. É o amor incomparável pela criatura perdida (o homem)
“E eu, quando for levantado da terra , ATRAIREI TODOS a mim mesmo.” João 12:32. CRISTO, sendo DEUS, tem poder para nos atrair nEle. E foi o que Ele fez, na cruz. Atraiu-nos. Eu, você... TODOS.
O que ligares na terra será ligado nos céus. Quando pregamos CRISTO anunciamos a eficácia da cruz. O pecador, ao crer e arrepender-se, é religado ao céu, no Pai. Estamos exercendo este ato de ligação, ao evangelizarmos. Quando o pecador não crê, infelizmente está sendo desligado do Pai.
Cada vez que deixamos de pregar o Evangelho estamos desligando na terra, o que pode ser ligado no céu. Paulo disse: “Ai de mim se não pregar o Evangelho.”
É isto.
Roberto
Nota: O autor é não católico. Membro do antigo Forum União desde fevereiro 2005.
Certo. Você vai criando o pombinho. Dá-lhe água e comida. Pega-o com carinho. Tudo com o maior cuidado para ele não adoecer. O pombinho começa a lhe retribuir o carinho. Fica nos seus ombros. Quando vê você, bate as asas com alegria. Sua família começa a adorar aquele pombo. O pombinho destinado ao sacrifício começa a amá-lo. Você também começa a amar aquele pombinho. Há sentimento recíproco entre você, sua família e o pombo.
Chega o dia do sacrifício. Você deverá levá-lo ao sacerdote. Chama. O pombo vem. Deliciosamente voando, pousa em seus ombros. Seu coração está angustiado. O pombinho vai morrer para expiar sua culpa. A lei de DEUS diz: é preciso haver sacrifício de sangue para remissão de pecados. (Hebreus 9:22)
Você dirige-se ao tabernáculo. O pombo vai brincando com você, pelo caminho. Seu coração arde. A dor é imensa. “Senhor, o meu pombinho não. Levarei outro.” Não serve. Tem que ser o primeiro, das primícias de sua criação, da sua gordura. (Gên.4:4; Lev.5:15)
O sacerdote recebe o pombo . Pede que você coloque a mão sobre o pombo e pergunta: “Você sacrifica este pombinho pelos seus pecados?” “Sim”. O pombo olha tristemente para você. Parece sentir o momento. Não arrulha. Só olha. Sabe seu destino. Vai morrer por você. Seu olhar é de amor. Sua expressão, de dor. Aquele pombo ama você. Você o ama. Afinal, é seu bichinho de estimação....
O sacerdote olha para o céu. Faz uma prece. O pombo está nas mãos dele. Você começa lacrimejar. A cabecinha do pombo vai ser sangrada. O sangue vai ser derramado. Você sente-se sufocado. Contrito. Ora a DEUS que aceite aquele sacrificio. Você quer morrer no lugar do pombo. Quer desistir. Não pode. Você é pecador. Está pagando seu pecado com a morte. A morte do pombo é a sua. É morte substitutiva.
A cabeça do pombo é ferida. O sangue jorra para o recipiente consagrado. O sacerdote asperge aquele sangue na parede do altar. Depois, degola o pombo e queima sua cabeça no altar e o restante queima sobre a lenha que está no fogo. (Lev.1:14-17) . A carne e o sangue do pombo foram dadas por você, por ser pecador. (Rom.3:23)
Volta para casa, triste. O pombo está morto. Você pagou seu pecado. Incrivelmente, sente-se aliviado. DEUS aceitou seu sacrifício de amor. Você deu o seu amor para DEUS. Este sacrifício chegou até o Pai em cheiro suave e aprazível. A morte do pombo foi a sua. A dor que o pombo sentiu, você sentiu. A morte dos seus pecados, dos seus sentimentos ruins, da sua maldade. [/i]
Esta é a relação que deveria existir entre o animal sacrificado e o pecador. DEUS exigia para os sacrifícios, a ceva de animais primogênitos, puros e separados dos outros. Esta situação gerava estima ao animal pelo seu dono, que lhe reservava cuidados especiais.
Com o tempo, começaram a ser vendidos animais para o sacrifício na parte exterior do templo. Invalidava aquela relação entre o animal e seu dono. Como poderia haver contrição no sacrifício de um animal comprado? Por isto, JESUS expulsou todos os cambiadores e vendedores. Derrubou mesas e espalhou animais, reclamando da situação. (Mateus 21:12). Que relação de amor havia ali? Nenhuma.
DEUS amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16.
Qual a relação de amor entre CRISTO e eu, pecador?
Esta:
Ele me amou primeiro do que eu a Ele.(1 João 4:19) O seu corpo e seu sangue foram dados por meus pecados, única vez, para sempre. Hebreus 11: 10,12.
Em Hebreus 11:11, diz “...que todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados.”
Fica claro por este verso que o sacrífício de CRISTO por nós foi feito única vez. Seu corpo é verdadeiramente comida, e seu sangue verdadeiramente bebida, para aqueles que O confessam e crêem no seu sacrifício eterno.
Antes de ser crucificado, CRISTO reuniu 12 pecadores. Celebrou a ceia, explicando porque teria que morrer na cruz. Para pagar definitivamente por nossos pecados.
Ele não abriu a sua boca. Como cordeiro foi levado ao matadouro. CRISTO é o pombo. Limpo. Sem defeito. Bondoso. Cheio de amor pelo seu dono. É o amor incomparável pela criatura perdida (o homem)
“E eu, quando for levantado da terra , ATRAIREI TODOS a mim mesmo.” João 12:32. CRISTO, sendo DEUS, tem poder para nos atrair nEle. E foi o que Ele fez, na cruz. Atraiu-nos. Eu, você... TODOS.
O que ligares na terra será ligado nos céus. Quando pregamos CRISTO anunciamos a eficácia da cruz. O pecador, ao crer e arrepender-se, é religado ao céu, no Pai. Estamos exercendo este ato de ligação, ao evangelizarmos. Quando o pecador não crê, infelizmente está sendo desligado do Pai.
Cada vez que deixamos de pregar o Evangelho estamos desligando na terra, o que pode ser ligado no céu. Paulo disse: “Ai de mim se não pregar o Evangelho.”
É isto.
Roberto
Nota: O autor é não católico. Membro do antigo Forum União desde fevereiro 2005.
A Fé de Maria
Em Maria a Fé excedeu a de todos os homens e a de todos os Anjos.
Ela viu seu Filho no estábulo em Belém, e acreditou que Ele era o Criador do Mundo.
Contemplou-O perante Herodes, e nunca a sua Fé hesitou.
Viu-O pobre, de tudo desprovido, todavia acreditou Nele como o Senhor do Universo.
Viu-O reclinado na palhas e adorou-O como Onipotente.
Viu-O sem pronunciar palavra, e no entanto acreditou que Ele era a sabedoria Eterna.
Ouviu-O chorar, e reconheceu-O como a alegria do Paraíso.
Viu-O por fim, morrendo, exposto a todos os insultos, pregado na cruz e, embora a fé de todos vacilasse, Maria perseverara na crença inviolável de que Ele era DEUS!
"Santo Afonso Ligório"
Ela viu seu Filho no estábulo em Belém, e acreditou que Ele era o Criador do Mundo.
Contemplou-O perante Herodes, e nunca a sua Fé hesitou.
Viu-O pobre, de tudo desprovido, todavia acreditou Nele como o Senhor do Universo.
Viu-O reclinado na palhas e adorou-O como Onipotente.
Viu-O sem pronunciar palavra, e no entanto acreditou que Ele era a sabedoria Eterna.
Ouviu-O chorar, e reconheceu-O como a alegria do Paraíso.
Viu-O por fim, morrendo, exposto a todos os insultos, pregado na cruz e, embora a fé de todos vacilasse, Maria perseverara na crença inviolável de que Ele era DEUS!
"Santo Afonso Ligório"
terça-feira, 13 de julho de 2010
O Terceiro Homem
Era um dia de sol. Pela janela, vi que os pássaros cantavam mais alegremente que nos outros dias. As flores pareciam mais viçosas. As nuvens, mais lindas. Havia algo diferente no ar. A natureza estava revelando-se intensamente. Alguma coisa importante aconteceria.
Naquela manhã estávamos, eu e meu companheiro de cela, tensos. Dentro de instantes, iríamos fazer a última caminhada de nossas vidas. Éramos dois condenados à morte. Imersos em nossos pensamentos, nada comentávamos. Não tínhamos saída. Tudo já estava definido, só um milagre nos salvaria. Nossos carrascos estavam à espera da ordem para a execução.
Apesar de saber que estava prestes a morrer, algo me deixava com tranqüilidade. Olhava tudo como se fosse pela primeira vez. Será...que no final de minha vida, Deus está querendo revelar-se a mim, mostrando-me as belezas naturais e a alegria de viver? Ou é simplesmente um êxtase do prenúncio da morte? Deus!... Será que existe? Não, a morte é o fim de uma vida cheia de erros. Após a morte, o que acontecerá?
Oito horas. A porta abriu e vieram os carrascos. Calados, conduziram-nos sem violência. Lá fora, ouvíamos a multidão, exaltada.“Será que merecíamos tanta gritaria de ódio?” Fomos por um corredor meio escuro, iluminado por tochas e chegamos a uma plataforma defronte à multidão. Nela, vimos os instrumentos com os quais seríamos executados. Eram pesados. A execução teria início quando começássemos a carregá-los até um morro próximo, fora da cidade.
Costumeiramente, o povo observava as execuções com misto de compaixão e raro sentimento de prazer. Maus elementos seriam excluídos da convivência humana. Só então percebi que nós não éramos alvos de toda aquela gritaria.
Na plataforma, um terceiro homem também seria executado....
Limitava-se a olhar, sem responder aos insultos que Lhe eram dirigidos. Havia ouvido falar dEle, vagamente. Soube que estivera em dois ou três tribunais até que um governador romano O condenou, dizendo-se inocente naquela execução. (Mateus 27:24). Antes, haviam-nO surrado, esbofeteado, cuspido e violências verbais eram-Lhe dirigidas. Foi condenado pela vontade do povo.
Começamos então, a levar a carga de nossa execução. Fazia parte da pena a nós imposta. Era sinônimo de maldição, segundo a lei (Deut. 21:22,23) gerando humilhação e desprezo. Íamos vagarosamente. Naquele percurso, eu e meu companheiro éramos meros coadjuvantes. Todo o povo era contra aquele Homem. À frente, ia meu companheiro. Depois Ele. Eu em seguida. Interessante, a mim parecia estar seguindo-O. (Mateus 10:38)
Percebi que, naquele momento, minhas forças aumentaram. Apesar de estarmos compartilhando do mesmo infortúnio, senti uma sensação diferente seguí-Lo. Minha carga não estava tão pesada. A dEle, porém, terrível, sufocante, quase não conseguia levá-la. Até que puseram alguém para ajudá-Lo.
Meu colega, lá na frente, ora ia para a direita, ora para a esquerda. Vi que já não estava bem. Às vezes, emparelhava-se com Ele. (Marcos 6:48) A multidão continuava gritando e vociferando. Percebi algumas mulheres chorando e vi-O dizer-lhes para que chorassem por seus filhos e por elas mesmas. (Lucas 23:27,28) Como podia demonstrar piedade naquele momento?
Novamente, pensei. Por que estava ali? Por que minha vida não foi diferente? Desde criança, sempre inclinado para o mal. Era insuportável. Surrava meus colegas. Desobedecia meus pais. Comecei a roubar muito cedo. Coisas pequenas. Depois foi aumentando. Mais tarde, enveredei para a marginalidade total. (Mateus 15:19). Fiz por merecer a pena.
Eu e meu companheiro, juntos, praticamos muitos crimes. “E daí, vamos morrer mesmo. A vida não vale nada!” Era como raciocinávamos. Até que, presos, fomos condenados àquele tipo de morte. Estávamos cumprindo a pena, totalmente merecedores dela. Mas aquele Homem ...merecia?
Chegamos ao topo. Olhei para Ele. Seu aspecto era horrível. Seu corpo e rosto sangravam. Colocaram-Lhe algo na cabeça com espinhos. (Isaías 53:4-10). Um tormento. A impressão era que Ele tinha cometido todos os crimes do mundo, tamanha a crueldade que lhe faziam. Não entendia o porquê. Quando ouvi falarem dEle, disseram que só falou verdades. Só falou de amor e de justiça. Curou pessoas. Alimentou multidões e era de família pobre. Afinal, o que Ele tinha feito para ser condenado?
Nossos carrascos aproximaram-se e fizeram com que deitássemos em nossos instrumentos de execução. Começaram as marteladas. Gritamos de dor eu e meu amigo. Porém, o terceiro Homem submeteu-se incrivelmente, sem reclamar nem gemer. (Isaias 53:7) Notei que era jovem. Estava fragilizado pelas atrocidades cometidas, mas suportava.
Ergueram-nos e Ele ficou ao meio de nós. Levantados, no ar, do topo do monte vi o vale e a cidade mais além. Comecei a refletir. Logo viriam quebrar nossos ossos para que morrêssemos mais depressa. (João 19:32,33)
Lembrei-me de meus pais. Eles falavam de um Deus Poderoso que nos liberta. Coitados, onde estava esse Deus? Nossos antepassados contavam muitas histórias sobre Ele, mas eu não acreditava. Para mim, eram fantasiosas. Por que pensava nisso agora? Em instantes, tudo estaria acabado. Seria apenas uma sombra. Nem isso! O que seria de mim?
Se pudesse nascer de novo, (2 Cor.5:17) faria tudo certo. Será? Impossível. Lá embaixo, a multidão. Haveria alguém pior do que eu lá? Quem eram eles, afinal? Cada um tinha sua vida. O que me diferenciava deles? (Romanos 3:23)
Era por volta de meio dia. O tempo, de repente, começou a mudar. A escurecer. Homens gritavam para o terceiro homem: “Desça, você não é o que derruba o templo e o reconstrói em 3 dias?” Vi soldados sortearem Suas vestes. Lembrei-me de que meus pais comentavam das escrituras um trecho assim. Mas não entendiam o que significava. (Salmos 22:18).
Olhei para Ele. Seus olhos me fitaram por momento. Que olhar. Em meio a tudo que estava passando, um olhar diferente. De amor. Nunca vi antes. O que senti não sei explicar. Com certeza, Ele olhou para o meu companheiro. Súbito, este gritava contra Ele, dizendo: Desce!... salva-te a Ti e a nós (Lucas 23:39). Aí, falei: “Ora, pare! você não vê que Ele não tem culpa. Nós, sim, merecemos estar aqui.” (Lucas 23:40,41).
Não sei o que me aconteceu naquele instante. Apesar de estar em aflição, senti-me diferente, com uma sensação de segurança e alívio. (Mateus 16:17). Olhei para aquele homem. Não O conhecia. Com a voz embargada, lhe falei: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino”.(Lucas 23:42). Acreditei e pedi com amor. Onde achei este sentimento? Meu coração estava torcendo por dentro. Comecei a ver que era um nada. Pobre ser mortal, sem nada a oferecer. Olhando-me nos olhos, Ele falou: “Em verdade, hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23:43 - João 11:25). Quando dirigiu-se a mim, senti-me outro ser. Não era mais eu, e sim, outra pessoa! Então, tudo que tinha feito na vida, me veio à mente. Comecei um choro incontido. Sabia que ia morrer. Parece que não tinha mais importância. Eu não merecia aquele amor. Minha vontade era descer dali. Correr para aquela multidão. Abraçar e beijar quantos pudesse e pedir-lhes perdão.
Lágrimas brotavam de meus olhos. Senti uma liberdade como nunca havia sentido em minha vida. Inexplicável! Estava preso, condenado, morrendo e... livre!
Não eram ainda 3 horas da tarde. O dia tinha virado noite, Naquele momento, Ele clamava o nome do Pai. Sentiu-se desamparado (Marcos 15:34) e com grande voz entregou o seu espírito. A impressão era é que Ele estava pagando por uma dívida que não era sua. (2 Cor. 5:21; Gal. 1:4). Comecei a perceber a verdade. Aquele terceiro homem não era um simples homem. Estava ali por mim e por todos nós. Por isso, sua cruz era tão pesada. Eu estava tendo o privilégio de estar ali com Ele.
De repente, a terra tremeu. Relâmpagos, trovões, rochas a quebrarem-se. Gritos. Senti a cruz vibrar. A multidão correndo. Eu, porém, estava em paz. Era outro homem. Que me importava a morte? Ele afirmou: “Estarás comigo”.
Recebi, sem merecer, no apagar das luzes da minha vida desregrada, um presente: a liberdade. Eu, ladrão, criminoso, pendurado, no ar. Senti-me tal como uma águia, naquele insólito lugar de dor e desespero. Minhas iniqüidades foram descarregadas (Tito 2:14) naquela cruz. Não na minha. Na dEle.
Mais tarde, antes do pôr-do-sol, quebraram os ossos de nossas pernas. Os dEle não. Já estava morto. (JO 19:33)
Agora, para mim, só restava o último suspiro... que se aproximava!
O fato narrado acima é real. Dois ladrões foram crucificados com Cristo. Um foi salvo. O outro, não. A história é contada sob o ponto de vista do ladrão que recebeu a graça. Obviamente, fictícia quanto a seus pensamentos e sua vida. Verídica, do ponto de vista bíblico.
Não importa quem somos. Nosso nível de vida. Nossa realidade, como vivemos... Somos pecadores e estamos condenados tal qual aqueles ladrões.(Romanos 8:1) Jesus atraiu todos os pecadores na cruz. Inclusive, o outro ladrão que escarneceu dEle. Este preferiu ignorá-Lo. Jesus fez a parte dEle. Aceitou-nos naquele sacrifício eterno, sem que merecêssemos. (Romanos 5:17,18) Isto é graça.
Cada um de nós fomos crucificados com Cristo. Ele levou sobre si todos os nossos males, na cruz. Assim, em Cristo, somos libertos de nossa vida passada. Recebemos nova vida nEle, pela fé. Os dois ladrões receberam revelação e fé para crer, porque Deus quer que todos sejamos salvos.
Fé é prova das coisas que se não vêem.(Hebreus 11:1) Um ladrão falou: “Quando entrares...” Creu no futuro. Uma fé viva. O outro: “Você não é o Cristo? Desça daí e salva-te a ti e a nós?” Queria ver, para ser salvo. Foi uma fé relativa, sem obras. Uma fé morta.
Roberto
(Nota: O autor é não católico. Membro do antigo Forum União - desde fevereiro 2005.)
Naquela manhã estávamos, eu e meu companheiro de cela, tensos. Dentro de instantes, iríamos fazer a última caminhada de nossas vidas. Éramos dois condenados à morte. Imersos em nossos pensamentos, nada comentávamos. Não tínhamos saída. Tudo já estava definido, só um milagre nos salvaria. Nossos carrascos estavam à espera da ordem para a execução.
Apesar de saber que estava prestes a morrer, algo me deixava com tranqüilidade. Olhava tudo como se fosse pela primeira vez. Será...que no final de minha vida, Deus está querendo revelar-se a mim, mostrando-me as belezas naturais e a alegria de viver? Ou é simplesmente um êxtase do prenúncio da morte? Deus!... Será que existe? Não, a morte é o fim de uma vida cheia de erros. Após a morte, o que acontecerá?
Oito horas. A porta abriu e vieram os carrascos. Calados, conduziram-nos sem violência. Lá fora, ouvíamos a multidão, exaltada.“Será que merecíamos tanta gritaria de ódio?” Fomos por um corredor meio escuro, iluminado por tochas e chegamos a uma plataforma defronte à multidão. Nela, vimos os instrumentos com os quais seríamos executados. Eram pesados. A execução teria início quando começássemos a carregá-los até um morro próximo, fora da cidade.
Costumeiramente, o povo observava as execuções com misto de compaixão e raro sentimento de prazer. Maus elementos seriam excluídos da convivência humana. Só então percebi que nós não éramos alvos de toda aquela gritaria.
Na plataforma, um terceiro homem também seria executado....
Limitava-se a olhar, sem responder aos insultos que Lhe eram dirigidos. Havia ouvido falar dEle, vagamente. Soube que estivera em dois ou três tribunais até que um governador romano O condenou, dizendo-se inocente naquela execução. (Mateus 27:24). Antes, haviam-nO surrado, esbofeteado, cuspido e violências verbais eram-Lhe dirigidas. Foi condenado pela vontade do povo.
Começamos então, a levar a carga de nossa execução. Fazia parte da pena a nós imposta. Era sinônimo de maldição, segundo a lei (Deut. 21:22,23) gerando humilhação e desprezo. Íamos vagarosamente. Naquele percurso, eu e meu companheiro éramos meros coadjuvantes. Todo o povo era contra aquele Homem. À frente, ia meu companheiro. Depois Ele. Eu em seguida. Interessante, a mim parecia estar seguindo-O. (Mateus 10:38)
Percebi que, naquele momento, minhas forças aumentaram. Apesar de estarmos compartilhando do mesmo infortúnio, senti uma sensação diferente seguí-Lo. Minha carga não estava tão pesada. A dEle, porém, terrível, sufocante, quase não conseguia levá-la. Até que puseram alguém para ajudá-Lo.
Meu colega, lá na frente, ora ia para a direita, ora para a esquerda. Vi que já não estava bem. Às vezes, emparelhava-se com Ele. (Marcos 6:48) A multidão continuava gritando e vociferando. Percebi algumas mulheres chorando e vi-O dizer-lhes para que chorassem por seus filhos e por elas mesmas. (Lucas 23:27,28) Como podia demonstrar piedade naquele momento?
Novamente, pensei. Por que estava ali? Por que minha vida não foi diferente? Desde criança, sempre inclinado para o mal. Era insuportável. Surrava meus colegas. Desobedecia meus pais. Comecei a roubar muito cedo. Coisas pequenas. Depois foi aumentando. Mais tarde, enveredei para a marginalidade total. (Mateus 15:19). Fiz por merecer a pena.
Eu e meu companheiro, juntos, praticamos muitos crimes. “E daí, vamos morrer mesmo. A vida não vale nada!” Era como raciocinávamos. Até que, presos, fomos condenados àquele tipo de morte. Estávamos cumprindo a pena, totalmente merecedores dela. Mas aquele Homem ...merecia?
Chegamos ao topo. Olhei para Ele. Seu aspecto era horrível. Seu corpo e rosto sangravam. Colocaram-Lhe algo na cabeça com espinhos. (Isaías 53:4-10). Um tormento. A impressão era que Ele tinha cometido todos os crimes do mundo, tamanha a crueldade que lhe faziam. Não entendia o porquê. Quando ouvi falarem dEle, disseram que só falou verdades. Só falou de amor e de justiça. Curou pessoas. Alimentou multidões e era de família pobre. Afinal, o que Ele tinha feito para ser condenado?
Nossos carrascos aproximaram-se e fizeram com que deitássemos em nossos instrumentos de execução. Começaram as marteladas. Gritamos de dor eu e meu amigo. Porém, o terceiro Homem submeteu-se incrivelmente, sem reclamar nem gemer. (Isaias 53:7) Notei que era jovem. Estava fragilizado pelas atrocidades cometidas, mas suportava.
Ergueram-nos e Ele ficou ao meio de nós. Levantados, no ar, do topo do monte vi o vale e a cidade mais além. Comecei a refletir. Logo viriam quebrar nossos ossos para que morrêssemos mais depressa. (João 19:32,33)
Lembrei-me de meus pais. Eles falavam de um Deus Poderoso que nos liberta. Coitados, onde estava esse Deus? Nossos antepassados contavam muitas histórias sobre Ele, mas eu não acreditava. Para mim, eram fantasiosas. Por que pensava nisso agora? Em instantes, tudo estaria acabado. Seria apenas uma sombra. Nem isso! O que seria de mim?
Se pudesse nascer de novo, (2 Cor.5:17) faria tudo certo. Será? Impossível. Lá embaixo, a multidão. Haveria alguém pior do que eu lá? Quem eram eles, afinal? Cada um tinha sua vida. O que me diferenciava deles? (Romanos 3:23)
Era por volta de meio dia. O tempo, de repente, começou a mudar. A escurecer. Homens gritavam para o terceiro homem: “Desça, você não é o que derruba o templo e o reconstrói em 3 dias?” Vi soldados sortearem Suas vestes. Lembrei-me de que meus pais comentavam das escrituras um trecho assim. Mas não entendiam o que significava. (Salmos 22:18).
Olhei para Ele. Seus olhos me fitaram por momento. Que olhar. Em meio a tudo que estava passando, um olhar diferente. De amor. Nunca vi antes. O que senti não sei explicar. Com certeza, Ele olhou para o meu companheiro. Súbito, este gritava contra Ele, dizendo: Desce!... salva-te a Ti e a nós (Lucas 23:39). Aí, falei: “Ora, pare! você não vê que Ele não tem culpa. Nós, sim, merecemos estar aqui.” (Lucas 23:40,41).
Não sei o que me aconteceu naquele instante. Apesar de estar em aflição, senti-me diferente, com uma sensação de segurança e alívio. (Mateus 16:17). Olhei para aquele homem. Não O conhecia. Com a voz embargada, lhe falei: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino”.(Lucas 23:42). Acreditei e pedi com amor. Onde achei este sentimento? Meu coração estava torcendo por dentro. Comecei a ver que era um nada. Pobre ser mortal, sem nada a oferecer. Olhando-me nos olhos, Ele falou: “Em verdade, hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23:43 - João 11:25). Quando dirigiu-se a mim, senti-me outro ser. Não era mais eu, e sim, outra pessoa! Então, tudo que tinha feito na vida, me veio à mente. Comecei um choro incontido. Sabia que ia morrer. Parece que não tinha mais importância. Eu não merecia aquele amor. Minha vontade era descer dali. Correr para aquela multidão. Abraçar e beijar quantos pudesse e pedir-lhes perdão.
Lágrimas brotavam de meus olhos. Senti uma liberdade como nunca havia sentido em minha vida. Inexplicável! Estava preso, condenado, morrendo e... livre!
Não eram ainda 3 horas da tarde. O dia tinha virado noite, Naquele momento, Ele clamava o nome do Pai. Sentiu-se desamparado (Marcos 15:34) e com grande voz entregou o seu espírito. A impressão era é que Ele estava pagando por uma dívida que não era sua. (2 Cor. 5:21; Gal. 1:4). Comecei a perceber a verdade. Aquele terceiro homem não era um simples homem. Estava ali por mim e por todos nós. Por isso, sua cruz era tão pesada. Eu estava tendo o privilégio de estar ali com Ele.
De repente, a terra tremeu. Relâmpagos, trovões, rochas a quebrarem-se. Gritos. Senti a cruz vibrar. A multidão correndo. Eu, porém, estava em paz. Era outro homem. Que me importava a morte? Ele afirmou: “Estarás comigo”.
Recebi, sem merecer, no apagar das luzes da minha vida desregrada, um presente: a liberdade. Eu, ladrão, criminoso, pendurado, no ar. Senti-me tal como uma águia, naquele insólito lugar de dor e desespero. Minhas iniqüidades foram descarregadas (Tito 2:14) naquela cruz. Não na minha. Na dEle.
Mais tarde, antes do pôr-do-sol, quebraram os ossos de nossas pernas. Os dEle não. Já estava morto. (JO 19:33)
Agora, para mim, só restava o último suspiro... que se aproximava!
O fato narrado acima é real. Dois ladrões foram crucificados com Cristo. Um foi salvo. O outro, não. A história é contada sob o ponto de vista do ladrão que recebeu a graça. Obviamente, fictícia quanto a seus pensamentos e sua vida. Verídica, do ponto de vista bíblico.
Não importa quem somos. Nosso nível de vida. Nossa realidade, como vivemos... Somos pecadores e estamos condenados tal qual aqueles ladrões.(Romanos 8:1) Jesus atraiu todos os pecadores na cruz. Inclusive, o outro ladrão que escarneceu dEle. Este preferiu ignorá-Lo. Jesus fez a parte dEle. Aceitou-nos naquele sacrifício eterno, sem que merecêssemos. (Romanos 5:17,18) Isto é graça.
Cada um de nós fomos crucificados com Cristo. Ele levou sobre si todos os nossos males, na cruz. Assim, em Cristo, somos libertos de nossa vida passada. Recebemos nova vida nEle, pela fé. Os dois ladrões receberam revelação e fé para crer, porque Deus quer que todos sejamos salvos.
Fé é prova das coisas que se não vêem.(Hebreus 11:1) Um ladrão falou: “Quando entrares...” Creu no futuro. Uma fé viva. O outro: “Você não é o Cristo? Desça daí e salva-te a ti e a nós?” Queria ver, para ser salvo. Foi uma fé relativa, sem obras. Uma fé morta.
Roberto
(Nota: O autor é não católico. Membro do antigo Forum União - desde fevereiro 2005.)
domingo, 11 de julho de 2010
Uma nova visão sobre Maria Santissima
Com este papo simples eu gostaria de conversar com todos vocês a respeito dessa simples mulher, chamada Maria de Nazaré. Uma menina judia, escolhida para ser a Mãe do Messias, pertencente à família de Davi. A anunciação, a gravidez, o nascimento tudo nós já sabemos. Passemos agora a analisar outros aspectos tão pouco comentados.
Deus poderia ter enviado seu filho Jesus já grande com aparência de 30 anos. Ele simplesmente apareceria e diria que era o Messias. Maria, já casada com José poderia ser apenas uma dona de casa que acolheria por alguns dias aquele pelegrino e acreditaria nas palavras Dele. A história seguiria seu rumo normal. Poderia também fazer aparecer na porta da casa de Maria um cesto com um bebê. Um anjo apareceria avisando para que se cuidasse do bebê pois esse era o Messias. José poderia ficar desconfiado que Maria escondeu a gravidez, mas o anjo falaria com ele. Maria seria apenas uma Mãe adotiva e teria seus méritos por ter cuidado daquele bebê. Mas nunca, jamais seria considerada Mãe Dele, muito menos Mãe de Deus, pois se não era mãe de Jesus, não poderia ser Mãe de Deus, pois Jesus falou: "Eu e o Pai somos um". A história seguiria seu rumo normal....
Mas não, Deus não quis assim. Você quer agora discutir com Deus? Ele é soberano em todas as coisas. O que Ele faz, acata-se, não se discute. Pois conforme ele havia prometido a Davi, o homem de seu coração, Ele disse que o Messias nasceria de sua descendência e assim foi. Nasceria um homem de uma virgem, cujo Pai seria Deus. Maria foi escolhida entre todas as mulheres. Vejam só gente, foi Deus quem escolheu. Não foi Jesus quem disse: "Eu quero essa mulher como minha Mãe", foi o Pai Dele quem a escolheu para ser a
Mãe de seu filho. Também não foi Maria que escolheu, ela foi escolhida.
Vejam bem: Artistas famosas escolhem os melhores médicos e hospitais para darem a luz. De acordo com as nossas possibilidades financeiras escolhemos o melhor para o nascimento de nossos filhos. Séculos atrás escolhia-se as melhores parteiras. Mas nós escolhemos de acordo com o dinheiro que temos,
portanto somos limitados ao dinheiro que dispomos. Logicamente que Deus não usa o dinheiro, mas com certeza procurou o MELHOR para o seu filho. E logicamente escolheu o mais puro e imaculado ventre. Não só escolheu, Como PROTEGEU. Sendo a vontade Deus e para ele nada é impossível, preservou Maria do pecado original antecipadamente. Agora vá duvidar e discutir sobre essa vontade Dele vá!!!! Maria não é imaculada por direito de seus pais; mas pela gratuidade de Deus.
Vejamos como se deu essa total proteção. O diabo sabia da vinda do Messias, tanto que tentou matá-lo através de Herodes. Lógico, seria mais fácil eliminá-lo no ventre do que já adulto. Agora aqui um detalhe importante que muitos de vocês nunca pensaram: Porque o diabo não procurou Maria e lhe fez proposta para abortá-lo? Poderia, assim como fez com Jesus, propor a Maria a retirada do filho em troca de um filho dele, do diabo com promessas de domínio total sobre tudo inclusive sobre Deus. Simplesmente o diabo nem chegou perto de Maria. Nós não vimos mas você, meu irmão, já parou para pensar a quantidade de Anjos guardiões, invisíveis aos olhos humanos, estavam sempre ali do lado de Maria para protegê-la? Essa sem dúvida foi a maior das missões que os Anjos receberam do Altíssimo: Cuidar para que nada aconteça a Mãe e aquela criança. Garanto que você nunca pensou nisso. O diabo nunca teve chance. Essa mulher não foi a mesma de gêneses. Dessa vez Deus teria dito: "Com essa não!" Observe que até hoje existe uma DISTANCIA entre Maria e o diabo. Este último não gosta nem de ouvir falar o nome de Maria, como se vê a proteção foi eterna!
Deus foi o Pai e o Espírito Santo foi o encarregado de fecundá-la. Será que é pouca coisa engravidar por obra do Espírito Santo? O VERBO se instalou dentro dela, se fez carne, nasceu, e habitou entre nós. Queira ou não Deus a usou para nós trazer o Salvador, e ela faz parte da missão salvítica de Deus. Toda a honra e toda a glória para esta criança, esse Messias, esse Salvador. E ela, Maria, foi a primeira e desejar toda a gloria para seu filho. Não houve orgulho maior para aquela mulher, ser a mãe do Messias. Preste bem atenção no que vou dizer agora: Maria foi escolhida, o Espírito Santo desceu sobre ti e a partir daquele momento ela tinha consciência da missão que acolhera. Ela, por graça de Deus já tinha plena convicção de tudo que Ele, seu filho podia fazer e o que poderia passar.
Ela não era mais um simples mulher, mas uma mulher especial, o que havia de mais preciso estava dentro dela. Dizer que Maria foi "uma qualquer" é até duvidar da vontade de Deus. Talvez ela mesma seja a primeira a pedir ao filho o perdão por essas pessoas que pensam assim. Se você considerar que para Deus nada é impossível, verá que tudo que relato acima tem um certo fundamento. Mas se você pensa o contrário, por certo este meu texto não é e nunca será para você.
Vamos analisar agora outros fatos levantados por aqueles que tentam denegrir a imagem desta mulher. "Ela pouco foi citada nos evangelhos" "Ela não foi assim tão importante, ela não deixou nada escrito, senão os apóstolos tinham registrado". Gente Maria pediu nas bodas ao seu filho, pois sabia, como falei lá atrás, de que seu filho era capaz. E queira ou não, ela fez Jesus fazer seu primeiro milagre. Depois os registros das falas dela foram os mais importantes. Mas o detalhe mais importante disso tudo é que, ao contrário de alguns, Maria CONSERVAVA TUDO EM SEU CORAÇÃO. Ou seja, ela guardava tudo no silencio de seu coração, pois fazia parte, e sabia da missão do filho. Ela, mesmo sabendo(pela graça de Deus)do que viria pela frente, silenciou, agüentou, tudo calada, e suportou tudo e jamais tentou, com seu instinto de mãe, atrapalhar a missão de seu filho. Pois não esqueça disso: Ela conservava tudo em seu coração(silencio).
Alguns, mais ignorantes, dizem que ela é a "besta do apocalipse". Vejam que absurdo minha gente. Eu comparo uma declaração dessa como pecado contra o Espírito Santo e que por certo não terá perdão, veja porque: Jesus a entrega ao discípulo que ele mais amava, João, considerado o teólogo de Deus. Eis teu filho, eis tua mãe. Com isso João passa a ser irmão de Cristo. Jesus entrega sua Mãe, seu precioso bem na terra aos cuidados de João. Logo depois, Jesus inspira João a escrever o apocalipse, e revela sua Mãe como a besta????? Que absurdo meu Deus! Que heresia! Que pecado! Aí já não se trata de ofender a Maria ou a Jesus, mas ao Espírito Santo, pois este Espírito foi que fez João escrever aquele texto. Cuidado minha gente! Muito cuidado para não falar besteiras como essas! os pecados contra o Espírito Santo não serão perdoados, neste nem no outro mundo!
Outro ponto interessante é que muitos só olham a vida de Maria com Jesus pelo que está relatado nas escrituras. Pelas mentes SOLADAS Jesus nasceu, desapareceu, reaparece aos 12, desaparece e só reaparece aos trinta anos, pois é só o que consta na bíblia. Gente ela foi Mãe dele a vida inteira. Não foi só quando nasceu e depois dos 30 aos 33 anos! E o resto de 1 a 30? Não conta? O que uma Mãe e filho passam juntos só eles sabem. Uma mãe sofre muito, a vida inteira se dedica ao filho. Quem é mulher e mãe sabe do que estou falando. Existiu toda uma relação entre mãe e filho. Imagina a preocupação que ela teve com ele quando pequeno!!! Você já parou para pensar quantas vezes Maria se ajoelhou para orar pedindo perdão a Deus por qualquer coisinha que tenha acontecido ao Jesus menino, por exemplo uma simples queda? A missão que ela recebeu não foi uma missão qualquer! Imagina o cuidado que ela teve com ele. A bíblia não relata essas coisas, mas de fato não aconteceram? Claro que sim. Muitas coisas entre mãe e filho e só quem é mãe sabe o que falo. E ela quando o viu crucificado, teve duplo sofrimento, uma como mãe de seu filho e outra como mão do salvador. A dor para ela naquele momento foi a pior de todas. A dor foi tanta que já estava previsto que uma lança transpassaria seu coração. Essa dor foi como uma lança enfiada no seu coração. Caro leitor, será que seu coração, meu irmão e minha irmã, é tão duro assim para você não entender essas coisas?
30 anos juntos, quanta coisa falaram? Caberiam nos livros do mundo? Será que Maria não quis saber como era o céu? "Como é o Céu meu filho?" Para os hereges e "donos do Céu" provavelmente deu isto como resposta a sua Mãe: "Não digo, quando eu vier te julgar, se a senhora for salva então a Senhora verá como é o Céu!
Vamos agora para outra questão. Alguns dizem que Jesus quando ressuscitou nem apareceu para Maria. Será? Vamos ver isso: “Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo. E eis que houve um violento tremor de terra: um anjo do Senhor desceu do céu, rolou a pedra e sentou-se sobre ela. Resplandecia como relâmpago e suas vestes eram brancas como a neve. Vendo isto, os guardas pensaram que morreriam de pavor. Mas o anjo disse às mulheres: Não temais! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Não está aqui: ressuscitou como disse. Vinde e vede o lugar em que ele repousou. Ide depressa e dizei aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos. Ele vos precede na Galiléia. Lá o haveis de rever, eu vo-lo disse. Elas se afastaram prontamente do túmulo com certo receio, mas ao mesmo tempo com alegria, e correram a dar a boa nova aos discípulos. Nesse momento, Jesus apresentou-se diante delas e disse-lhes: Salve! Aproximaram-se elas e, prostradas diante dele, beijaram-lhe os pés. 10. Disse-lhes Jesus: Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão." MT (28 1-10)
Vejam bem, o anjo diz que Jesus já estava a caminho da galiléia, que elas fosse atrás pois lá o veriam de fato. Elas saem correndo para avisar aos discípulos. Jesus então vem ao encontro delas. Onde Jesus estava?
Pela lógica já a caminho da Galiléia, mas não! Será que não foi ver sua Mãe????? Vamos a segunda hipótese: Jesus então pede que elas avisem aos seus irmãos(ela avisam aos discípulos pois Jesus não tinha irmãos)
Voltemos ao caso. Jesus já havia dado ordens aos anjos para quando elas aparecessem, dissessem para avisar aos discípulos, e porque tornou a falar isso com elas? Porque Jesus não seguiu para Galiléia junto com elas? Onde ele iria ou estaria que elas não poderiam saber? Será que não estava com sua Mãe? A única pessoa que Jesus poderia se encontrar primeiro e esta pessoa ficaria CALADA, seria Maria pois era costume dela guardar tudo em seu coração. E se ela guardou, é porque assim o quis. Sua humildade era gigante, jamais sairia se exaltando e dizendo que foi a PRIMEIRA a vê-lo. Coisas dessa humilde serva. Neste caso ela não relatou para ninguém e por isso mesmo não consta na bíblia. Agora pense bem, Jesus viu a Mãe dele sofrer ali junto com ele no calvário, pediu que honrasse Pai e Mãe, e ele, sabendo da alegria que daria a ela, não apareceria para a mesma?
Assim como Enoch e Elias, Maria já se encontra na Gloria. Ela foi assunta aos Céus. Seu corpo ou restos mortais jamais foram encontrados, mas alguns dizem que ela está dormindo, aguardando o JULGAMENTO, quando da vinda do Cristo. Pensem bem, antes de dizer uma besteira dessas! Maria vai ser julgada. Julgada de que? Imaginemos a situação: Jesus vem, faz-se uma fila, chega a vez de Maria, então Jesus diz: "Minha Mãe eu vou julgá-la agora para ver se a Senhora tem condições de entrar no Céu. Como sei tudo do passado, vi que a Senhora me deixou cair 5 vezes, atrasou um pouco a mamadeira quando eu estava com muita fome, não cantou uma cantiga de ninar numa noite e...aquela viagem que quase me perdi" Neste caso, a Senhora não vai para o Céu, infelizmente!" Parece trágico se não fosse cômico! E quem pensa dessa maneira provavelmente são aqueles que já são, por antecipação, OS DONOS DO CÉU, já pagaram um dízimo extra e COMPRARAM um terreninho(sic).
Vejamos uma passagem em Lucas 11, 27-28.
Jesus acabara de fazer um importante discurso e uma mulher, do meio da multidão, gritou: "Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que foste amamentados. Mas Jesus respondeu-lhe: "Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática."
Não sei se é impressão minha, ou você, com estas passagens que explicarei a seguir, pretende insinuar que Jesus teria desprezado sua Mãe? É isso? Se for, eu seria mais santo que Ele, pois nunca desprezei minha mãe, jamais pecando, assim, contra o 4º Mandamento da Lei de Deus que manda honrar pai e mãe. Ora, se Jesus desprezou Maria, evidentemente ele teria pecado contra o Decálogo. E se pecou, nossa fé seria vazia e seríamos os mais infelizes dos homens. Se Jesus desprezou mesmo Maria, como alguns insiste em defender indiretamente, Ele, segundo os Provérbios, seria, no mínimo, insensato:
“Apenas o filho insensato despreza sua mãe!” (Pr 15,20)
Nada disso, Maria É DUPLAMENTE bem-aventurada, para desespero de alguns,
pois além de amamentá-lo ela ouvia a palavra do Senhor:
“Maria, porém, conservava todos esses fatos e meditava sobre
eles em seu coração.” (Lc 2,19)
“E sua mãe conservava no coração todas essas coisas.” (Lc 2,51)
Agora o mais importante: Para aqueles que dizem que Maria foi APENAS mãe de Jesus-homem, peço-te mais um pouco de sua atenção. Se ela foi somente mãe desse Jesus-homem, QUEM morreu na Cruz?
Foi Jesus-Deus (Jesus ressuscitado) ou foi o mesmo Jesus-homem?
Responderá você: Lógico que foi Jesus-homem! Sendo Jesus-homem quem morreu na Cruz, ele era filho de quem? Com essa sua teoria só podemos concluir então que, quem sacrificou na cruz por nós foi o Jesus-homem, filho de Maria!!! Então Maria deu seu filho em sacrifico por nós! Viu a confusão que você criou? Saia dessa agora! Qual Jesus morreu na Cruz?
Agora vamos tratar do tema Maria Mãe de Deus. Porque nós católicos a consideramos assim e porque os evangélicos deveriam considera-la também.Deus é eterno, portanto Maria não poderia ter gerado Deus. Ela é Mãe do Filho de Deus encarnado, no tempo; é Mãe do Filho de Deus feito homem. Cristo não tinha duas naturezas. Era uma única pessoa. Veja só, se sua mãe te gerou, ela gerou apenas seu corpo, não sua alma, mas é sua mãe por inteiro. Se você diz que ela não é sua mãe por inteiro só por que não gerou sua alma, está totalmente errado.
Portanto Maria é mãe de Deus achado na forma de homem, pois o verbo se fez carne e habitou entre nós. Quando na reza da Ave Maria dizemos "Santa Maria mãe de Deus" queremos dizer: "Santa Maria mãe de Deus-Filho" pois Jesus disse, "quem me vê vê o Pai" e "Eu e o Pai somos um", portanto se Jesus é Deus e se Maria é mãe de Jesus, logicamente ela é mãe de Deus-Filho, ou seja, mãe de Jesus na forma de Deus.
Concluindo esta parte, vamos tratar do ódio que muitos evangélicos nutre pela figura de Maria.
Não entendo o porque de tanta indiferença e tanto ódio contra Maria. Por acaso Jesus vai gostar mais de voce por agir assim? Não seria o contrário?
Agora veja o que diz um dos fundadores do protestantismo sobre Maria: "Que são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da Terra, comparados com a Virgem Maria, que, nascida de descendência real (descendente do Rei Daví) é, além disso,mãe de Deus,a mulher mais sublime da Terra? Ela é na Cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar bastante (nunca poderemos exaltar o suficiente), a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade" (Martinho Lutero, Comentário ao Magnificat, apud M. Basilea Schlink, - autora protestante - in revista Jesus Vive e é o Senhor).
Já foi dito que é pelo fruto que se conhece a árvore, portanto se a árvore é má o fruto é mau, e se a árvore é boa, o fruto é bom. Imagine agora a grandeza desta árvore que gerou o mais precioso friuto para nós: Jesus.
O Espírito Santo, confirmou através da boca de Izabel: "Bendito é o fruto de teu ventre!"
Outra coisa: O Senhor Jesus Cristo seria filho biológico de Maria com caracteres genéticos e hereditários herdados do Pai(Espírito Santo)e da mãe (Genótipo), e não se esqueçam que Jesus é descendente de Daví única e EXCLUSIVAMENTE por Maria, pois embora José tivesse descendencia ele não teve participação na concepção de Jesus.
Com isso, caro leitor, espero que de agora em diante, tenha uma outra visão daquela, a ÚNICA que teve contato íntimo com a Santíssima Trindade. Pense duas vezes antes de falar besteiras, lembre-se que Ele, Cristo, é tudo, é nosso salvador, mas respeitar Maria é o mínimo dever de uma pessoa que se diz Cristã!
Lisardo
(Publicado originalmente em 10 abril de 2005 às 23:59:24)
Deus poderia ter enviado seu filho Jesus já grande com aparência de 30 anos. Ele simplesmente apareceria e diria que era o Messias. Maria, já casada com José poderia ser apenas uma dona de casa que acolheria por alguns dias aquele pelegrino e acreditaria nas palavras Dele. A história seguiria seu rumo normal. Poderia também fazer aparecer na porta da casa de Maria um cesto com um bebê. Um anjo apareceria avisando para que se cuidasse do bebê pois esse era o Messias. José poderia ficar desconfiado que Maria escondeu a gravidez, mas o anjo falaria com ele. Maria seria apenas uma Mãe adotiva e teria seus méritos por ter cuidado daquele bebê. Mas nunca, jamais seria considerada Mãe Dele, muito menos Mãe de Deus, pois se não era mãe de Jesus, não poderia ser Mãe de Deus, pois Jesus falou: "Eu e o Pai somos um". A história seguiria seu rumo normal....
Mas não, Deus não quis assim. Você quer agora discutir com Deus? Ele é soberano em todas as coisas. O que Ele faz, acata-se, não se discute. Pois conforme ele havia prometido a Davi, o homem de seu coração, Ele disse que o Messias nasceria de sua descendência e assim foi. Nasceria um homem de uma virgem, cujo Pai seria Deus. Maria foi escolhida entre todas as mulheres. Vejam só gente, foi Deus quem escolheu. Não foi Jesus quem disse: "Eu quero essa mulher como minha Mãe", foi o Pai Dele quem a escolheu para ser a
Mãe de seu filho. Também não foi Maria que escolheu, ela foi escolhida.
Vejam bem: Artistas famosas escolhem os melhores médicos e hospitais para darem a luz. De acordo com as nossas possibilidades financeiras escolhemos o melhor para o nascimento de nossos filhos. Séculos atrás escolhia-se as melhores parteiras. Mas nós escolhemos de acordo com o dinheiro que temos,
portanto somos limitados ao dinheiro que dispomos. Logicamente que Deus não usa o dinheiro, mas com certeza procurou o MELHOR para o seu filho. E logicamente escolheu o mais puro e imaculado ventre. Não só escolheu, Como PROTEGEU. Sendo a vontade Deus e para ele nada é impossível, preservou Maria do pecado original antecipadamente. Agora vá duvidar e discutir sobre essa vontade Dele vá!!!! Maria não é imaculada por direito de seus pais; mas pela gratuidade de Deus.
Vejamos como se deu essa total proteção. O diabo sabia da vinda do Messias, tanto que tentou matá-lo através de Herodes. Lógico, seria mais fácil eliminá-lo no ventre do que já adulto. Agora aqui um detalhe importante que muitos de vocês nunca pensaram: Porque o diabo não procurou Maria e lhe fez proposta para abortá-lo? Poderia, assim como fez com Jesus, propor a Maria a retirada do filho em troca de um filho dele, do diabo com promessas de domínio total sobre tudo inclusive sobre Deus. Simplesmente o diabo nem chegou perto de Maria. Nós não vimos mas você, meu irmão, já parou para pensar a quantidade de Anjos guardiões, invisíveis aos olhos humanos, estavam sempre ali do lado de Maria para protegê-la? Essa sem dúvida foi a maior das missões que os Anjos receberam do Altíssimo: Cuidar para que nada aconteça a Mãe e aquela criança. Garanto que você nunca pensou nisso. O diabo nunca teve chance. Essa mulher não foi a mesma de gêneses. Dessa vez Deus teria dito: "Com essa não!" Observe que até hoje existe uma DISTANCIA entre Maria e o diabo. Este último não gosta nem de ouvir falar o nome de Maria, como se vê a proteção foi eterna!
Deus foi o Pai e o Espírito Santo foi o encarregado de fecundá-la. Será que é pouca coisa engravidar por obra do Espírito Santo? O VERBO se instalou dentro dela, se fez carne, nasceu, e habitou entre nós. Queira ou não Deus a usou para nós trazer o Salvador, e ela faz parte da missão salvítica de Deus. Toda a honra e toda a glória para esta criança, esse Messias, esse Salvador. E ela, Maria, foi a primeira e desejar toda a gloria para seu filho. Não houve orgulho maior para aquela mulher, ser a mãe do Messias. Preste bem atenção no que vou dizer agora: Maria foi escolhida, o Espírito Santo desceu sobre ti e a partir daquele momento ela tinha consciência da missão que acolhera. Ela, por graça de Deus já tinha plena convicção de tudo que Ele, seu filho podia fazer e o que poderia passar.
Ela não era mais um simples mulher, mas uma mulher especial, o que havia de mais preciso estava dentro dela. Dizer que Maria foi "uma qualquer" é até duvidar da vontade de Deus. Talvez ela mesma seja a primeira a pedir ao filho o perdão por essas pessoas que pensam assim. Se você considerar que para Deus nada é impossível, verá que tudo que relato acima tem um certo fundamento. Mas se você pensa o contrário, por certo este meu texto não é e nunca será para você.
Vamos analisar agora outros fatos levantados por aqueles que tentam denegrir a imagem desta mulher. "Ela pouco foi citada nos evangelhos" "Ela não foi assim tão importante, ela não deixou nada escrito, senão os apóstolos tinham registrado". Gente Maria pediu nas bodas ao seu filho, pois sabia, como falei lá atrás, de que seu filho era capaz. E queira ou não, ela fez Jesus fazer seu primeiro milagre. Depois os registros das falas dela foram os mais importantes. Mas o detalhe mais importante disso tudo é que, ao contrário de alguns, Maria CONSERVAVA TUDO EM SEU CORAÇÃO. Ou seja, ela guardava tudo no silencio de seu coração, pois fazia parte, e sabia da missão do filho. Ela, mesmo sabendo(pela graça de Deus)do que viria pela frente, silenciou, agüentou, tudo calada, e suportou tudo e jamais tentou, com seu instinto de mãe, atrapalhar a missão de seu filho. Pois não esqueça disso: Ela conservava tudo em seu coração(silencio).
Alguns, mais ignorantes, dizem que ela é a "besta do apocalipse". Vejam que absurdo minha gente. Eu comparo uma declaração dessa como pecado contra o Espírito Santo e que por certo não terá perdão, veja porque: Jesus a entrega ao discípulo que ele mais amava, João, considerado o teólogo de Deus. Eis teu filho, eis tua mãe. Com isso João passa a ser irmão de Cristo. Jesus entrega sua Mãe, seu precioso bem na terra aos cuidados de João. Logo depois, Jesus inspira João a escrever o apocalipse, e revela sua Mãe como a besta????? Que absurdo meu Deus! Que heresia! Que pecado! Aí já não se trata de ofender a Maria ou a Jesus, mas ao Espírito Santo, pois este Espírito foi que fez João escrever aquele texto. Cuidado minha gente! Muito cuidado para não falar besteiras como essas! os pecados contra o Espírito Santo não serão perdoados, neste nem no outro mundo!
Outro ponto interessante é que muitos só olham a vida de Maria com Jesus pelo que está relatado nas escrituras. Pelas mentes SOLADAS Jesus nasceu, desapareceu, reaparece aos 12, desaparece e só reaparece aos trinta anos, pois é só o que consta na bíblia. Gente ela foi Mãe dele a vida inteira. Não foi só quando nasceu e depois dos 30 aos 33 anos! E o resto de 1 a 30? Não conta? O que uma Mãe e filho passam juntos só eles sabem. Uma mãe sofre muito, a vida inteira se dedica ao filho. Quem é mulher e mãe sabe do que estou falando. Existiu toda uma relação entre mãe e filho. Imagina a preocupação que ela teve com ele quando pequeno!!! Você já parou para pensar quantas vezes Maria se ajoelhou para orar pedindo perdão a Deus por qualquer coisinha que tenha acontecido ao Jesus menino, por exemplo uma simples queda? A missão que ela recebeu não foi uma missão qualquer! Imagina o cuidado que ela teve com ele. A bíblia não relata essas coisas, mas de fato não aconteceram? Claro que sim. Muitas coisas entre mãe e filho e só quem é mãe sabe o que falo. E ela quando o viu crucificado, teve duplo sofrimento, uma como mãe de seu filho e outra como mão do salvador. A dor para ela naquele momento foi a pior de todas. A dor foi tanta que já estava previsto que uma lança transpassaria seu coração. Essa dor foi como uma lança enfiada no seu coração. Caro leitor, será que seu coração, meu irmão e minha irmã, é tão duro assim para você não entender essas coisas?
30 anos juntos, quanta coisa falaram? Caberiam nos livros do mundo? Será que Maria não quis saber como era o céu? "Como é o Céu meu filho?" Para os hereges e "donos do Céu" provavelmente deu isto como resposta a sua Mãe: "Não digo, quando eu vier te julgar, se a senhora for salva então a Senhora verá como é o Céu!
Vamos agora para outra questão. Alguns dizem que Jesus quando ressuscitou nem apareceu para Maria. Será? Vamos ver isso: “Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo. E eis que houve um violento tremor de terra: um anjo do Senhor desceu do céu, rolou a pedra e sentou-se sobre ela. Resplandecia como relâmpago e suas vestes eram brancas como a neve. Vendo isto, os guardas pensaram que morreriam de pavor. Mas o anjo disse às mulheres: Não temais! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Não está aqui: ressuscitou como disse. Vinde e vede o lugar em que ele repousou. Ide depressa e dizei aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos. Ele vos precede na Galiléia. Lá o haveis de rever, eu vo-lo disse. Elas se afastaram prontamente do túmulo com certo receio, mas ao mesmo tempo com alegria, e correram a dar a boa nova aos discípulos. Nesse momento, Jesus apresentou-se diante delas e disse-lhes: Salve! Aproximaram-se elas e, prostradas diante dele, beijaram-lhe os pés. 10. Disse-lhes Jesus: Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão." MT (28 1-10)
Vejam bem, o anjo diz que Jesus já estava a caminho da galiléia, que elas fosse atrás pois lá o veriam de fato. Elas saem correndo para avisar aos discípulos. Jesus então vem ao encontro delas. Onde Jesus estava?
Pela lógica já a caminho da Galiléia, mas não! Será que não foi ver sua Mãe????? Vamos a segunda hipótese: Jesus então pede que elas avisem aos seus irmãos(ela avisam aos discípulos pois Jesus não tinha irmãos)
Voltemos ao caso. Jesus já havia dado ordens aos anjos para quando elas aparecessem, dissessem para avisar aos discípulos, e porque tornou a falar isso com elas? Porque Jesus não seguiu para Galiléia junto com elas? Onde ele iria ou estaria que elas não poderiam saber? Será que não estava com sua Mãe? A única pessoa que Jesus poderia se encontrar primeiro e esta pessoa ficaria CALADA, seria Maria pois era costume dela guardar tudo em seu coração. E se ela guardou, é porque assim o quis. Sua humildade era gigante, jamais sairia se exaltando e dizendo que foi a PRIMEIRA a vê-lo. Coisas dessa humilde serva. Neste caso ela não relatou para ninguém e por isso mesmo não consta na bíblia. Agora pense bem, Jesus viu a Mãe dele sofrer ali junto com ele no calvário, pediu que honrasse Pai e Mãe, e ele, sabendo da alegria que daria a ela, não apareceria para a mesma?
Assim como Enoch e Elias, Maria já se encontra na Gloria. Ela foi assunta aos Céus. Seu corpo ou restos mortais jamais foram encontrados, mas alguns dizem que ela está dormindo, aguardando o JULGAMENTO, quando da vinda do Cristo. Pensem bem, antes de dizer uma besteira dessas! Maria vai ser julgada. Julgada de que? Imaginemos a situação: Jesus vem, faz-se uma fila, chega a vez de Maria, então Jesus diz: "Minha Mãe eu vou julgá-la agora para ver se a Senhora tem condições de entrar no Céu. Como sei tudo do passado, vi que a Senhora me deixou cair 5 vezes, atrasou um pouco a mamadeira quando eu estava com muita fome, não cantou uma cantiga de ninar numa noite e...aquela viagem que quase me perdi" Neste caso, a Senhora não vai para o Céu, infelizmente!" Parece trágico se não fosse cômico! E quem pensa dessa maneira provavelmente são aqueles que já são, por antecipação, OS DONOS DO CÉU, já pagaram um dízimo extra e COMPRARAM um terreninho(sic).
Vejamos uma passagem em Lucas 11, 27-28.
Jesus acabara de fazer um importante discurso e uma mulher, do meio da multidão, gritou: "Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que foste amamentados. Mas Jesus respondeu-lhe: "Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática."
Não sei se é impressão minha, ou você, com estas passagens que explicarei a seguir, pretende insinuar que Jesus teria desprezado sua Mãe? É isso? Se for, eu seria mais santo que Ele, pois nunca desprezei minha mãe, jamais pecando, assim, contra o 4º Mandamento da Lei de Deus que manda honrar pai e mãe. Ora, se Jesus desprezou Maria, evidentemente ele teria pecado contra o Decálogo. E se pecou, nossa fé seria vazia e seríamos os mais infelizes dos homens. Se Jesus desprezou mesmo Maria, como alguns insiste em defender indiretamente, Ele, segundo os Provérbios, seria, no mínimo, insensato:
“Apenas o filho insensato despreza sua mãe!” (Pr 15,20)
Nada disso, Maria É DUPLAMENTE bem-aventurada, para desespero de alguns,
pois além de amamentá-lo ela ouvia a palavra do Senhor:
“Maria, porém, conservava todos esses fatos e meditava sobre
eles em seu coração.” (Lc 2,19)
“E sua mãe conservava no coração todas essas coisas.” (Lc 2,51)
Agora o mais importante: Para aqueles que dizem que Maria foi APENAS mãe de Jesus-homem, peço-te mais um pouco de sua atenção. Se ela foi somente mãe desse Jesus-homem, QUEM morreu na Cruz?
Foi Jesus-Deus (Jesus ressuscitado) ou foi o mesmo Jesus-homem?
Responderá você: Lógico que foi Jesus-homem! Sendo Jesus-homem quem morreu na Cruz, ele era filho de quem? Com essa sua teoria só podemos concluir então que, quem sacrificou na cruz por nós foi o Jesus-homem, filho de Maria!!! Então Maria deu seu filho em sacrifico por nós! Viu a confusão que você criou? Saia dessa agora! Qual Jesus morreu na Cruz?
Agora vamos tratar do tema Maria Mãe de Deus. Porque nós católicos a consideramos assim e porque os evangélicos deveriam considera-la também.Deus é eterno, portanto Maria não poderia ter gerado Deus. Ela é Mãe do Filho de Deus encarnado, no tempo; é Mãe do Filho de Deus feito homem. Cristo não tinha duas naturezas. Era uma única pessoa. Veja só, se sua mãe te gerou, ela gerou apenas seu corpo, não sua alma, mas é sua mãe por inteiro. Se você diz que ela não é sua mãe por inteiro só por que não gerou sua alma, está totalmente errado.
Portanto Maria é mãe de Deus achado na forma de homem, pois o verbo se fez carne e habitou entre nós. Quando na reza da Ave Maria dizemos "Santa Maria mãe de Deus" queremos dizer: "Santa Maria mãe de Deus-Filho" pois Jesus disse, "quem me vê vê o Pai" e "Eu e o Pai somos um", portanto se Jesus é Deus e se Maria é mãe de Jesus, logicamente ela é mãe de Deus-Filho, ou seja, mãe de Jesus na forma de Deus.
Concluindo esta parte, vamos tratar do ódio que muitos evangélicos nutre pela figura de Maria.
Não entendo o porque de tanta indiferença e tanto ódio contra Maria. Por acaso Jesus vai gostar mais de voce por agir assim? Não seria o contrário?
Agora veja o que diz um dos fundadores do protestantismo sobre Maria: "Que são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da Terra, comparados com a Virgem Maria, que, nascida de descendência real (descendente do Rei Daví) é, além disso,mãe de Deus,a mulher mais sublime da Terra? Ela é na Cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar bastante (nunca poderemos exaltar o suficiente), a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade" (Martinho Lutero, Comentário ao Magnificat, apud M. Basilea Schlink, - autora protestante - in revista Jesus Vive e é o Senhor).
Já foi dito que é pelo fruto que se conhece a árvore, portanto se a árvore é má o fruto é mau, e se a árvore é boa, o fruto é bom. Imagine agora a grandeza desta árvore que gerou o mais precioso friuto para nós: Jesus.
O Espírito Santo, confirmou através da boca de Izabel: "Bendito é o fruto de teu ventre!"
Outra coisa: O Senhor Jesus Cristo seria filho biológico de Maria com caracteres genéticos e hereditários herdados do Pai(Espírito Santo)e da mãe (Genótipo), e não se esqueçam que Jesus é descendente de Daví única e EXCLUSIVAMENTE por Maria, pois embora José tivesse descendencia ele não teve participação na concepção de Jesus.
Com isso, caro leitor, espero que de agora em diante, tenha uma outra visão daquela, a ÚNICA que teve contato íntimo com a Santíssima Trindade. Pense duas vezes antes de falar besteiras, lembre-se que Ele, Cristo, é tudo, é nosso salvador, mas respeitar Maria é o mínimo dever de uma pessoa que se diz Cristã!
Lisardo
(Publicado originalmente em 10 abril de 2005 às 23:59:24)
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Texto Extra
Wagner Herbet Alves Costa (1968-2006)
OBS.: Este texto é uma resposta a uma série de questionamentos que foram feitos por um protestante em outro site. Questionamentos que, de praxe, sempre são diuturnamente levantados por sectários. Como, por exemplo, a sentença de 1 Tm 2,5 que fala que Jesus é o único mediador e que, supostamente, vetaria a possibilidade de os santos celestiais intercederem. Ou aquela de Mc 3 que fala que ‘minha mãe é a que faz a vontade de meu Pai que está no céu’. Ou ainda, que Cristo não quereria que se elogiasse Maria por lhe ter dado à luz, cf. Lc 11. Dentre outras.
Penso que ele possa, ainda que parcialmente, colaborar na elucidação de muitos desses fatos, constantemente, despejados contra a fé dos católicos.
Prezados Participantes
Teve um protestante que expôs um texto dele para ser analisado. É o que me proponho, aqui, com meu parco conhecimento, a fazê-lo. Perdoem-me, desde já, a falta de cabedal para dar melhores respostas. E como não vai ser possível responder tudo duma só vez; essa missiva, por conseguinte, é a primeira parte. [E não adiante sectário algum vir com palavras adocicadas ou camufladas para, por fim, dizer que a Igreja Católica está errada – e, concomitantemente, lançar perniciosas críticas; além de incitar os católicos a abandonarem-na. E de desde já esclareço: citar um amontoado de passagens bíblicas, isso não é estudo... está mais para o método que Satanás utilizou para tentar Nosso Senhor Jesus Cristo.]...
Começarei pelo final, onde ele sugere que se procure uma igreja onde a verdadeira doutrina seja ensinada... Ora, com certeza não poderia ser qualquer das “igrejas” protestantes; até porque as mesmas surgiram mais de mil anos depois daquela que o Senhor fundou sobre Pedro (que é a Igreja Católica). Além do mais, as denominações protestantes depõem contra elas próprias; haja vista, umas, pela Bíblia, dizem que é legítimo o Batismo de Crianças, já outras negam; umas, também, por meio da mesma Escritura Santa, afirmam que as almas no além estão conscientes, enquanto outras contradizem; e assim por diante. Como pode numa confusão infernal destas – que é o protestantismo – poderia estar a Igreja do Altíssimo?
Deus deixou uma Igreja hierarquizada para poder levar aos rincões da Terra a Palavra de Deus não adulterada. “É a Igreja do Deus vivo: coluna e sustentáculo da verdade” (1 Tm 3,15). Perceba: a verdade é sustentada pela Igreja única de Deus! (E não por interpretações individuais dos que lêem a Escritura Sagrada.) Daí, na Bíblia, estar sentenciado: “Obedecei aos vossos dirigentes, e sede-lhes dóceis; porque velam pessoalmente sobre vossas almas” (Hb 13,17). Os hereges movidos pelo espírito de insubmissão, como é próprio do pai deles, o ‘Diabo e Satanás`, detestam autoridade. Não conseguem aturar que determinadas pessoas são maiores (em autoridade e/ou poder); pois lhes faltam a humildade. “Tenhais consideração por aqueles que... vos são superiores e guias no Senhor”(1 Tes 5,12).
Quantos não foram os ditos evangélicos que, discordando de seus verdadeiros pastores, acharam-se autorizados, pelo próprio Deus Altíssimo, a fundarem as suas próprias igrejolas?... Quanta presunção! Quanta insubmissão!... Está escrito: “Estes os que causam divisões... não têm o Espírito” (Jud 19). [Eles repetem o oficio do Diabo, dividindo os filhos de Deus – aliás, um dos significados etimológicos da palavra ‘diabo’ é divisor.]
E a vontade de Deus é que ouçamos a Mãe Igreja. Contudo: “Se nem mesmo à Igreja der ouvido, trata-o como o gentio e o publicano” (Mt 18,17).
A Deus nos veneramos (ou servimos) e adoramos; aos santos nós veneramos; aos ídolos (imagens de falsas divindades do paganismo) nem veneramos, nem muito menos adoramos.
Por certo, não é errado servir as criaturas, por que senão Jesus jamais teria vindo a Terra ‘para servir e não para ser servido’. Além do que, a citação de Rm 1 fala per si: “serviram mais ao homem do que a Deus” (sic); quando, obviamente, é a Divindade que devemos servir MAIS. [Como também devemos: amar ‘mais’ a Deus do que os homens, honrar ‘mais’ a Deus do que os homens, etc. E não botar a carroça na frente dos bois.] Ou como está na Vulgata: “Serviram a criatura de preferência ao Criador” (Rm 1,23)... Entretanto, a questão aqui – independente da versão bíblica que se use – está em se perceber a sentença por inteira, que é: “Adoraram e serviram a criatura de preferência ao Criador”(Rm 1,23). Notaram: o problema é que ADORARAM a criatura, e não simplesmente a serviram.
Quanto à recusa de Simão Pedro, em receber a citada prostração, era porque se constituía numa prostração adorativa; a qual não visava somente homenageá-lo ou reverenciá-lo, mas adorá-lo (tratando-o por divindade). De fato, está escrito: “prostrou-se aos seus pés, adorando-o”(At 10,25). [Está claro: “adorando-o”!] Daí, inclusive, Pedro refutar dizendo: “sou apenas um homem”(At 10,26). Sendo que, na Sagrada Escritura, em contrapartida, quando não é com finalidade adorativa (porém apenas venerativa), podemos encontrar inúmeros exemplos de prostrações legitimamente feitas perante criaturas. Eis um deles: “Quando chegou o profeta Natã... Ele veio perante o rei e se prostrou diante dele, com rosto em terra”(1 Rs 1,22-23).
Cuidado com o ‘SÓ’!!!. Martinho Lutero colocou um “só”, na tradução da Bíblia que fez, antes da palavra fé para justificar o ímpio conceito de que somente a fé salvaria. (Graças a Deus, há muito, corrigiram esse erro.) Mas, não era de Lutero que eu queria falar... Era do perigo dessa palavrinha que, mesmo que não esteja escrevinhada nalgum texto, muitas vezes querem “escrevê-la” na forma de se ler a Sagrada Escritura... Se um pai diz, por exemplo, para seu filho: ‘Leia o capítulo 5 do Evangelho de João hoje à tarde’, obviamente, não é a mesma coisa que dizer: ‘Leia SÓ o capítulo 5 do Evangelho de João hoje à tarde’. (No primeiro caso, não há exclusão de outros capítulos; no segundo, sim.) De sorte que, analogamente, Jesus nunca disse: ‘Peçam SÓ a mim’; isso ele não disse. Disse, tão-somente, ‘peçam a mim’.
Não nos esqueçamos, igualmente, que a bíblia (com bê minúsculo) dos protestantes falta parte da Revelação Escrita de Deus; ela não tem os deuterocanônicos. Por conseguinte, eles – imergidos no erro da Rebelião principiada por Lutero – não usam a Escritura Perfeita, autorizada pelo Altíssimo e comunica ao mundo por meio de sua única Igreja. E, de modo algum, eles seguem essas Sacras Escrituras. Nem mesmo as que eles têm (a `bíblia dos meia-meia`, pois só tem 66 livros`); haja vista, está escrito na própria bíblia deles que é necessário guardar as tradições apostólicas (que é diferente das tradições farisaicas que Jesus repeliu): “Guardai as tradições que vos ensinamos oralmente ou por escrito”(2 Te 2,15). Ademais, conforme também está escrito, nem tudo que o Senhor fez está registrado no texto bíblico: “Há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez e que, se fossem escritas uma por uma, creio que o mundo não poderia conter os livros que se escreveriam”(Jo 21,25). Portanto, mais uma vez, comprova-se o quão satânico e imbecil é princípio de que só vale o que está na Bíblia – o tal da ‘Sola Scriptura’.
Que os santos rogam por nós, isso a Bíblia deixa claro no livro dos Macabeus, ao mencionar o profeta Jeremias, já morto, no além-túmulo, intervindo pelos irmãos da terra; conforme a visão “digna de fé” relatada: “Apareceu a seguir, um homem notável... Este é o amigo dos seus irmãos, aquele que muito ora pelo povo e por toda a cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus”(2 Mac 15,13s.) [Se a bíblia protestante não tem este livro: isso é um problema deles! A nossa tem, e isso é suficiente.]
E se o menor no Reino dos Céus é maior do que um grande profeta de Deus em missão neste mundo; então, é de grandiosa valia nos dirigirmos a eles (os que se encontram no paraíso) em nossas preces. Principalmente, incitando-os a louvarem e adorarem nosso Senhor; conforme está escrito. Assim, em nossas orações, não deixemos de conclamá-los: “Louvai-o todos os anjos”(Sl 148,2) e “Exultai com ele, ó céus, e adorem-no todos os filhos de Deus”(Dt 32,43). [Quem disse que orar aos santos do céu é somente para pedir suas intercessões?]
O Apocalipse mostra, expressamente, que Jesus não é o único que intermedeia as orações:
- “Da mão do Anjo, a fumaça do incenso com as orações dos santos subia diante de Deus”(Ap 8,4).
- “Os quatro Seres vivos e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, cada um com uma cítara e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”(Ap 5,8).
Notaram que é perante o Cordeiro, o Divino Cristo, que eles depõem também as orações dos cristãos (chamados na Bíblia de ‘santos’, cf. 1 Cor 16,1)! Para mostrar que eles têm acesso a Jesus. E é devido a Jesus que se pode chegar até o Pai. [De fato, para chegar ao Pai, faz-se necessário o Filho; mas não para se achegar ao Filho. (Comparável, pois, a uma empresa que ninguém tem acesso ao diretor senão se passar primeiro pela secretária. Ou seja, ninguém vai ao diretor, senão pela secretária; todavia, se pode aproximar da secretária por meio de várias outras pessoas.) Maria, por exemplo, é medianeira junto a Cristo e Cristo, por sua vez, é o mediador junto ao Pai.]
Muitos protestantes, costumeiramente, têm esse mau hábito de pinçar um amontoado de citações que supostamente desvalorizariam os santos benditos de Deus, principalmente a Virgem Maria. Mas, com certeza, não são as passagens bíblicas que os desvalorizam, e, sim, esses ditos evangélicos; porquanto, para começo de conversa, eles são capazes de crer que até um pastor, de uma esquina qualquer da vida, pode alcançar, por seus rogos, uma cura prodigiosa... enquanto os santos e abençoados do Céu, que desfrutam da companhia do Todo-poderoso, nada poderiam em favor dos seus irmãos, em Cristo, que ainda peregrina pela mundo. (Vê se pode uma coisa dessas: os pastores deles, muito podem; já os santificados de Deus, nada!)
Veja que eu não generalizei, porquanto não disse que todos o protestantes agem assim. Até por que, sempre existiram “evangélicos” que não desconsideraram a Intercessão do Santos, tendo em vista a existência da Comunhão dos Santos. Inclusive, mesmo em comissões ecumênicas de estudo, já acenaram positivamente para a realidade de os seres santificados dos céus intervirem, com seus rogos, a nosso favor. “Tomaremos como base um documento assinado por vários teólogos, católicos, protestantes (luteranos, calvinistas ou reformadores), anglicanos e ortodoxos orientais, no fim do Congresso Mariológico realizado na Ilha de Malta, entre 8 e 15 de setembro de 1983. Tal documento considera não somente a piedade para com Maria Santíssima, como também a devoção aos santos, de modo geral”[CUNHA, E., Imagens e Santos (um esclarecimento para o povo), 1a edição, AM Edições, SP, 1993, p. 57].
Uma mulher, sem estar cheia do Espírito Santo, e, muito provavelmente, julgando apenas pelas aparências, bendiz a dimensão procriativa de Maria; daí ela falar ‘seios’ e ‘entranhas’. Em contrapartida, outra mulher, Santa Isabel, “repleta do Espírito Santo” (Lc 1,41), iluminadamente, bendiz a pessoa inteira de Nossa Senhora: “Bendita és tu”(Lc 1,42)! [Pois Maria não é só a que gerou o Cristo, mas também a creu, e aquela que sempre se colocou como serva obediente do Altíssimo.]
Entretanto, não que dizer que Jesus tenha rejeitado, de todo, o louvor que aquela varoa, no meio do povo, dirigira à sua genitora; pois, conforme está apresentado no site Mariology.com: “M. Galizzi nota “que a adversativa ‘em lugar’ não é completamente exata, porque o particípio grego não tem matiz adversativa e é melhor traduzida por ‘até mesmo mais’; isto é: ‘até mesmo mais abençoados são aqueles que ouvem’ ”[http://www. mariology.com/sections/biblical.html]. Dando, a idéia de que aquela que foi lembrada por ser o ventre que o gestou é feliz, sim; entretanto, mais até, devem ser felicitados aqueles que observam a palavra do Altíssimo.
De qualquer forma, essa sentença de Cristo (de que felizes são “os que ouvem a Palavra de Deus e a observam ”, Lc 11,28) perfeitamente se enquadra à Virgem Santíssima; ela que deu seu perfeito sim à mensagem que vem do Alto: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”(Lc 1,38).
Assim, Maria é bendita por sua fé, Maria é bendita por sua obediência e Maria é bendita, também, por ter gerado em seu ventre, como homem, o Filho de Deus. (Ainda que, por ventura, seja mais bendita por sua fé e obediência.)
Tenho para comigo que, se aquela mulher soubesse que Jesus era Deus e ela estivesse louvando Maria por ser sua mãe, Cristo nada acrescentaria. No entanto, a avaliação da mesma era apenas do ponto de vista natural (e não sobrenatural, como foi a de Isabel); por isso, Jesus procurou objetivamente salientar, diante do que a mulher tinha na consciência, a questão da obediência ao Altíssimo... Ao que parece, muito comumente, Jesus dava suas resposta mediante o grau de consciência dos seus interlocutores. É semelhante à vez que o jovem rico lhe dirigiu a palavra chamando-o de Bom Mestre, e que ele lhe respondeu: “Por que me chamas de bom? Ninguém é bom, senão só Deus”(Lc 18,19). Em que Cristo não negou (nem quis negar), per si, a sentença que o rapaz proferiu. Pois, de fato, o moço disse uma verdade; entretanto, o mesmo não tinha consciência dessa verdade que proferia.
Não só Jesus padeceu por mim, mas muitos e muitos outros também deram sua vida pelo bem da Igreja. Daí, aquela conhecidíssima frase da Antiguidade Cristã: ‘O sangue dos mártires são sementes de novos cristãos’. São Paulo mesmo testifica: “Completo, na minha carne, o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja” (Col 1,24). Pessoas que, hodiernamente, são preciosos exemplos de santidade e amor a Deus e ao Evangelho, as quais devemos seguir imitando-os. Está escrito: “Sede meus imitadores, como eu mesmo o sou de Cristo”(1 Cor 11,1).
“Tomai com exemplo de uma vida de sofrimento e de paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. Notai que temos por bem-aventurados os que perseveraram pacientemente”(Tg 5,10s.). “Desejamos somente que cada um de vós demonstre o mesmo ardor... para não serdes lentos a compreensão, e sim imitadores daqueles que, pela fé e pela perseverança, recebem a herança das promessas”(Hb 6,12). E esta, aliás, é uma das finalidades do Culto aos Santos: apresentar os heróis da fé como modelos a serem imitados. [Daí, mesmo que, absurdamente, nenhum católico não mais pedisse os rogos dos santificados do céu, ainda assim, seria lícito e proveitoso cultuá-los.]
Nosso Senhor quer que aqueles que o honram sejam, universalmente (ou catolicamente), honrados, conhecidos e amados: “Em verdade vos digo que, onde quer que venha a ser proclamado o Evangelho, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória”(Mt 26,13)... Jamais, ó Senhor, deixaremos de erigir um memorial aos teus santos! Estes “filhos de Deus” (Jo 1,12) que foram recebidos no “seu Reino celeste” (2 Tm 4,19).
Temos os santos de Deus, como pais espirituais. Como “nosso pai Davi” (At 4,25), ou Abraão que “se tornou pai de todos aqueles que crêem”(Rm 4,11). Por conseguinte, é nosso dever honrá-los!
Jesus ser nosso Salvador não anula o valor dos seus santos. Muito pelo contrário, pois foi ele mesmo quem os santificou e glorificou: “Os que predestinou, também os chamou; e os que chamou, também os justificou, e os que justificou, também os glorificou”(Rm 8,30). Cristo glorifica os seus eleitos e, em contrapartida, certos hereges parece que fazem tudo para retirar-lhes toda e qualquer glória. Vai ver que é a ignorância de se achar que só Deus tem glória. Pois sabei: uma é a gloria de Deus, outra é a “glória dos filhos de Deus”(Rm 8,21). O que o Altíssimo não dá é a SUA própria glória de ser o criador de tudo que há, ou seja, de ser DEUS. Mas, não deixa de premiar, segundo lhe apraz, concedendo graça e glória aos seres por ele amado: “Deus concede graça e glória”(Sl 84(83),12). Diz o Senhor: “Eu os glorificarei”(Jer 3019)!
De fato, Jesus é o único que salva, no entanto, ele o faz através de sua Igreja; que misticamente é seu Corpo. “Como Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo”(Ef 1,22s.). Tem gente, que até se diz cristão, mas que não consegue acolher muito bem essa grandiosa verdade que é união que há entre o Messias e a sua Igreja. Da qual fazem parte não só os que partiram do mundo, mas também os discípulos de Cristo que cá estão. Daí, quiçá, mesmo um servo sem préstimos como eu (o mais indigno dos membros da Mater Ecclesia) poderia ser usado como um seu instrumento salvífico, a exemplo de outros do passado. Seguindo o que foi recomendado a Timóteo, ao qual São Paulo dirigiu essas pressurosas palavras: “Persevera nestas disposições porque assim fazendo, salvarás a ti mesmo e aos teus ouvintes”(1 Tm 4,16). E na Epístola de São Judas encontramos: “A outros procurai salvar, arrancando-os ao fogo” (Ju 23)... Como, então, duvidar que os santos de Deus não podem ser utilizados, pelo próprio Altíssimo, como instrumentos seus de salvação?
Deus, com certeza, é a fonte de todos os milagres; entretanto, seria completamente errado dizer que fulano operou tal milagre? Se for, então, como se explica o que está escrito nos Atos dos Apóstolos: “As multidões atendiam unânimes ao que Felipe dizia, pois ouviam falar dos sinais que operava”(At 8,6). O sujeito dessa frase é o diácono Filipe, ele ‘operava’ tais sinais. Ou até mesmo o que proferiu nosso Senhor: “Quem crê em mim fará as obras que eu faço e fará até maiores do que ela” (Jo 14,12). Não seria melhor, diriam alguns, que Jesus tivesse dito: ‘Quem crê em mim eu farei por meio dele obras’? [Não sei se o que eu vou dizer está muito correto, contudo... Penso eu, no que diz respeito os trecho bíblicos mencionados, mal comparando, que Deus é o ‘autor’ dos milagres, mas as criaturas podem ser os ‘atores’ deles. Sendo elas os vasos comunicantes, ou canais da graça, por meio dos quais o Altíssimo poderá realizar um tal ato. Quando um ator fala numa peça, embora as palavras saiam de sua boca, elas são originalmente creditadas ao autor (pois foi ele que produziu a mensagem). Mas também as mesmas são creditadas, em segundo lugar, aos atores, porquanto eles realizam aquilo o autor queria que eles fizessem.] Obviamente, Deus pode realizar um milagre sem intermediação de qualquer criatura. De fato, ele pode agir tanto diretamente como indiretamente!
Está escrito: “E Paulo, fixando nele os olhos e vendo que tinha fé para ser curado, disse-lhe com voz forte: “Levanta-te direito sobre teus pés!” Ele deu um salto, e começou a andar”(At 14,9s.). São Paulo, aqui, não disse ‘em nome de Jesus’ ou ‘em nome do Senhor’, e mesmo assim a pessoa foi curada. Bastou constatar que a pessoa tivesse fé.
Segundo Mc 3, 33-35, podemos inferir que todas as santas de Deus são, espiritualmente, mães de Jesus. A diferença é que, além de mãe espiritual de Nosso Senhor, Maria é também, por graça divina, sua mãe biológica. [Portanto, ela é digna de ser, duplamente, honrada e reverenciada!]... Não devemos, pois, imitar a Cristo? E se Jesus aceita todas essas como suas madres, como nós as recusaríamos por mães?... É interessante o “recado” que São Pedro deixa às mulheres cristãs: “É o que vemos em Sara... Delas vós tornareis filhas, se praticardes o bem”(1 Ped 3,6). E se Santa Sara é colocada como modelo e mãe (espiritual) das seguidoras de Cristo, por que não Maria?
Ora, que Maria é nossa mãe, até Lutero chegou a reconhecer. “Lutero tinha fé e coragem para dizer simples e belamente que nós somos filhos de Maria. Ele diz que tudo que Cristo tem deve ser nosso, então também sua Mãe é nossa mãe”[SCHINELLER, SJ, Peter, Por que veneramos Maria, Editora Santuário, Aparecida-SP, 1995, p. 11]. E ele ainda disse: “Nós somos as crianças de Maria”[http://www.mariology.com/sectiones/biblical. html].
Cristão que se coloca, espiritualmente, como João apóstolo, ao pé da Cruz de Nosso Senhor, certamente, de muito bom grado, acolhe para si as palavras de Jesus (referentes à sua Santa Mãe Maria): “Eis a tua mãe!” (Jo 19,27).
No site católico Corazones.org igualmente cita que o sentido de mediação que só cabe a Cristo: é aquela de alguém que toma o lugar do outro para pagar-lhe o débito (que não teria condição alguma, por si, de saudá-lo): “Um menino quebra o vidro de um a casa; o menino não tem dinheiro para repor o custo do valor do vidro, pelo qual seu pai paga o vidro. Nosso Senhor Jesus pagou por nossos pecados”[http://www.corazones. org/diccionario/mediador.htm]. Jesus interveio recebendo, em nosso lugar, o peso da divida infinita que tínhamos diante de Deus.
Com efeito, está escrito: “Um só mediador... que se deu em resgate por todos”(1 Tm 2,5-6). Ou seja, Jesus é o único ‘mediador-resgatador’. Pois mediador que se dá em resgate pelos pecados da humanidade, só Cristo. (Por isso, somente ele é o Salvador!) Ainda que 1 bilhão de pessoas se oferecessem (em sacrifício) para salvar-me, não seriam mediadores-resgatadores. Entretanto, solicitar a alguém para pedir algo em meu favor, muitos e muitos estariam qualificados a assumir esse papel; até minha mãe seria uma prestimosa intercessora minha junto ao Senhor. (E se ela pode, muito mais os santos e anjos dos céus!)
Permitam-me, entretanto, acrescentar mais um comentário (que não deixa de ser polêmico): O termo ‘eis’, em grego, utilizado para dizer que há ‘um só’ mediador (em 1 Tm 2,5), significa, de fato, “um, porém, não no sentido excludente. S. Paulo poderia ter escolhido o ‘MONOS’ que se é excludente” [http://www.corazones.org./diccionario/ mediador/htm.]; mas ele não o fez. Ademais, sobre essa passagem 1 Tm 2:5, um meticuloso estudioso, Miguel Mingues, em seu livro ‘Mary, The Servant of the Lord: A Ecumenical Proposal (Boston: Daugther of St. Paul, 1978)’, comenta: “Quando o autor de 1 Tm pretende acentuar a singularidade de Deus, ele não usa ‘eis’, mas ‘monos’em poucos versículos antes, a saber em 1:17, bem como em 6:15,16. Na epístola inteira ‘eis’ ocorre em nossa passagem (2:5) somente”[http://www.mariology.com/sectionsstarting.hmtl]. Corroborando, muito provavelmente, que: propositadamente, São Paulo não teria querido utilizar um vocábulo que colocasse Jesus como exclusivo mediador.
E é, por esse caminho, que também aponta o ex-protestante Scott Hahn, dizendo: “Em primeiro lugar, a palavra grega que se utiliza aqui para único é eis, que significa ‘primeiro’ou ‘principal’, não monos, que significa ‘somente’ ou ‘só’ ”[http://www.es. catholic. net.secciones/articulo.phtml?ts=8&ca=74&te=370&id=6107].
Daí, se for assim como assinalou Scott Hahn, ainda que se queira – a ferro e fogo – enxergar que ‘mediador’ em tal passagem significaria intercessor (ou o que pede por outrem), de qualquer maneira, seria, catolicamente, interpretada da seguinte forma: ‘Há um principal (ou primeiro) intercessor`. Dando a entender, claramente, que existiriam outros intercessores secundários. Seria como alguém ser reconhecido como o ‘principal’ vendedor duma loja; o que não quer dizer que ele seria o único, mas o primeiro (o maior) dos vendedores.
Se Jesus é o único que interceder, o que seriam dos anjos que vivem a mediar nossas orações (cf. Ap 5,8; 8,3.)? Ou mesmo dos protestantes, os quais vivem rogando pelos outros? ... [Milhões e milhões de “evangélicos” intercedem pelos outros e, depois, muitos deles têm a desfaçatez de dizer que Jesus é o ÚNICO intercessor!]
P.S.: Tudo que escrevi está sujeito à autoridade da Igreja Católica; a qual poderá corrigir, completar, refutar e tudo mais que for necessário para preserva o Depósito da Fé.
E, perdoem-me, mais uma vez, pela visível incompetência de minha parte em defender as verdades da Santa Fé Católica... Que Deus, que é Bom, Santo e Misericordioso suscite outros mil vezes mais capacitados! Amém!
Bibliografia
-A BÍBLIA DE JERUSALÉM, Editora Paulus, SP, 1996.
-BÍBLIA SAGRADA (Traduzida da Vulgata e anotada pelo Pe. Matos Soares), 15a edição, Edições Paulinas, SP, 1988.
-CUNHA, E., Imagens e Santos (um esclarecimento para o povo), 1a edição, AM edições, SP, 1993.
-http://www.corazones.org/diccionario/mediador/htm.
-http://es.catholic.net.secciones/articulo.phtml?ts=8&ca=74*te=370&id=6170.
-http://www.mariology.com/sections/biblical.html.
-http://www.mariology.com/sections/starting.hmtl.
Fiquem com Deus!
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“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela”(Mt 16,18).
OBS.: Este texto é uma resposta a uma série de questionamentos que foram feitos por um protestante em outro site. Questionamentos que, de praxe, sempre são diuturnamente levantados por sectários. Como, por exemplo, a sentença de 1 Tm 2,5 que fala que Jesus é o único mediador e que, supostamente, vetaria a possibilidade de os santos celestiais intercederem. Ou aquela de Mc 3 que fala que ‘minha mãe é a que faz a vontade de meu Pai que está no céu’. Ou ainda, que Cristo não quereria que se elogiasse Maria por lhe ter dado à luz, cf. Lc 11. Dentre outras.
Penso que ele possa, ainda que parcialmente, colaborar na elucidação de muitos desses fatos, constantemente, despejados contra a fé dos católicos.
Prezados Participantes
Teve um protestante que expôs um texto dele para ser analisado. É o que me proponho, aqui, com meu parco conhecimento, a fazê-lo. Perdoem-me, desde já, a falta de cabedal para dar melhores respostas. E como não vai ser possível responder tudo duma só vez; essa missiva, por conseguinte, é a primeira parte. [E não adiante sectário algum vir com palavras adocicadas ou camufladas para, por fim, dizer que a Igreja Católica está errada – e, concomitantemente, lançar perniciosas críticas; além de incitar os católicos a abandonarem-na. E de desde já esclareço: citar um amontoado de passagens bíblicas, isso não é estudo... está mais para o método que Satanás utilizou para tentar Nosso Senhor Jesus Cristo.]...
Começarei pelo final, onde ele sugere que se procure uma igreja onde a verdadeira doutrina seja ensinada... Ora, com certeza não poderia ser qualquer das “igrejas” protestantes; até porque as mesmas surgiram mais de mil anos depois daquela que o Senhor fundou sobre Pedro (que é a Igreja Católica). Além do mais, as denominações protestantes depõem contra elas próprias; haja vista, umas, pela Bíblia, dizem que é legítimo o Batismo de Crianças, já outras negam; umas, também, por meio da mesma Escritura Santa, afirmam que as almas no além estão conscientes, enquanto outras contradizem; e assim por diante. Como pode numa confusão infernal destas – que é o protestantismo – poderia estar a Igreja do Altíssimo?
Deus deixou uma Igreja hierarquizada para poder levar aos rincões da Terra a Palavra de Deus não adulterada. “É a Igreja do Deus vivo: coluna e sustentáculo da verdade” (1 Tm 3,15). Perceba: a verdade é sustentada pela Igreja única de Deus! (E não por interpretações individuais dos que lêem a Escritura Sagrada.) Daí, na Bíblia, estar sentenciado: “Obedecei aos vossos dirigentes, e sede-lhes dóceis; porque velam pessoalmente sobre vossas almas” (Hb 13,17). Os hereges movidos pelo espírito de insubmissão, como é próprio do pai deles, o ‘Diabo e Satanás`, detestam autoridade. Não conseguem aturar que determinadas pessoas são maiores (em autoridade e/ou poder); pois lhes faltam a humildade. “Tenhais consideração por aqueles que... vos são superiores e guias no Senhor”(1 Tes 5,12).
Quantos não foram os ditos evangélicos que, discordando de seus verdadeiros pastores, acharam-se autorizados, pelo próprio Deus Altíssimo, a fundarem as suas próprias igrejolas?... Quanta presunção! Quanta insubmissão!... Está escrito: “Estes os que causam divisões... não têm o Espírito” (Jud 19). [Eles repetem o oficio do Diabo, dividindo os filhos de Deus – aliás, um dos significados etimológicos da palavra ‘diabo’ é divisor.]
E a vontade de Deus é que ouçamos a Mãe Igreja. Contudo: “Se nem mesmo à Igreja der ouvido, trata-o como o gentio e o publicano” (Mt 18,17).
A Deus nos veneramos (ou servimos) e adoramos; aos santos nós veneramos; aos ídolos (imagens de falsas divindades do paganismo) nem veneramos, nem muito menos adoramos.
Por certo, não é errado servir as criaturas, por que senão Jesus jamais teria vindo a Terra ‘para servir e não para ser servido’. Além do que, a citação de Rm 1 fala per si: “serviram mais ao homem do que a Deus” (sic); quando, obviamente, é a Divindade que devemos servir MAIS. [Como também devemos: amar ‘mais’ a Deus do que os homens, honrar ‘mais’ a Deus do que os homens, etc. E não botar a carroça na frente dos bois.] Ou como está na Vulgata: “Serviram a criatura de preferência ao Criador” (Rm 1,23)... Entretanto, a questão aqui – independente da versão bíblica que se use – está em se perceber a sentença por inteira, que é: “Adoraram e serviram a criatura de preferência ao Criador”(Rm 1,23). Notaram: o problema é que ADORARAM a criatura, e não simplesmente a serviram.
Quanto à recusa de Simão Pedro, em receber a citada prostração, era porque se constituía numa prostração adorativa; a qual não visava somente homenageá-lo ou reverenciá-lo, mas adorá-lo (tratando-o por divindade). De fato, está escrito: “prostrou-se aos seus pés, adorando-o”(At 10,25). [Está claro: “adorando-o”!] Daí, inclusive, Pedro refutar dizendo: “sou apenas um homem”(At 10,26). Sendo que, na Sagrada Escritura, em contrapartida, quando não é com finalidade adorativa (porém apenas venerativa), podemos encontrar inúmeros exemplos de prostrações legitimamente feitas perante criaturas. Eis um deles: “Quando chegou o profeta Natã... Ele veio perante o rei e se prostrou diante dele, com rosto em terra”(1 Rs 1,22-23).
Cuidado com o ‘SÓ’!!!. Martinho Lutero colocou um “só”, na tradução da Bíblia que fez, antes da palavra fé para justificar o ímpio conceito de que somente a fé salvaria. (Graças a Deus, há muito, corrigiram esse erro.) Mas, não era de Lutero que eu queria falar... Era do perigo dessa palavrinha que, mesmo que não esteja escrevinhada nalgum texto, muitas vezes querem “escrevê-la” na forma de se ler a Sagrada Escritura... Se um pai diz, por exemplo, para seu filho: ‘Leia o capítulo 5 do Evangelho de João hoje à tarde’, obviamente, não é a mesma coisa que dizer: ‘Leia SÓ o capítulo 5 do Evangelho de João hoje à tarde’. (No primeiro caso, não há exclusão de outros capítulos; no segundo, sim.) De sorte que, analogamente, Jesus nunca disse: ‘Peçam SÓ a mim’; isso ele não disse. Disse, tão-somente, ‘peçam a mim’.
Não nos esqueçamos, igualmente, que a bíblia (com bê minúsculo) dos protestantes falta parte da Revelação Escrita de Deus; ela não tem os deuterocanônicos. Por conseguinte, eles – imergidos no erro da Rebelião principiada por Lutero – não usam a Escritura Perfeita, autorizada pelo Altíssimo e comunica ao mundo por meio de sua única Igreja. E, de modo algum, eles seguem essas Sacras Escrituras. Nem mesmo as que eles têm (a `bíblia dos meia-meia`, pois só tem 66 livros`); haja vista, está escrito na própria bíblia deles que é necessário guardar as tradições apostólicas (que é diferente das tradições farisaicas que Jesus repeliu): “Guardai as tradições que vos ensinamos oralmente ou por escrito”(2 Te 2,15). Ademais, conforme também está escrito, nem tudo que o Senhor fez está registrado no texto bíblico: “Há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez e que, se fossem escritas uma por uma, creio que o mundo não poderia conter os livros que se escreveriam”(Jo 21,25). Portanto, mais uma vez, comprova-se o quão satânico e imbecil é princípio de que só vale o que está na Bíblia – o tal da ‘Sola Scriptura’.
Que os santos rogam por nós, isso a Bíblia deixa claro no livro dos Macabeus, ao mencionar o profeta Jeremias, já morto, no além-túmulo, intervindo pelos irmãos da terra; conforme a visão “digna de fé” relatada: “Apareceu a seguir, um homem notável... Este é o amigo dos seus irmãos, aquele que muito ora pelo povo e por toda a cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus”(2 Mac 15,13s.) [Se a bíblia protestante não tem este livro: isso é um problema deles! A nossa tem, e isso é suficiente.]
E se o menor no Reino dos Céus é maior do que um grande profeta de Deus em missão neste mundo; então, é de grandiosa valia nos dirigirmos a eles (os que se encontram no paraíso) em nossas preces. Principalmente, incitando-os a louvarem e adorarem nosso Senhor; conforme está escrito. Assim, em nossas orações, não deixemos de conclamá-los: “Louvai-o todos os anjos”(Sl 148,2) e “Exultai com ele, ó céus, e adorem-no todos os filhos de Deus”(Dt 32,43). [Quem disse que orar aos santos do céu é somente para pedir suas intercessões?]
O Apocalipse mostra, expressamente, que Jesus não é o único que intermedeia as orações:
- “Da mão do Anjo, a fumaça do incenso com as orações dos santos subia diante de Deus”(Ap 8,4).
- “Os quatro Seres vivos e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, cada um com uma cítara e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”(Ap 5,8).
Notaram que é perante o Cordeiro, o Divino Cristo, que eles depõem também as orações dos cristãos (chamados na Bíblia de ‘santos’, cf. 1 Cor 16,1)! Para mostrar que eles têm acesso a Jesus. E é devido a Jesus que se pode chegar até o Pai. [De fato, para chegar ao Pai, faz-se necessário o Filho; mas não para se achegar ao Filho. (Comparável, pois, a uma empresa que ninguém tem acesso ao diretor senão se passar primeiro pela secretária. Ou seja, ninguém vai ao diretor, senão pela secretária; todavia, se pode aproximar da secretária por meio de várias outras pessoas.) Maria, por exemplo, é medianeira junto a Cristo e Cristo, por sua vez, é o mediador junto ao Pai.]
Muitos protestantes, costumeiramente, têm esse mau hábito de pinçar um amontoado de citações que supostamente desvalorizariam os santos benditos de Deus, principalmente a Virgem Maria. Mas, com certeza, não são as passagens bíblicas que os desvalorizam, e, sim, esses ditos evangélicos; porquanto, para começo de conversa, eles são capazes de crer que até um pastor, de uma esquina qualquer da vida, pode alcançar, por seus rogos, uma cura prodigiosa... enquanto os santos e abençoados do Céu, que desfrutam da companhia do Todo-poderoso, nada poderiam em favor dos seus irmãos, em Cristo, que ainda peregrina pela mundo. (Vê se pode uma coisa dessas: os pastores deles, muito podem; já os santificados de Deus, nada!)
Veja que eu não generalizei, porquanto não disse que todos o protestantes agem assim. Até por que, sempre existiram “evangélicos” que não desconsideraram a Intercessão do Santos, tendo em vista a existência da Comunhão dos Santos. Inclusive, mesmo em comissões ecumênicas de estudo, já acenaram positivamente para a realidade de os seres santificados dos céus intervirem, com seus rogos, a nosso favor. “Tomaremos como base um documento assinado por vários teólogos, católicos, protestantes (luteranos, calvinistas ou reformadores), anglicanos e ortodoxos orientais, no fim do Congresso Mariológico realizado na Ilha de Malta, entre 8 e 15 de setembro de 1983. Tal documento considera não somente a piedade para com Maria Santíssima, como também a devoção aos santos, de modo geral”[CUNHA, E., Imagens e Santos (um esclarecimento para o povo), 1a edição, AM Edições, SP, 1993, p. 57].
Uma mulher, sem estar cheia do Espírito Santo, e, muito provavelmente, julgando apenas pelas aparências, bendiz a dimensão procriativa de Maria; daí ela falar ‘seios’ e ‘entranhas’. Em contrapartida, outra mulher, Santa Isabel, “repleta do Espírito Santo” (Lc 1,41), iluminadamente, bendiz a pessoa inteira de Nossa Senhora: “Bendita és tu”(Lc 1,42)! [Pois Maria não é só a que gerou o Cristo, mas também a creu, e aquela que sempre se colocou como serva obediente do Altíssimo.]
Entretanto, não que dizer que Jesus tenha rejeitado, de todo, o louvor que aquela varoa, no meio do povo, dirigira à sua genitora; pois, conforme está apresentado no site Mariology.com: “M. Galizzi nota “que a adversativa ‘em lugar’ não é completamente exata, porque o particípio grego não tem matiz adversativa e é melhor traduzida por ‘até mesmo mais’; isto é: ‘até mesmo mais abençoados são aqueles que ouvem’ ”[http://www. mariology.com/sections/biblical.html]. Dando, a idéia de que aquela que foi lembrada por ser o ventre que o gestou é feliz, sim; entretanto, mais até, devem ser felicitados aqueles que observam a palavra do Altíssimo.
De qualquer forma, essa sentença de Cristo (de que felizes são “os que ouvem a Palavra de Deus e a observam ”, Lc 11,28) perfeitamente se enquadra à Virgem Santíssima; ela que deu seu perfeito sim à mensagem que vem do Alto: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”(Lc 1,38).
Assim, Maria é bendita por sua fé, Maria é bendita por sua obediência e Maria é bendita, também, por ter gerado em seu ventre, como homem, o Filho de Deus. (Ainda que, por ventura, seja mais bendita por sua fé e obediência.)
Tenho para comigo que, se aquela mulher soubesse que Jesus era Deus e ela estivesse louvando Maria por ser sua mãe, Cristo nada acrescentaria. No entanto, a avaliação da mesma era apenas do ponto de vista natural (e não sobrenatural, como foi a de Isabel); por isso, Jesus procurou objetivamente salientar, diante do que a mulher tinha na consciência, a questão da obediência ao Altíssimo... Ao que parece, muito comumente, Jesus dava suas resposta mediante o grau de consciência dos seus interlocutores. É semelhante à vez que o jovem rico lhe dirigiu a palavra chamando-o de Bom Mestre, e que ele lhe respondeu: “Por que me chamas de bom? Ninguém é bom, senão só Deus”(Lc 18,19). Em que Cristo não negou (nem quis negar), per si, a sentença que o rapaz proferiu. Pois, de fato, o moço disse uma verdade; entretanto, o mesmo não tinha consciência dessa verdade que proferia.
Não só Jesus padeceu por mim, mas muitos e muitos outros também deram sua vida pelo bem da Igreja. Daí, aquela conhecidíssima frase da Antiguidade Cristã: ‘O sangue dos mártires são sementes de novos cristãos’. São Paulo mesmo testifica: “Completo, na minha carne, o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja” (Col 1,24). Pessoas que, hodiernamente, são preciosos exemplos de santidade e amor a Deus e ao Evangelho, as quais devemos seguir imitando-os. Está escrito: “Sede meus imitadores, como eu mesmo o sou de Cristo”(1 Cor 11,1).
“Tomai com exemplo de uma vida de sofrimento e de paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. Notai que temos por bem-aventurados os que perseveraram pacientemente”(Tg 5,10s.). “Desejamos somente que cada um de vós demonstre o mesmo ardor... para não serdes lentos a compreensão, e sim imitadores daqueles que, pela fé e pela perseverança, recebem a herança das promessas”(Hb 6,12). E esta, aliás, é uma das finalidades do Culto aos Santos: apresentar os heróis da fé como modelos a serem imitados. [Daí, mesmo que, absurdamente, nenhum católico não mais pedisse os rogos dos santificados do céu, ainda assim, seria lícito e proveitoso cultuá-los.]
Nosso Senhor quer que aqueles que o honram sejam, universalmente (ou catolicamente), honrados, conhecidos e amados: “Em verdade vos digo que, onde quer que venha a ser proclamado o Evangelho, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória”(Mt 26,13)... Jamais, ó Senhor, deixaremos de erigir um memorial aos teus santos! Estes “filhos de Deus” (Jo 1,12) que foram recebidos no “seu Reino celeste” (2 Tm 4,19).
Temos os santos de Deus, como pais espirituais. Como “nosso pai Davi” (At 4,25), ou Abraão que “se tornou pai de todos aqueles que crêem”(Rm 4,11). Por conseguinte, é nosso dever honrá-los!
Jesus ser nosso Salvador não anula o valor dos seus santos. Muito pelo contrário, pois foi ele mesmo quem os santificou e glorificou: “Os que predestinou, também os chamou; e os que chamou, também os justificou, e os que justificou, também os glorificou”(Rm 8,30). Cristo glorifica os seus eleitos e, em contrapartida, certos hereges parece que fazem tudo para retirar-lhes toda e qualquer glória. Vai ver que é a ignorância de se achar que só Deus tem glória. Pois sabei: uma é a gloria de Deus, outra é a “glória dos filhos de Deus”(Rm 8,21). O que o Altíssimo não dá é a SUA própria glória de ser o criador de tudo que há, ou seja, de ser DEUS. Mas, não deixa de premiar, segundo lhe apraz, concedendo graça e glória aos seres por ele amado: “Deus concede graça e glória”(Sl 84(83),12). Diz o Senhor: “Eu os glorificarei”(Jer 3019)!
De fato, Jesus é o único que salva, no entanto, ele o faz através de sua Igreja; que misticamente é seu Corpo. “Como Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo”(Ef 1,22s.). Tem gente, que até se diz cristão, mas que não consegue acolher muito bem essa grandiosa verdade que é união que há entre o Messias e a sua Igreja. Da qual fazem parte não só os que partiram do mundo, mas também os discípulos de Cristo que cá estão. Daí, quiçá, mesmo um servo sem préstimos como eu (o mais indigno dos membros da Mater Ecclesia) poderia ser usado como um seu instrumento salvífico, a exemplo de outros do passado. Seguindo o que foi recomendado a Timóteo, ao qual São Paulo dirigiu essas pressurosas palavras: “Persevera nestas disposições porque assim fazendo, salvarás a ti mesmo e aos teus ouvintes”(1 Tm 4,16). E na Epístola de São Judas encontramos: “A outros procurai salvar, arrancando-os ao fogo” (Ju 23)... Como, então, duvidar que os santos de Deus não podem ser utilizados, pelo próprio Altíssimo, como instrumentos seus de salvação?
Deus, com certeza, é a fonte de todos os milagres; entretanto, seria completamente errado dizer que fulano operou tal milagre? Se for, então, como se explica o que está escrito nos Atos dos Apóstolos: “As multidões atendiam unânimes ao que Felipe dizia, pois ouviam falar dos sinais que operava”(At 8,6). O sujeito dessa frase é o diácono Filipe, ele ‘operava’ tais sinais. Ou até mesmo o que proferiu nosso Senhor: “Quem crê em mim fará as obras que eu faço e fará até maiores do que ela” (Jo 14,12). Não seria melhor, diriam alguns, que Jesus tivesse dito: ‘Quem crê em mim eu farei por meio dele obras’? [Não sei se o que eu vou dizer está muito correto, contudo... Penso eu, no que diz respeito os trecho bíblicos mencionados, mal comparando, que Deus é o ‘autor’ dos milagres, mas as criaturas podem ser os ‘atores’ deles. Sendo elas os vasos comunicantes, ou canais da graça, por meio dos quais o Altíssimo poderá realizar um tal ato. Quando um ator fala numa peça, embora as palavras saiam de sua boca, elas são originalmente creditadas ao autor (pois foi ele que produziu a mensagem). Mas também as mesmas são creditadas, em segundo lugar, aos atores, porquanto eles realizam aquilo o autor queria que eles fizessem.] Obviamente, Deus pode realizar um milagre sem intermediação de qualquer criatura. De fato, ele pode agir tanto diretamente como indiretamente!
Está escrito: “E Paulo, fixando nele os olhos e vendo que tinha fé para ser curado, disse-lhe com voz forte: “Levanta-te direito sobre teus pés!” Ele deu um salto, e começou a andar”(At 14,9s.). São Paulo, aqui, não disse ‘em nome de Jesus’ ou ‘em nome do Senhor’, e mesmo assim a pessoa foi curada. Bastou constatar que a pessoa tivesse fé.
Segundo Mc 3, 33-35, podemos inferir que todas as santas de Deus são, espiritualmente, mães de Jesus. A diferença é que, além de mãe espiritual de Nosso Senhor, Maria é também, por graça divina, sua mãe biológica. [Portanto, ela é digna de ser, duplamente, honrada e reverenciada!]... Não devemos, pois, imitar a Cristo? E se Jesus aceita todas essas como suas madres, como nós as recusaríamos por mães?... É interessante o “recado” que São Pedro deixa às mulheres cristãs: “É o que vemos em Sara... Delas vós tornareis filhas, se praticardes o bem”(1 Ped 3,6). E se Santa Sara é colocada como modelo e mãe (espiritual) das seguidoras de Cristo, por que não Maria?
Ora, que Maria é nossa mãe, até Lutero chegou a reconhecer. “Lutero tinha fé e coragem para dizer simples e belamente que nós somos filhos de Maria. Ele diz que tudo que Cristo tem deve ser nosso, então também sua Mãe é nossa mãe”[SCHINELLER, SJ, Peter, Por que veneramos Maria, Editora Santuário, Aparecida-SP, 1995, p. 11]. E ele ainda disse: “Nós somos as crianças de Maria”[http://www.mariology.com/sectiones/biblical. html].
Cristão que se coloca, espiritualmente, como João apóstolo, ao pé da Cruz de Nosso Senhor, certamente, de muito bom grado, acolhe para si as palavras de Jesus (referentes à sua Santa Mãe Maria): “Eis a tua mãe!” (Jo 19,27).
No site católico Corazones.org igualmente cita que o sentido de mediação que só cabe a Cristo: é aquela de alguém que toma o lugar do outro para pagar-lhe o débito (que não teria condição alguma, por si, de saudá-lo): “Um menino quebra o vidro de um a casa; o menino não tem dinheiro para repor o custo do valor do vidro, pelo qual seu pai paga o vidro. Nosso Senhor Jesus pagou por nossos pecados”[http://www.corazones. org/diccionario/mediador.htm]. Jesus interveio recebendo, em nosso lugar, o peso da divida infinita que tínhamos diante de Deus.
Com efeito, está escrito: “Um só mediador... que se deu em resgate por todos”(1 Tm 2,5-6). Ou seja, Jesus é o único ‘mediador-resgatador’. Pois mediador que se dá em resgate pelos pecados da humanidade, só Cristo. (Por isso, somente ele é o Salvador!) Ainda que 1 bilhão de pessoas se oferecessem (em sacrifício) para salvar-me, não seriam mediadores-resgatadores. Entretanto, solicitar a alguém para pedir algo em meu favor, muitos e muitos estariam qualificados a assumir esse papel; até minha mãe seria uma prestimosa intercessora minha junto ao Senhor. (E se ela pode, muito mais os santos e anjos dos céus!)
Permitam-me, entretanto, acrescentar mais um comentário (que não deixa de ser polêmico): O termo ‘eis’, em grego, utilizado para dizer que há ‘um só’ mediador (em 1 Tm 2,5), significa, de fato, “um, porém, não no sentido excludente. S. Paulo poderia ter escolhido o ‘MONOS’ que se é excludente” [http://www.corazones.org./diccionario/ mediador/htm.]; mas ele não o fez. Ademais, sobre essa passagem 1 Tm 2:5, um meticuloso estudioso, Miguel Mingues, em seu livro ‘Mary, The Servant of the Lord: A Ecumenical Proposal (Boston: Daugther of St. Paul, 1978)’, comenta: “Quando o autor de 1 Tm pretende acentuar a singularidade de Deus, ele não usa ‘eis’, mas ‘monos’em poucos versículos antes, a saber em 1:17, bem como em 6:15,16. Na epístola inteira ‘eis’ ocorre em nossa passagem (2:5) somente”[http://www.mariology.com/sectionsstarting.hmtl]. Corroborando, muito provavelmente, que: propositadamente, São Paulo não teria querido utilizar um vocábulo que colocasse Jesus como exclusivo mediador.
E é, por esse caminho, que também aponta o ex-protestante Scott Hahn, dizendo: “Em primeiro lugar, a palavra grega que se utiliza aqui para único é eis, que significa ‘primeiro’ou ‘principal’, não monos, que significa ‘somente’ ou ‘só’ ”[http://www.es. catholic. net.secciones/articulo.phtml?ts=8&ca=74&te=370&id=6107].
Daí, se for assim como assinalou Scott Hahn, ainda que se queira – a ferro e fogo – enxergar que ‘mediador’ em tal passagem significaria intercessor (ou o que pede por outrem), de qualquer maneira, seria, catolicamente, interpretada da seguinte forma: ‘Há um principal (ou primeiro) intercessor`. Dando a entender, claramente, que existiriam outros intercessores secundários. Seria como alguém ser reconhecido como o ‘principal’ vendedor duma loja; o que não quer dizer que ele seria o único, mas o primeiro (o maior) dos vendedores.
Se Jesus é o único que interceder, o que seriam dos anjos que vivem a mediar nossas orações (cf. Ap 5,8; 8,3.)? Ou mesmo dos protestantes, os quais vivem rogando pelos outros? ... [Milhões e milhões de “evangélicos” intercedem pelos outros e, depois, muitos deles têm a desfaçatez de dizer que Jesus é o ÚNICO intercessor!]
P.S.: Tudo que escrevi está sujeito à autoridade da Igreja Católica; a qual poderá corrigir, completar, refutar e tudo mais que for necessário para preserva o Depósito da Fé.
E, perdoem-me, mais uma vez, pela visível incompetência de minha parte em defender as verdades da Santa Fé Católica... Que Deus, que é Bom, Santo e Misericordioso suscite outros mil vezes mais capacitados! Amém!
Bibliografia
-A BÍBLIA DE JERUSALÉM, Editora Paulus, SP, 1996.
-BÍBLIA SAGRADA (Traduzida da Vulgata e anotada pelo Pe. Matos Soares), 15a edição, Edições Paulinas, SP, 1988.
-CUNHA, E., Imagens e Santos (um esclarecimento para o povo), 1a edição, AM edições, SP, 1993.
-http://www.corazones.org/diccionario/mediador/htm.
-http://es.catholic.net.secciones/articulo.phtml?ts=8&ca=74*te=370&id=6170.
-http://www.mariology.com/sections/biblical.html.
-http://www.mariology.com/sections/starting.hmtl.
Fiquem com Deus!
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“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela”(Mt 16,18).
A VERDADEIRA IGREJA
Wagner Herbet Alves Costa (1968-2006)
1) A Igreja verdadeira tem que ter 2000 anos (deve vir do tempo dos apóstolos: cf. Mt 16,18; Mt 28,18-30) e não 100, 200 ou 500 anos (com é o caso das chamadas igrejas protestantes). Jesus é histórico, por conseguinte, histórica é a sua Igreja. Eis por que é imprescindível que ela – como o Verbo encarnado – perpassem dois milênios.
2) A Igreja verdadeira prega a unidade da fé (cf. Ef, 4,5) e, portanto (e obviamente), deverá ser, sempre, contrária – radicalmente contrária – ao Livre Exame das Escrituras; o qual só gerou e gera interpretações divergentes e contraditórias. E, conseqüentemente, dá origem às divisões e ao esfacelamento do Cristianismo. [E é justamente o que se vê no protestantismo.]
3) A Igreja verdadeira é aquela que guarda, igualmente, as tradições apostólicas (cf. 2 Ts 2,15). E não as igrejolas que além de não guardarem tais tradições, fazem pior, também as negam. A Bíblia é “útil” e não ‘única’ fonte da revelação divina – até porque, nem tudo que Jesus fez se encontra na Bíblia (cf. Jo 21,25). [Há uma enorme diferença entre ser ‘útil’e ser ‘única’. A Bíblia é, sem dúvida alguma, útil; mas não é a única fonte revelacional.]
4) A Igreja verdadeira é aquela que instituiu a Bíblia – e que, portanto, a precede. E não que surgiu depois dela. Sendo a Igreja, e não a Bíblia (AT + NT), a coluna e sustentáculo da verdade (cf. 1 Tm 3,15).
Como notou vários convertidos ao Catolicismo: para se acreditar na autoridade da Bíblia é necessário, primeiro, acreditar-se na autoridade da Igreja; porquanto foi a Igreja Católica quem estabeleceu o cânon da Escritura Sagrada (ou seja, a lista de livros que a compõem).
As “igrejas” protestantes quiseram, erroneamente, originar-se em um ‘revertério’ maligno, o qual se opõe a obra de Deus. Haja vista, o Altíssimo ter instituído uma Igreja (a Católica) e esta Igreja instituir a Bíblia. Já as comunidades protestantes querem, a partir da Bíblia, dar origem as suas igrejinhas. [Deus fez assim: a partir da Igreja, temos a Bíblia; o diabo faz o contrário, da Bíblia temos igrejinhas!]
Ademais, a bíblia protestante é incompleta; faltam livros. A Bíblia Católica (que é a Bíblia de Deus) é completa. [A bíblia deles é com “bê” minúsculo.]
5) A Igreja verdadeira é aquela que preza em agir em favor de determinados mortos; pois crê que certas almas ainda carecem dos sufrágios (ou “auxílios”) dos vivos. Em suma: vivos que agem favorecendo a mortos (cf. 1 Cor 15,29); angariando-lhes, conseqüentemente, bênçãos espirituais. Noutras palavras, confessando a realidade do Purgatório!
6) A Igreja verdadeira é aquela que salienta a importância capital das obras para salvação (cf. Mt 25,40ss; Tg 2,26). Refutando, com veemência, o nefando e ímpio princípio da “Sola Fides” (ou ‘Só a Fé’) e ensinando, perenemente, a prática das “boas obras” (Hb 10,24).
7) A Igreja verdadeira é aquela que centra seu culto litúrgico na Eucaristia (cf. 1 Cor 11,12ss; At 2, 42.46). Crendo, firmemente, que a carne do Senhor é verdadeiro alimento (cf. Jo 6,56-58) que assegura a Vida Eterna em nós e nós na Vida Eterna (cf. Jo 6,56-58).
A Igreja verdadeira é aquela que, perenemente, proclama a bem-aventurança (cf. Lc 1,48) da Gloriosa (cf. Ap 12,1.5) Mãe do Deus Conosco (cf. Mt 1,23). Ela que a mãe do nosso Senhor (cf. Lc 1,43) e nossa (cf. Jo 19,27) – nós que somos chamados a sermos discípulos amados, como João. A “cheia de graça” (Lc 1,28) é – entre as criaturas – quem mais intimamente participou do mistério salvífico. Colaborando de modo ímpar; pois foi ela: a eleita de Deus (Pai), a engravidada por Deus (Espírito Santo) e que se tornou a mãe de Deus (Filho). De sorte que, o Imaculado Filho nasceu da Imaculada Maria por obra do Imaculado Espírito Santo. (Segundo a vontade do Imaculado Pai Eterno!)
Se Henoc, porque “andou com Deus” (Gn 5,24), foi arrebatado em corpo e alma para o paraíso; quanto mais aquela, “cheia de graça” (Lc 1,28), que deu à luz Divino Redentor? [A qual, literalmente, (e de modo único e sem igual), andou com Deus Vivo dentro dela durante meses seguidos!] E se, por ventura, Maria tivesse morrido – pois a Bíblia não explicita isso – ainda assim, não a ressuscitaria, o seu divino Filho? [Ele que não tolerou nem mesmo a morte de seu amigo Lázaro, certamente, não suportaria ver sua mãe amada amarrada nos laços e liames da morte?] Levou, portanto, para o céu, também, aquele santo corpo que foi a fôrma da sua carne messiânica!... Todo ser de Maria o recebeu na terra; e é, por isso, que também todo o ser dela (corpo e alma) foi recebido, por ele, no céu!
Carne santa que estava ligado não só ao Divino Mestre; mas também ao maior dos profetas e o precursor de Cristo: João Batista. Haja vista, João, sendo filho de Isabel, era, conseqüentemente, parente de Maria... Virginalmente viveu o Precursor do Messias, virginalmente viveu o Messias, virginalmente, também viveu a Mãe do Messias. Carne virginal, tão grandemente aclamada!
9) A Igreja verdadeira é aquela que reconhece o Deus Altíssimo, não como um Deus antiarte (ou antiartístico); mas, muito pelo contrário, reconhece-O como um Deus que ama as Artes. Daí, o Tabernáculo – bem como o Templo de Jerusalém – possuírem abundantes imagens (cf. Ex 26,1; 1 Rs 7,29.36; 2 Cron 3,5-7). Sendo o Altíssimo, inclusive, conforme as próprias Escrituras, um grande inspirador dos artesões e artífices (cf. Ex 31,1ss; Ex 35,30).
10) A Igreja verdadeira crê, ao menos ser possível, a manifestação dos seres santos que partiram deste mundo – sejam os que partiram pela via comum da morte, como Moisés (cf. Dt 34,5); sejam os que deixaram-no pela incomum via do arrebatamento, como Elias (cf. 2 Rs 2,11). Assim está narrado nos evangelhos sinóticos: a ‘aparição’ de Moisés e a de Elias perante os apóstolos Pedro, Tiago e João (cf. Mt 17,1-3; Mc 9,1-4; Lc 9,28-31).
11) A Igreja verdadeira é aquela que reconhece a plenipotência (ou pleno poder) que o Senhor lhe conferiu (cf. Mt 18,18): ligando e desligando na terra, o que será ligado e desligado no céu. Sendo, a mesma, detentora do poder de perdoar – e também de reter – os pecados dos homens (cf. Jo 20,23). A Igreja é a instituição (uma sociedade visível) que possui, sobre a Terra, a última palavra sobre questões religiosas (cf. Mt 18,17). [É como se fosse o “Supremo Tribunal de Deus” na Terra.]
12) A Igreja verdadeira é aquela que valoriza e incentiva a vida celibatária: que é uma expressão de dedicação maior a favor da causa do Senhor e da santificação (cf. Mt 19,12; 1 Cor 7,32-34). E, por vezes, conserva “costumes” (cf. 1 Cor 11,16) que já eram praticados entre os cristãos dos primeiros séculos: como, por exemplo, o uso do véu por parte das mulheres (ao menos nos recintos religiosos). [Hodiernamente, restringiu-se tal prática quase que às religiosas (‘freiras’); todavia, este hábito, ainda subsiste na Igreja de Deus.]
13) A Igreja verdadeira é aquela que se encontra organizada hierarquicamente (com bispos, presbíteros, e diáconos): conforme 1 Tm 3,1.8; 3,17. Ocupando o ponto culminante, nesta hierarquia, os bispos (e dentre estes, o Bispo de Roma, aquele que porta “as chaves do Reino dos Céus”( Mt 16,19)): que são, em primeiro lugar, os “superiores e guias no Senhor”(1 Tes 5,12). [Essa Igreja também desconhece a chefia das mulheres na presidência das assembléias cristãs (cf. 1 Tm 2,11-12).]
14) A Igreja verdadeira não despreza o sofrimento (nem o amaldiçoa), mas o tem como elemento participante da vida cristã. Afinal: “Vos foi concedida, em relação a Cristo, a graça não só de credes nele, mas também de por ele sofrerdes” (Fl 1,29). Infelizes os que procuram a religião cristã, simplesmente, para alcançar curas, bênçãos e as prosperidades deste mundo que passa. A verdadeira religião não deixa de lembrar o valor das práticas penitenciais: como jejum (cf. At 13,2; At 9,9) e mortificações corporais (cf. 1 Cor 9,27; Tg 5,10; Col 1,24; Mt 11,21).
Salvação no mole, Cristo nunca ensinou. Ao contrário, disse ele: “Entrai pela porta estreita, porque largo é o caminho que conduz à perdição” (Mt 7,13). “Quem não carrega a sua cruz e vem após mim, não pode ser meu discípulo”(Lc 14,27). “E para vossa educação que sofreis”(Hb 12,7).
Obs.: Se escrevi algo que destoa do ensino da Santa Madre Igreja Católica, por favor, perdoem-me; e rejeitem o que minha ignóbil pessoa digitou. E siga no que sempre e perfeitamente tem ensinado a Mater Ecclesia.
P.S.: Tudo que escrevi está sujeito à autoridade da Igreja Católica. A qual poderá corrigir, refutar, completar e tudo o mais que for necessário para preservar incólume o Sagrado Depósito da Fé.
Bibliografia
- A BÍBLIA DE JERUSALÉM, Editora Paulus, SP, 1996.
Fiquem com Deus!
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“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela” (Mt 16,18).
1) A Igreja verdadeira tem que ter 2000 anos (deve vir do tempo dos apóstolos: cf. Mt 16,18; Mt 28,18-30) e não 100, 200 ou 500 anos (com é o caso das chamadas igrejas protestantes). Jesus é histórico, por conseguinte, histórica é a sua Igreja. Eis por que é imprescindível que ela – como o Verbo encarnado – perpassem dois milênios.
2) A Igreja verdadeira prega a unidade da fé (cf. Ef, 4,5) e, portanto (e obviamente), deverá ser, sempre, contrária – radicalmente contrária – ao Livre Exame das Escrituras; o qual só gerou e gera interpretações divergentes e contraditórias. E, conseqüentemente, dá origem às divisões e ao esfacelamento do Cristianismo. [E é justamente o que se vê no protestantismo.]
3) A Igreja verdadeira é aquela que guarda, igualmente, as tradições apostólicas (cf. 2 Ts 2,15). E não as igrejolas que além de não guardarem tais tradições, fazem pior, também as negam. A Bíblia é “útil” e não ‘única’ fonte da revelação divina – até porque, nem tudo que Jesus fez se encontra na Bíblia (cf. Jo 21,25). [Há uma enorme diferença entre ser ‘útil’e ser ‘única’. A Bíblia é, sem dúvida alguma, útil; mas não é a única fonte revelacional.]
4) A Igreja verdadeira é aquela que instituiu a Bíblia – e que, portanto, a precede. E não que surgiu depois dela. Sendo a Igreja, e não a Bíblia (AT + NT), a coluna e sustentáculo da verdade (cf. 1 Tm 3,15).
Como notou vários convertidos ao Catolicismo: para se acreditar na autoridade da Bíblia é necessário, primeiro, acreditar-se na autoridade da Igreja; porquanto foi a Igreja Católica quem estabeleceu o cânon da Escritura Sagrada (ou seja, a lista de livros que a compõem).
As “igrejas” protestantes quiseram, erroneamente, originar-se em um ‘revertério’ maligno, o qual se opõe a obra de Deus. Haja vista, o Altíssimo ter instituído uma Igreja (a Católica) e esta Igreja instituir a Bíblia. Já as comunidades protestantes querem, a partir da Bíblia, dar origem as suas igrejinhas. [Deus fez assim: a partir da Igreja, temos a Bíblia; o diabo faz o contrário, da Bíblia temos igrejinhas!]
Ademais, a bíblia protestante é incompleta; faltam livros. A Bíblia Católica (que é a Bíblia de Deus) é completa. [A bíblia deles é com “bê” minúsculo.]
5) A Igreja verdadeira é aquela que preza em agir em favor de determinados mortos; pois crê que certas almas ainda carecem dos sufrágios (ou “auxílios”) dos vivos. Em suma: vivos que agem favorecendo a mortos (cf. 1 Cor 15,29); angariando-lhes, conseqüentemente, bênçãos espirituais. Noutras palavras, confessando a realidade do Purgatório!
6) A Igreja verdadeira é aquela que salienta a importância capital das obras para salvação (cf. Mt 25,40ss; Tg 2,26). Refutando, com veemência, o nefando e ímpio princípio da “Sola Fides” (ou ‘Só a Fé’) e ensinando, perenemente, a prática das “boas obras” (Hb 10,24).
7) A Igreja verdadeira é aquela que centra seu culto litúrgico na Eucaristia (cf. 1 Cor 11,12ss; At 2, 42.46). Crendo, firmemente, que a carne do Senhor é verdadeiro alimento (cf. Jo 6,56-58) que assegura a Vida Eterna em nós e nós na Vida Eterna (cf. Jo 6,56-58).
A Igreja verdadeira é aquela que, perenemente, proclama a bem-aventurança (cf. Lc 1,48) da Gloriosa (cf. Ap 12,1.5) Mãe do Deus Conosco (cf. Mt 1,23). Ela que a mãe do nosso Senhor (cf. Lc 1,43) e nossa (cf. Jo 19,27) – nós que somos chamados a sermos discípulos amados, como João. A “cheia de graça” (Lc 1,28) é – entre as criaturas – quem mais intimamente participou do mistério salvífico. Colaborando de modo ímpar; pois foi ela: a eleita de Deus (Pai), a engravidada por Deus (Espírito Santo) e que se tornou a mãe de Deus (Filho). De sorte que, o Imaculado Filho nasceu da Imaculada Maria por obra do Imaculado Espírito Santo. (Segundo a vontade do Imaculado Pai Eterno!)
Se Henoc, porque “andou com Deus” (Gn 5,24), foi arrebatado em corpo e alma para o paraíso; quanto mais aquela, “cheia de graça” (Lc 1,28), que deu à luz Divino Redentor? [A qual, literalmente, (e de modo único e sem igual), andou com Deus Vivo dentro dela durante meses seguidos!] E se, por ventura, Maria tivesse morrido – pois a Bíblia não explicita isso – ainda assim, não a ressuscitaria, o seu divino Filho? [Ele que não tolerou nem mesmo a morte de seu amigo Lázaro, certamente, não suportaria ver sua mãe amada amarrada nos laços e liames da morte?] Levou, portanto, para o céu, também, aquele santo corpo que foi a fôrma da sua carne messiânica!... Todo ser de Maria o recebeu na terra; e é, por isso, que também todo o ser dela (corpo e alma) foi recebido, por ele, no céu!
Carne santa que estava ligado não só ao Divino Mestre; mas também ao maior dos profetas e o precursor de Cristo: João Batista. Haja vista, João, sendo filho de Isabel, era, conseqüentemente, parente de Maria... Virginalmente viveu o Precursor do Messias, virginalmente viveu o Messias, virginalmente, também viveu a Mãe do Messias. Carne virginal, tão grandemente aclamada!
9) A Igreja verdadeira é aquela que reconhece o Deus Altíssimo, não como um Deus antiarte (ou antiartístico); mas, muito pelo contrário, reconhece-O como um Deus que ama as Artes. Daí, o Tabernáculo – bem como o Templo de Jerusalém – possuírem abundantes imagens (cf. Ex 26,1; 1 Rs 7,29.36; 2 Cron 3,5-7). Sendo o Altíssimo, inclusive, conforme as próprias Escrituras, um grande inspirador dos artesões e artífices (cf. Ex 31,1ss; Ex 35,30).
10) A Igreja verdadeira crê, ao menos ser possível, a manifestação dos seres santos que partiram deste mundo – sejam os que partiram pela via comum da morte, como Moisés (cf. Dt 34,5); sejam os que deixaram-no pela incomum via do arrebatamento, como Elias (cf. 2 Rs 2,11). Assim está narrado nos evangelhos sinóticos: a ‘aparição’ de Moisés e a de Elias perante os apóstolos Pedro, Tiago e João (cf. Mt 17,1-3; Mc 9,1-4; Lc 9,28-31).
11) A Igreja verdadeira é aquela que reconhece a plenipotência (ou pleno poder) que o Senhor lhe conferiu (cf. Mt 18,18): ligando e desligando na terra, o que será ligado e desligado no céu. Sendo, a mesma, detentora do poder de perdoar – e também de reter – os pecados dos homens (cf. Jo 20,23). A Igreja é a instituição (uma sociedade visível) que possui, sobre a Terra, a última palavra sobre questões religiosas (cf. Mt 18,17). [É como se fosse o “Supremo Tribunal de Deus” na Terra.]
12) A Igreja verdadeira é aquela que valoriza e incentiva a vida celibatária: que é uma expressão de dedicação maior a favor da causa do Senhor e da santificação (cf. Mt 19,12; 1 Cor 7,32-34). E, por vezes, conserva “costumes” (cf. 1 Cor 11,16) que já eram praticados entre os cristãos dos primeiros séculos: como, por exemplo, o uso do véu por parte das mulheres (ao menos nos recintos religiosos). [Hodiernamente, restringiu-se tal prática quase que às religiosas (‘freiras’); todavia, este hábito, ainda subsiste na Igreja de Deus.]
13) A Igreja verdadeira é aquela que se encontra organizada hierarquicamente (com bispos, presbíteros, e diáconos): conforme 1 Tm 3,1.8; 3,17. Ocupando o ponto culminante, nesta hierarquia, os bispos (e dentre estes, o Bispo de Roma, aquele que porta “as chaves do Reino dos Céus”( Mt 16,19)): que são, em primeiro lugar, os “superiores e guias no Senhor”(1 Tes 5,12). [Essa Igreja também desconhece a chefia das mulheres na presidência das assembléias cristãs (cf. 1 Tm 2,11-12).]
14) A Igreja verdadeira não despreza o sofrimento (nem o amaldiçoa), mas o tem como elemento participante da vida cristã. Afinal: “Vos foi concedida, em relação a Cristo, a graça não só de credes nele, mas também de por ele sofrerdes” (Fl 1,29). Infelizes os que procuram a religião cristã, simplesmente, para alcançar curas, bênçãos e as prosperidades deste mundo que passa. A verdadeira religião não deixa de lembrar o valor das práticas penitenciais: como jejum (cf. At 13,2; At 9,9) e mortificações corporais (cf. 1 Cor 9,27; Tg 5,10; Col 1,24; Mt 11,21).
Salvação no mole, Cristo nunca ensinou. Ao contrário, disse ele: “Entrai pela porta estreita, porque largo é o caminho que conduz à perdição” (Mt 7,13). “Quem não carrega a sua cruz e vem após mim, não pode ser meu discípulo”(Lc 14,27). “E para vossa educação que sofreis”(Hb 12,7).
Obs.: Se escrevi algo que destoa do ensino da Santa Madre Igreja Católica, por favor, perdoem-me; e rejeitem o que minha ignóbil pessoa digitou. E siga no que sempre e perfeitamente tem ensinado a Mater Ecclesia.
P.S.: Tudo que escrevi está sujeito à autoridade da Igreja Católica. A qual poderá corrigir, refutar, completar e tudo o mais que for necessário para preservar incólume o Sagrado Depósito da Fé.
Bibliografia
- A BÍBLIA DE JERUSALÉM, Editora Paulus, SP, 1996.
Fiquem com Deus!
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“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela” (Mt 16,18).
Passagens difíceis do Alcorão
Wagner Herbet Alves Costa (1968-2006)
OBS.: 1- Sei que a presente temática não faz parte desse portal; todavia, resolvi postar, assim mesmo, esse meu artigo. Entenderei se não quiserem, inclusive, perder tempo lendo-o; pois é mais outro “calhamaço” que vos envio. No entanto, peço que, ao menos leiam as duas últimas páginas. Destacadamente os itens: ‘Tipos de monoteísmo” e ‘Esperança’; porquanto – penso eu – servem, respectivamente, para um esclarecimento de qual é a diferença entre o monoteísmo que os cristãos confessam e o que é confessado pelos judeus e muçulmanos, e também para salientar a esperança na conversão dos islâmicos à Fé Cristã. [Inclusive, se quiserem expor no site tais itens somente, sem o resto do texto, poderão fazê-lo.]
2- O meu e-mail está com “defeito”, por isso, estou utilizando o de minha irmã Pollyana....
PASSAGENS DIFÍCEIS DO ALCORÃO
(Parte – 1)
Embora o Concílio Vaticano II seja reconhecidamente pastoral (e que, após este episódio da História Conciliar do Catolicismo, tenham grassado pestilentas teses como a infame Teologia da Libertação), é claro que ele continua tendo um grande peso. E um dos documentos desse concílio (depois de assinalar o grandioso apreço que a Igreja nutre pelos judeus) diz expressamente: <<“Mas o plano de salvação abrange também aqueles que, reconhecem o Criador. Entre eles, em primeiro lugar, os muçulmanos, que, professando manter a fé de Abraão, adoram conosco o Deus único, misericordioso, juiz dos homens no último dia” (LG 16; cf. NA 3)>>[CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 5a edição, Editora Vozes Edições Paulinas Edições Loyola Editora Ave-Maria, RJ/SP, 1993, p. 207, n. 841]
Todavia, apesar dessa visão conciliar bastante otimista com relação aos confessores da fé islâmica, não podemos nos esquecer de certas problemáticas de caráter teológico que persistem (algumas, inclusive, de grandíssima relevância); como, por exemplo, as que são suscitadas por passagens do Corão como a que segue: <<“Diz: Ele é Deus, o Único! Deus, o Eterno Refúgio! Que não gerou nem foi gerado. Nada é igual a Ele!”(Alcorão112,14)>> [http://www.montfort.org.br/index.php?seção=caderno& subsecção=religião&artigo= Maomé&lang=bra]...
E agora? Para o cristão, como encarar tal proposição?...
Há, porém, pelo menos três modos, racionalmente falando, de um cristão se posicionar diante dessa sentença corânica (e de outras similares): 1 - ou o Alcorão afirma uma concepção antitrinitária, e, portanto, é um livro que contém falsidade; 2 – ou em uma outra versão do Corão, que seria a original, não possuiria tal sentença ou qualquer outra que se contraporia à veraz doutrina da Igreja de Deus; 3 - ou falso é o entendimento que se tem, comumente, de tal passagem.
Mas alguém questionaria (com relação à terceira proposição): como, então, poderia ser lido tal trecho do Alcorão de modo a não ferir a maravilhosa verdade doutrinária sobre a Santíssima Trindade?... Bem, eu não digo que seja fácil; mas tentarei apresentar, apesar da notória simploriedade do meu saber, uma solução (ainda que seja exposta tão-somente no campo hipotético ou especulativo). Aliás, esse é o desafio ao qual me proponho neste meu artigo: ler o Alcorão de forma a não o opor à verdade da Fé Cristã.
Introdução
Antes, porém, é curioso notar o que diz o Alcorão: << “Se estás em dúvida sobre o que temos revelado, consulta aqueles que leram o livro antes de ti” (Corão, X, 94. Edição Tangará do Alcorão Sagrado, versão árabe por Samir el Hayek São Paulo, 1979, p. 152)>>[htp://www.montfort.org.br, Idem...]. Ou seja, o próprio Corão reconhece que nós, os cristãos, somos aqueles que têm autoridade para aclarar as partes de difíceis entendimento do livro sagrado do islã; nós que precedemos os mulçumanos na revelação. [Os judeus também estariam incluídos entre os predecessores; entretanto, como se recusaram ao Evangelho de Cristo, não podem mais (depois de ter se consumada a Nova Aliança) serem tomados como doutos (ao menos em grau elevado) no concernente à revelação divina.]
Como Deus falou, antes aos judeus e depois aos cristãos, segundo a própria ótica islâmica; então, notoriamente, estes últimos têm a revelação mais completa (Antigo Testamento e Novo Testamento). Pois os do judaísmo ficaram somente com o Antigo Testamento. E, obviamente, o lógico é consultar os que têm o conhecimento revelacional mais completo, no caso, os cristãos... [Salvo se os judeus, em questão, pertencerem a algum grupo messiânico, o qual acolhem também a Nova Aliança, em Cristo Jesus e que confessam: “Nós estamos no Verdadeiro, no seu Filho Jesus Cristo. Este é o Deus verdadeiro e a Vida eterna”(1 Jo 5,20). Reconhecendo, igualmente, que é a “Igreja do Deus vivo: coluna e sustentáculo da verdade” (1 Tm 3,15) e, por conseguinte, nela se encontram “as chaves do Reino dos Céus” (Mt 16,19).]
Além do mais, no que tange o tempo, os cristãos precedem imediatamente os islamitas. Logo, os mais próximos e imediatos, com relação aos islâmicos, recebedores da Revelação Divina, cronologicamente, são os seguidores de Jesus.
É, também, importante lembrar que, ao menos num versículo – no que diz respeito àqueles que antes dos muçulmanos receberam revelação divina, isto é, judeus e cristãos – o Alcorão aponta preferencialmente para os cristãos (Surata 5,82): << “Constatará que aqueles que estão mais próximos do afeto dos fiéis, entre os humanos, são os dizem: Somos Cristãos”>>[http: //www.kuran.gen.tr/html/brezilyaca/005.php.3].
E é mui curioso, ainda, constatar que: <> [http://www.montfot.org.br, Idem].
Questão da Trindade
Ora, o Espírito Santo, que é Deus, ele nem gerou a Deus nem foi gerado por Deus; mas procede do Pai e do Filho. Onde está escrito no Alcorão que Deus não pode proceder? E assim como nós cristãos podemos falar de Deus, centrando-nos na Pessoa do Espírito Santo; também podemos falar do Senhor, focando na Pessoa do Pai ou na Pessoa do Filho. Pois tanto o Pai, como o Filho ou o Espírito Santo é um único e mesmo Deus.
Quando falamos da Pessoa do Pai, dizemos: o Pai gerou, mas não foi gerado. E quando falamos da Pessoa do Filho ensinamos: este foi gerado, porém não gerou. Já o Espírito Santo nem gerou nem foi gerado, mas procede. Em suma, o versículo do Alcorão (Surata 112,1-4) estaria direcionado à 3a Pessoa da Santíssima Trindade (o Espírito Santo).
Vede, ainda, que só Deus é absoluto: Ele é gerador, gerado e procedente. Só Deus é Divindade; e é, por isso, que só Ele pode gerar a Si mesmo e de Si mesmo proceder. (Nenhum outro ser gera a si próprio, ou procede de si; somente o Todo-poderoso. Que pode tudo, inclusive, gerar-se e, de si, proceder!) De sorte que, o mistério da Santíssima Trindade revela-nos a incomparável distinção que há entre o Criador e as criaturas.
Outra, quiçá, leitura possível da referida Sura (ou Surata) 112 é a seguinte: ‘Deus (Filho) não foi gerado (carnalmente por varão algum) nem gerou (varão ou varoa); haja vista Jesus, o Verbo divino, não teve pai humano nem descendência carnal (sem filhos). De sorte que, tal passagem do Corão também pode ser aplicada à 2a. Pessoa da Santíssima Trindade sem ferir a dogmática católica – desde que seja entendida da forma que aqui foi apresentada.
Deus é “Totalidade” (singular/plural)
Ademais, é importante lembrar que: No Alcorão, existem passagens em que a Divindade é tratada, algumas vezes, no singular (eu) e em outras no plural (nós), semelhante o que acontece no texto bíblico. E já que os cristãos entenderam, com relação à Bíblia, essa dobrada maneira de tratamento da divindade, ser uma forma velada da afirmação do Mistério da Santíssima Trindade (e não como sendo um simples plural majestático); assim, nós bem que poderíamos também contemplar essa realidade da divina “totalidade” (singular/plural) no texto do Alcorão. Pois é singular em natureza, mas ‘plural’ em pessoas. Deus é o todo: o essencialmente singular em “numerosidade” (de relações); todavia, sem contradição, já que é singular num aspecto e ‘plural’ noutro. No Corão é dito:
- <<“Criamos todos os seres vivos” (Surata 21,30)>>[http://www.kuran.gen.tr/html/ brezilyaca/021.php3].
- << “O salvamos... conduzindo-os a terra que abençoamos” (Surata 21,7)>>[http://
- <<“Do mesmo jeito que originamos a criação, reproduzi-la-emos (Surata 15,23)>>[ http //www.kuran.gen.tr/html/brezilyaca/015.php3].
- <<“Criamos o homem de argila” (Surata 15,24)>>[http://www.kuran.gen.tr/html/ brezilyaca/015.php3].
É por isso que, em sentenças como as supracitadas e nas que se seguem (Surata 50,43 e 50,59): <<“Somos Nós que damos a vida e amorte”>>[http://www.kuran.gen.tr/ html/brezilyaca/050.php3] <<“Somos Nós Criador”>>[http;//www.kuran.gen.tr/html/ brezilyaca/056.php3], bem poderíamos compreender como sendo uma confissão a respeito da Santíssima Trindade – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Se os muçulmanos lêem isso como um simples plural majestático, aí é uma perspectiva de leitura deles... mas quem disse que tem que ser esse o nosso ponto de vista (ao menos no campo hipotético), nós que somos cristãos?
Curiosas observações
E não é curioso que o Islamismo considera-se sendo a 3a Revelação?! A primeira seria a do Judaísmo e a segunda, do Cristianismo... Se for assim, então, não teria o Altíssimo, intencionalmente, querido assinar sua “tripersonalidade” no plano revelacional, isto é, que ele é Três Pessoas, daí as 3 revelacões (como crêem os muçulmanos)?... Não teria, portanto, o Todo-poderoso, escolhido que a ÚNICA fé abraânica fosse professada por TRÊS `povos` para assinalar justamente, no curso da História (Ele que é o Senhor de toda História), que ele é UNO em natureza, mas TRINO em pessoas?
Mal comparando, o cubo nos lembraria tal e tão santo mistério (o da Santíssima Trindade). Uma vez que, possuindo 3 dimensões (altura, comprimento e largura), é apenas 1 único e mesmo objeto. [Obviamente, se se retira uma dessas dimensões deixaria de ser cubo. E cubo, só é cubo, porque possui três dimensões indivisíveis.]... Afinal, como se chama cubo em árabe (língua oficial do Corão)? E o que significa o nome CAABA (que é o santuário-mor para o Islamismo)?... [O cubo tem 6 faces, 12 arestas e 8 vértices. Donde, 6 + 12 + 8 = 26; ora, 26 é o valor numérico do Tetragrama Divino IHWH ou Javé... E uma da formas mais comuns de se abrir um cubo é a cruciforme, ou seja, em cruz. Cruz que nos lembra aquela sobre a qual Jesus (cujo significado do nome é “Javé Salva”) derramou seu sangue redentor.]
Se um ser humano é capaz de dar a vida por outrem, em sinal de amor a esta pessoa; muitíssimo mais, haveria de o Bendito Deus fazê-lo, porquanto muitíssimo mais ama e sabe amar... Infinda é a sua Misericórdia!... Que prova maior (de misericórdia) se pode exigir de Deus? E quem poderá duvidar de seu infinito amor, depois de ele morrer em nosso lugar (por meio da natureza humana que assumiu)? [Com efeito, Deus não se deixa vencer em misericórdia!]
Deus ‘teve’ filho?
Mas o Corão não nega que Deus teve filho(s)?... De fato, crer que, um dia, 2000 mil anos atrás, o Todo-poderoso desejou ter um filho e para tanto se unira “sexualmente e/ou lascivamente” a uma mulher – conforme mencionado em inúmeros mitos do paganismo – é, por deveras, contrário à Revelação. A intenção corânica, creio eu, é rejeitar esse tipo de crendice. E, nisso, ele está coberto de razão. Entrementes, a verdade é que, Deus (o Pai), sempre, desde toda eternidade, TEM um Filho; e não simplesmente ‘teve’. [Mais precisamente: ‘Deus “É” Filho, sempiterno, do Eterno e Divino Pai’!] Ou seja, antes de existir o mais remoto vestígio de qualquer criatura, eternamente já existia um Filho divino: Sua Perene Palavra (ou o Verbo)... Depois, é que, este se encarnou, por obra do Espírito Santo, em uma virgem israelita: Maria de Nazaré. Assim, dizer que Deus “teve” (ou seja, passou a ter o que não tinha antes) um filho não é verdadeiro.
[Adendo: E há também, quem sabe, a questão de que, quando dizemos que alguém teve (ou tenha tido) algo, isso poderia indicar que não se tem mais ou, ao menos, existe a incerteza se ainda continua tendo tal coisa... Exemplo: ‘Meu amigo teve um carro’, daria a entender que ele não tem mais. O fato, é que, pela da tradução do Corão para língua portuguesa que li não aparece a expressão: Deus não “tem” filho; mas tão-somente que ele não “teve” filho. E que, portanto, o certo a se dizer é que: Deus TEM um Filho (ou melhor: ‘Deus é Filho’). Que, por ser filho dum Eterno, é também Eterno; daí, sua existência ser igualmente perpétua. Noutras palavras: Ele o TEM desde toda eternidade; porquanto é de sua mesma natureza, que é eterna.]
Eu como católico, prontamente, corrigiria um irmão na fé que, por ventura, estivesse dizendo: `Deus teve um filho`. Diria-lhe: `Não deveis falar assim, mas diga: Deus tem um filho`.
Já a Encarnação é como que uma solução para o seguinte questionamento: ‘Deus poderia encarnar-se, isto é, além da sua divina natureza eterna, assumir uma natureza humana? Resposta: Sim! Aliás, é o que exatamente ocorreu. Tenha-se em vista, o Altíssimo ser Onipotente; e, por conseguinte, possuir poder para tanto. (Ou alguém duvida que Ele tenha poder para tanto?)
<> [http://www. logoshop.hpg.com.br/div172.htm].
Deus, com isso tudo, dá o testemunho de insuperável humildade... Daí, ser tão rejeitado pelo Altíssimo os arrogantes e pretensiosos, pois se até ele – que é Deus Todo-poderoso – propõem a se apresentar de forma humilde; como, então, uma simples criatura pode arrogar-se a não o ser. [Como um rei que, deixando suas vestes de glória (esvaziando-se do luxo) e revestindo-se de simples tecidos, para, saindo do seu majestosíssimo palácio, ir misturar-se com o seu povo, assim é o grande Rei e Senhor. Um Deus que visita os que ele escolheu amar (aqueles que são alvos de sua misericórdia)!]
Com efeito, Deus não só nos ensina que devemos ser humildes; mas, Ele próprio, nos dá tremendo exemplo de humildade! (Quem poderia ser mais pedagógico do que o Divino Mestre, não é mesmo?)
Deus que se tornou visível
“No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, ela estava com Deus. Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito” (Jo 1,1-3), e “o Verbo se fez carne” (Jo 1,14). “O que era desde o princípio, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos, o que nossas mãos apalparam do Verbo da vida... e vimos e lhes damos testemunho e vos anunciamos a Vida eterna, que estava voltado para o Pai e que nos apareceu” (1 Jo 1,1-2).
Jesus mesmo declarou: “Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos”(Ap 1,17-18). E ainda salientou: “Em verdade, em verdade, vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU” (Jo 8,58)... [Lembremos que: os anjos não morrem e nem por isso são Deus (dada vênia, o simples fato não-morrer não é atestado de divindade). Nem nos esqueçamos que os mesmos não têm o poder de encarnarem-se, só Deus (o Onipotente) tem um tal poder. E é justamente essa onipotência que faz que um Ser seja Divino.]
O Verbo é Deus (o Primeiro e o Último); o invisível que assumiu a visibilidade...O Alcorão também ensina que Deus é Primeiro e Último, Visível e Invisível.
A Surata (ou Sura) 57,3 diz: << “Ele é o Primeiro e Último, o Visível e o Invisível, e é Onisciente”>> [htt://www.kuran.gen.tr/html/brezilyaca/057.php3].
E com Simão Pedro – conforme está na Bíblia – nós (cristãos) haveremos de sempre confessar ao Verbo Encarnado: “Senhor, tu sabes tudo”(Jo 21,17) .... [E quem sabe tudo; não é, pois, onisciente?]
Jesus (o Verbo) é incriado
Veja o seguinte comentário que encontrei num site: <>[htt://www. logoshp.hpg.ig.com.br/div172c.html]... O fato, é que, o próprio Corão, como a Bíblia, também afirmar que Jesus é a Palavra do Altíssimo. Quando Zacarias estava orando, anjos lhe teriam dito (Surata 3,39): <<“Deus te anunciou o nascimento de João, que corroborará o Verbo de Deus”>>[http://www.kuran.gen.tr/html /brezilyaca/003.php3]. E na Surata 3,45: << “Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será Messias, Jesus”>>[http://www.kuran.gen.tr/html/bresilyaca/ 003.php3].
Jesus, o Herdeiro de Deus.
Um dos títulos de Deus, no islamismo, é HERDEIRO!... Deus herdeiro(?!), herdeiro de quem??? (Será que algum muçulmano poderia me explicar tal titulação!)... Jesus, o Filho de Deus, sem dúvida, é o Herdeiro perpétuo do Pai.
<>[http://www. dhnet.org.br/direitos/anthist/alcorãoint.html#1465].
Deus nasceu duma virgem
Mas essa idéia de o divino nascer duma virgem não é coisa presente nos mitos pagãos, onde se associa à divindade tal tipo de nascimento?... Ora, quem disse que as “idéias” presentes nos mitos são, todas, per si, erradas? Se forem, então, não deveríamos acreditar em mortos sendo ressuscitados, ou cegos curados, ou outros tantos milagres e prodígios assinalados tanto na Bíblia como no Corão; porquanto em vários mitos aparecem narrados muitos fatos similares. [As idéias podem até ser semelhantes, mas não, necessariamente, as formas com estão descritas nas mitologias.]
Não nos esqueçamos que muitos foram os céticos, ao longo da História, que certamente acharam coisa de conto pagão, por exemplo, que a Divindade tenha transformado uma mulher em estátua de sal (o caso da mulher de Ló). E outros mais, de tal laia, não teriam zombado de ouvir dizer que Salomão proseava (ou conversava) com formigas? [E quantos não compararam as descrições paradisíacas, seja da Escritura Cristã ou do Alcorão, como fábulas? (O mesmo se diga do Inferno.) Coisas, diriam os incrédulos, de mitos pagãos!]
Os mitos do paganismo falam de deuses que curam pessoas; e, no entanto, sabemos que o Deus verdadeiro é quem, de fato, cura. Os mitos do paganismo falam de deuses que ressuscitam mortos; e, no entanto, sabemos que o Deus verdadeiro é quem, de fato, ressuscita-os. Os mitos do paganismo falam de deuses que criaram plantas e animais; e, no entanto, sabemos que o Deus verdadeiro é quem, de fato, criou tais seres... Ora, os mitos do paganismo, semelhantemente, falam de deuses que se encarnam; e, nós (que temos a ciência exata) sabemos que o único divino que se encarnou foi o Deus verdadeiro, na pessoa do Verbo da Vida!
A idéia de que uma divindade podia curar era verdadeira, a idéia de que uma divindade podia ressuscitar mortos era verdadeira... assim, também, verdadeira era a idéia de que uma divindade podia encarnar-se (e ter mãe na temporalidade). Falsa era a atribuição que se fazia dessas coisas (dessas idéias) a seres que não eram. E, do mesmo modo que, atribuía-se a deuses falsos a encarnação da deidade; paralelamente, atribuíram às falsas mães-virgens aquilo que só caberia, no futuro, única e exclusivamente, a Virgem de Nazaré: Maria Santíssima.
Maria, portanto, é a única Mãe de Deus Encarnado. Daí, o gigantesco reconhecimento, dado pela Igreja, a essa criatura toda santa, que é a Virgem de Nazaré. Aliás, o próprio texto corânico bem coloca em proeminência o valor de sua pessoa; haja vista, dentre outras coisas, ser ela a ÚNICA mulher – em todo Alcorão – cujo nome próprio é citado! E o olhe que é citado dezenas de vezes. (E mesmo que fosse citada apenas duas ou três vezes já, grandemente, a particularizaria.).
Como habituei dizer: existem, pelo menos, três formas diferentes para explicar as ditas similaridades, presentes nos textos sagrados da Bíblia, com o que é descrito nas mitologias. Uma delas, a qual me aterei inicialmente (a qual dispenso minha particular consideração), é de São Justino (cristão e apologeta do século II), que eu chamo princípio macaqueador de Satanás. Porquanto, conhecedor das promessas divinas – como: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel, o que traduzido significa: “Deus está conosco””(Mt 1,23) ou “Ela te esmagará a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3,15) – o diabo fez tudo para confundir os homens, espalhando estórias semelhantes as que, futuramente, se cumpririam conforme a revelação divina. Para que, quando o verdadeiro filho de Deus aparecesse (verdadeiramente nascido de uma virgem), muitos o renegassem; dizendo, quiçá, coisas do tipo: ‘Que ele (Jesus Cristo) não seria melhor do que os seus (falsos) deuses!’... Há um interessante versículo no Corão (Sura 42,57): << “E quando é dado como exemplo o filho de Maria, eis que o teu povo o escarnea! E dizem: nossas divindades não são melhores do que ele?”>>[http://
Outra explicação, a respeito de tais semelhanças, seria pela linha do psicologismo. Onde os homens, de todas as culturas, projetariam em seus mitos o desejo – inato a todo ser humano – de encontrar-se com o seu Criador, fisicamente manifesto; já que o homem, além de espírito, possui também um corpo... Em que, por fim, Deus, todo Misericordioso, respondeu ao apelo e o anseio comum a toda criatura humana encarnando-se (independente se muitos deles não tivessem plena consciência dessa aspiração).
Os mitos expressariam, então, esse anseio universal, ainda que de forma mitiga e mesmo deformada. Recordo-me do testemunho dado pelo frei D. Bernado Bonowitz, sobre sua primeira intuição a respeito da Encarnação do Verbo, quando ele ainda não era católico, sendo uma criança numa conservadora família judaica. Diz ele: <>[Revista JESUS VIVE E É O SENHOR, (RCC) – Ano XIII – Fevereiro/00 – No. 260, entrevistado por Jorge André, p.7].
Há, ainda, a hipótese de, nas origens da humanidade, ter-se-ia uma única noção religiosa, da qual Noé tinha conhecimento e que ele comunicou a seus filhos. Só que, com o passar das gerações, a idéia perfeita de que o homem tinha da revelação foi se perdendo. Entretanto, as noções gerais – como aquela que afirmava que a divindade iria se encarnar – foram, ‘a troncos e barracos’, conservadas e preservadas, parcialmente e com certas deformidades, nas mais diferentes lendas dos povos. De sorte que, apesar das deformações míticas, o essencial da mensagem foi conservado; ou seja: o Altíssimo, que é infinitamente cheio de misericórdia, demonstraria seu infindo amor, assumindo nossa humanidade (encarnado-se) e morrendo por nós. ‘Não há prova de amor maior do que dá a vida por outrem!’
Quão cara a Deus é a virtude da humildade; por isso, imitando as palavras de São Tiago, digo: ‘Se o Senhor quiser estarei vivo e farei isto ou aquilo’ (cf. Tg 4,14). Sim, se o Altíssimo conceder-me fôlego aos meus dias, então escreverei uma segunda parte (e, talvez, outras mais [aliás, já tenho várias páginas de esboços!]) concernente às minhas conjecturas sobre o Cristianismo e o Islamismo... E que o Divino Espírito, que é Senhor com o Pai e com o Filho, conceda a graça e o dom da coragem para que, se for necessário, derrame meu sangue pela causa do Evangelho, e ser uma oferta agradável, olor que sobe aos céus por e em Cristo Jesus.
Tipos de Monoteísmo
O monoteísmo islâmico e/ou judaico, na sua importante e intransigente defesa da unicidade da natureza divina, mesmo assinalando esse insofismável valor da realidade do Ser Divino (que é uno), ainda assim, carece do colorido daquilo que podemos chamar de tri-personalidade divina. Explico. Comparativamente, você pode captar a realidade duma passagem numa fotografia em preto e branco; todavia, essa realidade é abraçada, com maior profundidade e precisão, quando se tira uma foto colorida. Tanto é que se apresentarmos a alguém, respectivamente, uma fotografia em preto e branco e uma colorida de um mesmo lugar e perguntarmos: ‘Elas descrevem a realidade de tal paisagem, sim ou não?’ Todos responderam que sim, que ambas fazem isso. Entretanto: ‘Qual delas expõe-na (a realidade) com maior exatidão?’ Obviamente, a colorida!... A doutrina das Três Pessoas Divinas é como o colorido fotográfico; e ela não desmantela a veracidade descrita pela unicidade da natureza divina (que seria comparável a uma foto em preto e branco); muito pelo contrário, a enriquece e a embeleza. Assim, poderíamos dizer: o monoteísmo não-tripessoal só desabrochará, com fulgor e resplendor, quando acolher a fé no mistério da Santíssima Trindade (o monoteísmo tripersonal). Em suma, o monoteísmo cristão, mais fiel e ricamente, “retrata” a realidade divina.
Esperança
Quando estivermos ante o Divino – Três Pessoas (o Pai, o Filho e o Espírito Santo) numa única e mesma Divindade – todos certamente ouviremos seu insondável testemunho (que já pode ser igualmente contemplado, ao menos em parte, no Alcorão, Surata 16,51): <<“Somos um único Deus”>>[http://www.kuran.gen.tr/html/brezilyaca /016.php3].
Então haveremos de salmodiar: “O céu foi feito com a palavra de Deus, e seu exército com o sopro de sua boca”(Sal 33,6). [Trocando em miúdos: A palavra divina é o Verbo Jesus; e o sopro, ou espírito, é o Espírito Santo.]
E para encerrar, cito o trecho dum interessante artigo, escrito pelo professor e estudioso sheik Abdul Haddi Palazzi: <>[http://www.visaojudaica.com.br/Junho%202004/Artigos%20e%20reportagens / o_alcorao-diz_ que_al a_deu_israel_aos_judeus.htm] ... Não é, pois, a cidade de Medina também conhecida como ‘A Iluminada’?... Com certeza, naquele notável dia (em que santo sacrifício foi renovado e, portanto, presentificado em Medina), a Luz que veio ao mundo, Jesus Cristo, brilhou com toda resplandecência no interior de tão afamada urbe!
Se foi desse modo, como descrito por Abdul Palazzi, é de impressionar! Pois Maomé não só teria recebido e tratado cordialmente os cristãos; mas, mais ainda, recebeu-os numa das mais sagradas mesquitas do Islã. E, se isso tudo não bastasse, consentiu que, neste sacratíssimo ambiente para o Islamismo, fosse celebrada uma missa. Por que será??...
Queira Deus que, um dia, não pela vingança, rixa ou armas; mas pelo Espírito e pela graça, em mesquitas do mundo inteiro, seja celebrado o Santo Sacrifício da Missa!
Bibliografia
-AQUINO, Prof. Felipe, Escola da Fé I (Sagrada Tradição), Editora Cléofas, Lorena-SP, 2000.
- A BÍBLIA DE JERUSALÉM, Editora Paulus, SP, 1996.
- CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 5a edição, Editora Vozes Edições Paulinas Edições Loyola Editora Ave-Maria, RJ/SP, 1993.
http//www.kuran.gen.tr/html/brezilyaca/005.php3.
bra.
http:://www.visãojudaica.com.br/Junho%202004/Artigos%20e%20reportagens?o_alcorão-diz_ que_ala_deu_Israel_aos_judeus.htm.
Revista JESUS VIVE E É O SENHOR (RCC), Ano XIII – Fevereiro 00, No. 260.
PS.: O presente texto visa, indiscutivelmente, a propagação da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não obstante, primei por expor, especulativamente, as presumidas congruências acima citadas, na esperança de que se converta num valioso instrumento de evangelização. Porquanto, se se pode “demonstrar” que é possível achar as luzes da doutrina da Santíssima Trindade mesmo no texto do Alcorão, quanto mais então aumentará nosso empenho, e chances, em compartilhar toda a riqueza da Sagrada Fé Cristã com o povo islâmico. E, para tanto, coloco sob a proteção da Virgem Santíssima esse meu anseio (e esse meu ensaio) missionário – ela que é a “Primeira Evangelizadora”. [E que, por excelência, é `A Portadora da Palavra de Deus`; haja vista ter trazido o Verbo da Vida em seu ventre.].
Escusem, desde já, a visível incompetência (de minha parte) para tratar de temas tão delicados... (E pelos erros que fatalmente terei eu cometido.)
Tudo que escrevi está e estará sempre sujeito a um maior e melhor juízo, que é o da Santa Madre Igreja Católica. Que tem o poder, dado pelo Altíssimo, para corrigir, refutar, completar e tudo mais que for necessário.
Que DEUS seja louvado!
OBS.: 1- Sei que a presente temática não faz parte desse portal; todavia, resolvi postar, assim mesmo, esse meu artigo. Entenderei se não quiserem, inclusive, perder tempo lendo-o; pois é mais outro “calhamaço” que vos envio. No entanto, peço que, ao menos leiam as duas últimas páginas. Destacadamente os itens: ‘Tipos de monoteísmo” e ‘Esperança’; porquanto – penso eu – servem, respectivamente, para um esclarecimento de qual é a diferença entre o monoteísmo que os cristãos confessam e o que é confessado pelos judeus e muçulmanos, e também para salientar a esperança na conversão dos islâmicos à Fé Cristã. [Inclusive, se quiserem expor no site tais itens somente, sem o resto do texto, poderão fazê-lo.]
2- O meu e-mail está com “defeito”, por isso, estou utilizando o de minha irmã Pollyana....
PASSAGENS DIFÍCEIS DO ALCORÃO
(Parte – 1)
Embora o Concílio Vaticano II seja reconhecidamente pastoral (e que, após este episódio da História Conciliar do Catolicismo, tenham grassado pestilentas teses como a infame Teologia da Libertação), é claro que ele continua tendo um grande peso. E um dos documentos desse concílio (depois de assinalar o grandioso apreço que a Igreja nutre pelos judeus) diz expressamente: <<“Mas o plano de salvação abrange também aqueles que, reconhecem o Criador. Entre eles, em primeiro lugar, os muçulmanos, que, professando manter a fé de Abraão, adoram conosco o Deus único, misericordioso, juiz dos homens no último dia” (LG 16; cf. NA 3)>>[CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 5a edição, Editora Vozes Edições Paulinas Edições Loyola Editora Ave-Maria, RJ/SP, 1993, p. 207, n. 841]
Todavia, apesar dessa visão conciliar bastante otimista com relação aos confessores da fé islâmica, não podemos nos esquecer de certas problemáticas de caráter teológico que persistem (algumas, inclusive, de grandíssima relevância); como, por exemplo, as que são suscitadas por passagens do Corão como a que segue: <<“Diz: Ele é Deus, o Único! Deus, o Eterno Refúgio! Que não gerou nem foi gerado. Nada é igual a Ele!”(Alcorão112,14)>> [http://www.montfort.org.br/index.php?seção=caderno& subsecção=religião&artigo= Maomé&lang=bra]...
E agora? Para o cristão, como encarar tal proposição?...
Há, porém, pelo menos três modos, racionalmente falando, de um cristão se posicionar diante dessa sentença corânica (e de outras similares): 1 - ou o Alcorão afirma uma concepção antitrinitária, e, portanto, é um livro que contém falsidade; 2 – ou em uma outra versão do Corão, que seria a original, não possuiria tal sentença ou qualquer outra que se contraporia à veraz doutrina da Igreja de Deus; 3 - ou falso é o entendimento que se tem, comumente, de tal passagem.
Mas alguém questionaria (com relação à terceira proposição): como, então, poderia ser lido tal trecho do Alcorão de modo a não ferir a maravilhosa verdade doutrinária sobre a Santíssima Trindade?... Bem, eu não digo que seja fácil; mas tentarei apresentar, apesar da notória simploriedade do meu saber, uma solução (ainda que seja exposta tão-somente no campo hipotético ou especulativo). Aliás, esse é o desafio ao qual me proponho neste meu artigo: ler o Alcorão de forma a não o opor à verdade da Fé Cristã.
Introdução
Antes, porém, é curioso notar o que diz o Alcorão: << “Se estás em dúvida sobre o que temos revelado, consulta aqueles que leram o livro antes de ti” (Corão, X, 94. Edição Tangará do Alcorão Sagrado, versão árabe por Samir el Hayek São Paulo, 1979, p. 152)>>[htp://www.montfort.org.br, Idem...]. Ou seja, o próprio Corão reconhece que nós, os cristãos, somos aqueles que têm autoridade para aclarar as partes de difíceis entendimento do livro sagrado do islã; nós que precedemos os mulçumanos na revelação. [Os judeus também estariam incluídos entre os predecessores; entretanto, como se recusaram ao Evangelho de Cristo, não podem mais (depois de ter se consumada a Nova Aliança) serem tomados como doutos (ao menos em grau elevado) no concernente à revelação divina.]
Como Deus falou, antes aos judeus e depois aos cristãos, segundo a própria ótica islâmica; então, notoriamente, estes últimos têm a revelação mais completa (Antigo Testamento e Novo Testamento). Pois os do judaísmo ficaram somente com o Antigo Testamento. E, obviamente, o lógico é consultar os que têm o conhecimento revelacional mais completo, no caso, os cristãos... [Salvo se os judeus, em questão, pertencerem a algum grupo messiânico, o qual acolhem também a Nova Aliança, em Cristo Jesus e que confessam: “Nós estamos no Verdadeiro, no seu Filho Jesus Cristo. Este é o Deus verdadeiro e a Vida eterna”(1 Jo 5,20). Reconhecendo, igualmente, que é a “Igreja do Deus vivo: coluna e sustentáculo da verdade” (1 Tm 3,15) e, por conseguinte, nela se encontram “as chaves do Reino dos Céus” (Mt 16,19).]
Além do mais, no que tange o tempo, os cristãos precedem imediatamente os islamitas. Logo, os mais próximos e imediatos, com relação aos islâmicos, recebedores da Revelação Divina, cronologicamente, são os seguidores de Jesus.
É, também, importante lembrar que, ao menos num versículo – no que diz respeito àqueles que antes dos muçulmanos receberam revelação divina, isto é, judeus e cristãos – o Alcorão aponta preferencialmente para os cristãos (Surata 5,82): << “Constatará que aqueles que estão mais próximos do afeto dos fiéis, entre os humanos, são os dizem: Somos Cristãos”>>[http: //www.kuran.gen.tr/html/brezilyaca/005.php.3].
E é mui curioso, ainda, constatar que: <> [http://www.montfot.org.br, Idem].
Questão da Trindade
Ora, o Espírito Santo, que é Deus, ele nem gerou a Deus nem foi gerado por Deus; mas procede do Pai e do Filho. Onde está escrito no Alcorão que Deus não pode proceder? E assim como nós cristãos podemos falar de Deus, centrando-nos na Pessoa do Espírito Santo; também podemos falar do Senhor, focando na Pessoa do Pai ou na Pessoa do Filho. Pois tanto o Pai, como o Filho ou o Espírito Santo é um único e mesmo Deus.
Quando falamos da Pessoa do Pai, dizemos: o Pai gerou, mas não foi gerado. E quando falamos da Pessoa do Filho ensinamos: este foi gerado, porém não gerou. Já o Espírito Santo nem gerou nem foi gerado, mas procede. Em suma, o versículo do Alcorão (Surata 112,1-4) estaria direcionado à 3a Pessoa da Santíssima Trindade (o Espírito Santo).
Vede, ainda, que só Deus é absoluto: Ele é gerador, gerado e procedente. Só Deus é Divindade; e é, por isso, que só Ele pode gerar a Si mesmo e de Si mesmo proceder. (Nenhum outro ser gera a si próprio, ou procede de si; somente o Todo-poderoso. Que pode tudo, inclusive, gerar-se e, de si, proceder!) De sorte que, o mistério da Santíssima Trindade revela-nos a incomparável distinção que há entre o Criador e as criaturas.
Outra, quiçá, leitura possível da referida Sura (ou Surata) 112 é a seguinte: ‘Deus (Filho) não foi gerado (carnalmente por varão algum) nem gerou (varão ou varoa); haja vista Jesus, o Verbo divino, não teve pai humano nem descendência carnal (sem filhos). De sorte que, tal passagem do Corão também pode ser aplicada à 2a. Pessoa da Santíssima Trindade sem ferir a dogmática católica – desde que seja entendida da forma que aqui foi apresentada.
Deus é “Totalidade” (singular/plural)
Ademais, é importante lembrar que: No Alcorão, existem passagens em que a Divindade é tratada, algumas vezes, no singular (eu) e em outras no plural (nós), semelhante o que acontece no texto bíblico. E já que os cristãos entenderam, com relação à Bíblia, essa dobrada maneira de tratamento da divindade, ser uma forma velada da afirmação do Mistério da Santíssima Trindade (e não como sendo um simples plural majestático); assim, nós bem que poderíamos também contemplar essa realidade da divina “totalidade” (singular/plural) no texto do Alcorão. Pois é singular em natureza, mas ‘plural’ em pessoas. Deus é o todo: o essencialmente singular em “numerosidade” (de relações); todavia, sem contradição, já que é singular num aspecto e ‘plural’ noutro. No Corão é dito:
- <<“Criamos todos os seres vivos” (Surata 21,30)>>[http://www.kuran.gen.tr/html/ brezilyaca/021.php3].
- << “O salvamos... conduzindo-os a terra que abençoamos” (Surata 21,7)>>[http://
- <<“Do mesmo jeito que originamos a criação, reproduzi-la-emos (Surata 15,23)>>[ http //www.kuran.gen.tr/html/brezilyaca/015.php3].
- <<“Criamos o homem de argila” (Surata 15,24)>>[http://www.kuran.gen.tr/html/ brezilyaca/015.php3].
É por isso que, em sentenças como as supracitadas e nas que se seguem (Surata 50,43 e 50,59): <<“Somos Nós que damos a vida e amorte”>>[http://www.kuran.gen.tr/ html/brezilyaca/050.php3] <<“Somos Nós Criador”>>[http;//www.kuran.gen.tr/html/ brezilyaca/056.php3], bem poderíamos compreender como sendo uma confissão a respeito da Santíssima Trindade – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Se os muçulmanos lêem isso como um simples plural majestático, aí é uma perspectiva de leitura deles... mas quem disse que tem que ser esse o nosso ponto de vista (ao menos no campo hipotético), nós que somos cristãos?
Curiosas observações
E não é curioso que o Islamismo considera-se sendo a 3a Revelação?! A primeira seria a do Judaísmo e a segunda, do Cristianismo... Se for assim, então, não teria o Altíssimo, intencionalmente, querido assinar sua “tripersonalidade” no plano revelacional, isto é, que ele é Três Pessoas, daí as 3 revelacões (como crêem os muçulmanos)?... Não teria, portanto, o Todo-poderoso, escolhido que a ÚNICA fé abraânica fosse professada por TRÊS `povos` para assinalar justamente, no curso da História (Ele que é o Senhor de toda História), que ele é UNO em natureza, mas TRINO em pessoas?
Mal comparando, o cubo nos lembraria tal e tão santo mistério (o da Santíssima Trindade). Uma vez que, possuindo 3 dimensões (altura, comprimento e largura), é apenas 1 único e mesmo objeto. [Obviamente, se se retira uma dessas dimensões deixaria de ser cubo. E cubo, só é cubo, porque possui três dimensões indivisíveis.]... Afinal, como se chama cubo em árabe (língua oficial do Corão)? E o que significa o nome CAABA (que é o santuário-mor para o Islamismo)?... [O cubo tem 6 faces, 12 arestas e 8 vértices. Donde, 6 + 12 + 8 = 26; ora, 26 é o valor numérico do Tetragrama Divino IHWH ou Javé... E uma da formas mais comuns de se abrir um cubo é a cruciforme, ou seja, em cruz. Cruz que nos lembra aquela sobre a qual Jesus (cujo significado do nome é “Javé Salva”) derramou seu sangue redentor.]
Se um ser humano é capaz de dar a vida por outrem, em sinal de amor a esta pessoa; muitíssimo mais, haveria de o Bendito Deus fazê-lo, porquanto muitíssimo mais ama e sabe amar... Infinda é a sua Misericórdia!... Que prova maior (de misericórdia) se pode exigir de Deus? E quem poderá duvidar de seu infinito amor, depois de ele morrer em nosso lugar (por meio da natureza humana que assumiu)? [Com efeito, Deus não se deixa vencer em misericórdia!]
Deus ‘teve’ filho?
Mas o Corão não nega que Deus teve filho(s)?... De fato, crer que, um dia, 2000 mil anos atrás, o Todo-poderoso desejou ter um filho e para tanto se unira “sexualmente e/ou lascivamente” a uma mulher – conforme mencionado em inúmeros mitos do paganismo – é, por deveras, contrário à Revelação. A intenção corânica, creio eu, é rejeitar esse tipo de crendice. E, nisso, ele está coberto de razão. Entrementes, a verdade é que, Deus (o Pai), sempre, desde toda eternidade, TEM um Filho; e não simplesmente ‘teve’. [Mais precisamente: ‘Deus “É” Filho, sempiterno, do Eterno e Divino Pai’!] Ou seja, antes de existir o mais remoto vestígio de qualquer criatura, eternamente já existia um Filho divino: Sua Perene Palavra (ou o Verbo)... Depois, é que, este se encarnou, por obra do Espírito Santo, em uma virgem israelita: Maria de Nazaré. Assim, dizer que Deus “teve” (ou seja, passou a ter o que não tinha antes) um filho não é verdadeiro.
[Adendo: E há também, quem sabe, a questão de que, quando dizemos que alguém teve (ou tenha tido) algo, isso poderia indicar que não se tem mais ou, ao menos, existe a incerteza se ainda continua tendo tal coisa... Exemplo: ‘Meu amigo teve um carro’, daria a entender que ele não tem mais. O fato, é que, pela da tradução do Corão para língua portuguesa que li não aparece a expressão: Deus não “tem” filho; mas tão-somente que ele não “teve” filho. E que, portanto, o certo a se dizer é que: Deus TEM um Filho (ou melhor: ‘Deus é Filho’). Que, por ser filho dum Eterno, é também Eterno; daí, sua existência ser igualmente perpétua. Noutras palavras: Ele o TEM desde toda eternidade; porquanto é de sua mesma natureza, que é eterna.]
Eu como católico, prontamente, corrigiria um irmão na fé que, por ventura, estivesse dizendo: `Deus teve um filho`. Diria-lhe: `Não deveis falar assim, mas diga: Deus tem um filho`.
Já a Encarnação é como que uma solução para o seguinte questionamento: ‘Deus poderia encarnar-se, isto é, além da sua divina natureza eterna, assumir uma natureza humana? Resposta: Sim! Aliás, é o que exatamente ocorreu. Tenha-se em vista, o Altíssimo ser Onipotente; e, por conseguinte, possuir poder para tanto. (Ou alguém duvida que Ele tenha poder para tanto?)
<> [http://www. logoshop.hpg.com.br/div172.htm].
Deus, com isso tudo, dá o testemunho de insuperável humildade... Daí, ser tão rejeitado pelo Altíssimo os arrogantes e pretensiosos, pois se até ele – que é Deus Todo-poderoso – propõem a se apresentar de forma humilde; como, então, uma simples criatura pode arrogar-se a não o ser. [Como um rei que, deixando suas vestes de glória (esvaziando-se do luxo) e revestindo-se de simples tecidos, para, saindo do seu majestosíssimo palácio, ir misturar-se com o seu povo, assim é o grande Rei e Senhor. Um Deus que visita os que ele escolheu amar (aqueles que são alvos de sua misericórdia)!]
Com efeito, Deus não só nos ensina que devemos ser humildes; mas, Ele próprio, nos dá tremendo exemplo de humildade! (Quem poderia ser mais pedagógico do que o Divino Mestre, não é mesmo?)
Deus que se tornou visível
“No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, ela estava com Deus. Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito” (Jo 1,1-3), e “o Verbo se fez carne” (Jo 1,14). “O que era desde o princípio, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos, o que nossas mãos apalparam do Verbo da vida... e vimos e lhes damos testemunho e vos anunciamos a Vida eterna, que estava voltado para o Pai e que nos apareceu” (1 Jo 1,1-2).
Jesus mesmo declarou: “Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos”(Ap 1,17-18). E ainda salientou: “Em verdade, em verdade, vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU” (Jo 8,58)... [Lembremos que: os anjos não morrem e nem por isso são Deus (dada vênia, o simples fato não-morrer não é atestado de divindade). Nem nos esqueçamos que os mesmos não têm o poder de encarnarem-se, só Deus (o Onipotente) tem um tal poder. E é justamente essa onipotência que faz que um Ser seja Divino.]
O Verbo é Deus (o Primeiro e o Último); o invisível que assumiu a visibilidade...O Alcorão também ensina que Deus é Primeiro e Último, Visível e Invisível.
A Surata (ou Sura) 57,3 diz: << “Ele é o Primeiro e Último, o Visível e o Invisível, e é Onisciente”>> [htt://www.kuran.gen.tr/html/brezilyaca/057.php3].
E com Simão Pedro – conforme está na Bíblia – nós (cristãos) haveremos de sempre confessar ao Verbo Encarnado: “Senhor, tu sabes tudo”(Jo 21,17) .... [E quem sabe tudo; não é, pois, onisciente?]
Jesus (o Verbo) é incriado
Veja o seguinte comentário que encontrei num site: <>[htt://www. logoshp.hpg.ig.com.br/div172c.html]... O fato, é que, o próprio Corão, como a Bíblia, também afirmar que Jesus é a Palavra do Altíssimo. Quando Zacarias estava orando, anjos lhe teriam dito (Surata 3,39): <<“Deus te anunciou o nascimento de João, que corroborará o Verbo de Deus”>>[http://www.kuran.gen.tr/html /brezilyaca/003.php3]. E na Surata 3,45: << “Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será Messias, Jesus”>>[http://www.kuran.gen.tr/html/bresilyaca/ 003.php3].
Jesus, o Herdeiro de Deus.
Um dos títulos de Deus, no islamismo, é HERDEIRO!... Deus herdeiro(?!), herdeiro de quem??? (Será que algum muçulmano poderia me explicar tal titulação!)... Jesus, o Filho de Deus, sem dúvida, é o Herdeiro perpétuo do Pai.
<>[http://www. dhnet.org.br/direitos/anthist/alcorãoint.html#1465].
Deus nasceu duma virgem
Mas essa idéia de o divino nascer duma virgem não é coisa presente nos mitos pagãos, onde se associa à divindade tal tipo de nascimento?... Ora, quem disse que as “idéias” presentes nos mitos são, todas, per si, erradas? Se forem, então, não deveríamos acreditar em mortos sendo ressuscitados, ou cegos curados, ou outros tantos milagres e prodígios assinalados tanto na Bíblia como no Corão; porquanto em vários mitos aparecem narrados muitos fatos similares. [As idéias podem até ser semelhantes, mas não, necessariamente, as formas com estão descritas nas mitologias.]
Não nos esqueçamos que muitos foram os céticos, ao longo da História, que certamente acharam coisa de conto pagão, por exemplo, que a Divindade tenha transformado uma mulher em estátua de sal (o caso da mulher de Ló). E outros mais, de tal laia, não teriam zombado de ouvir dizer que Salomão proseava (ou conversava) com formigas? [E quantos não compararam as descrições paradisíacas, seja da Escritura Cristã ou do Alcorão, como fábulas? (O mesmo se diga do Inferno.) Coisas, diriam os incrédulos, de mitos pagãos!]
Os mitos do paganismo falam de deuses que curam pessoas; e, no entanto, sabemos que o Deus verdadeiro é quem, de fato, cura. Os mitos do paganismo falam de deuses que ressuscitam mortos; e, no entanto, sabemos que o Deus verdadeiro é quem, de fato, ressuscita-os. Os mitos do paganismo falam de deuses que criaram plantas e animais; e, no entanto, sabemos que o Deus verdadeiro é quem, de fato, criou tais seres... Ora, os mitos do paganismo, semelhantemente, falam de deuses que se encarnam; e, nós (que temos a ciência exata) sabemos que o único divino que se encarnou foi o Deus verdadeiro, na pessoa do Verbo da Vida!
A idéia de que uma divindade podia curar era verdadeira, a idéia de que uma divindade podia ressuscitar mortos era verdadeira... assim, também, verdadeira era a idéia de que uma divindade podia encarnar-se (e ter mãe na temporalidade). Falsa era a atribuição que se fazia dessas coisas (dessas idéias) a seres que não eram. E, do mesmo modo que, atribuía-se a deuses falsos a encarnação da deidade; paralelamente, atribuíram às falsas mães-virgens aquilo que só caberia, no futuro, única e exclusivamente, a Virgem de Nazaré: Maria Santíssima.
Maria, portanto, é a única Mãe de Deus Encarnado. Daí, o gigantesco reconhecimento, dado pela Igreja, a essa criatura toda santa, que é a Virgem de Nazaré. Aliás, o próprio texto corânico bem coloca em proeminência o valor de sua pessoa; haja vista, dentre outras coisas, ser ela a ÚNICA mulher – em todo Alcorão – cujo nome próprio é citado! E o olhe que é citado dezenas de vezes. (E mesmo que fosse citada apenas duas ou três vezes já, grandemente, a particularizaria.).
Como habituei dizer: existem, pelo menos, três formas diferentes para explicar as ditas similaridades, presentes nos textos sagrados da Bíblia, com o que é descrito nas mitologias. Uma delas, a qual me aterei inicialmente (a qual dispenso minha particular consideração), é de São Justino (cristão e apologeta do século II), que eu chamo princípio macaqueador de Satanás. Porquanto, conhecedor das promessas divinas – como: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel, o que traduzido significa: “Deus está conosco””(Mt 1,23) ou “Ela te esmagará a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3,15) – o diabo fez tudo para confundir os homens, espalhando estórias semelhantes as que, futuramente, se cumpririam conforme a revelação divina. Para que, quando o verdadeiro filho de Deus aparecesse (verdadeiramente nascido de uma virgem), muitos o renegassem; dizendo, quiçá, coisas do tipo: ‘Que ele (Jesus Cristo) não seria melhor do que os seus (falsos) deuses!’... Há um interessante versículo no Corão (Sura 42,57): << “E quando é dado como exemplo o filho de Maria, eis que o teu povo o escarnea! E dizem: nossas divindades não são melhores do que ele?”>>[http://
Outra explicação, a respeito de tais semelhanças, seria pela linha do psicologismo. Onde os homens, de todas as culturas, projetariam em seus mitos o desejo – inato a todo ser humano – de encontrar-se com o seu Criador, fisicamente manifesto; já que o homem, além de espírito, possui também um corpo... Em que, por fim, Deus, todo Misericordioso, respondeu ao apelo e o anseio comum a toda criatura humana encarnando-se (independente se muitos deles não tivessem plena consciência dessa aspiração).
Os mitos expressariam, então, esse anseio universal, ainda que de forma mitiga e mesmo deformada. Recordo-me do testemunho dado pelo frei D. Bernado Bonowitz, sobre sua primeira intuição a respeito da Encarnação do Verbo, quando ele ainda não era católico, sendo uma criança numa conservadora família judaica. Diz ele: <>[Revista JESUS VIVE E É O SENHOR, (RCC) – Ano XIII – Fevereiro/00 – No. 260, entrevistado por Jorge André, p.7].
Há, ainda, a hipótese de, nas origens da humanidade, ter-se-ia uma única noção religiosa, da qual Noé tinha conhecimento e que ele comunicou a seus filhos. Só que, com o passar das gerações, a idéia perfeita de que o homem tinha da revelação foi se perdendo. Entretanto, as noções gerais – como aquela que afirmava que a divindade iria se encarnar – foram, ‘a troncos e barracos’, conservadas e preservadas, parcialmente e com certas deformidades, nas mais diferentes lendas dos povos. De sorte que, apesar das deformações míticas, o essencial da mensagem foi conservado; ou seja: o Altíssimo, que é infinitamente cheio de misericórdia, demonstraria seu infindo amor, assumindo nossa humanidade (encarnado-se) e morrendo por nós. ‘Não há prova de amor maior do que dá a vida por outrem!’
Quão cara a Deus é a virtude da humildade; por isso, imitando as palavras de São Tiago, digo: ‘Se o Senhor quiser estarei vivo e farei isto ou aquilo’ (cf. Tg 4,14). Sim, se o Altíssimo conceder-me fôlego aos meus dias, então escreverei uma segunda parte (e, talvez, outras mais [aliás, já tenho várias páginas de esboços!]) concernente às minhas conjecturas sobre o Cristianismo e o Islamismo... E que o Divino Espírito, que é Senhor com o Pai e com o Filho, conceda a graça e o dom da coragem para que, se for necessário, derrame meu sangue pela causa do Evangelho, e ser uma oferta agradável, olor que sobe aos céus por e em Cristo Jesus.
Tipos de Monoteísmo
O monoteísmo islâmico e/ou judaico, na sua importante e intransigente defesa da unicidade da natureza divina, mesmo assinalando esse insofismável valor da realidade do Ser Divino (que é uno), ainda assim, carece do colorido daquilo que podemos chamar de tri-personalidade divina. Explico. Comparativamente, você pode captar a realidade duma passagem numa fotografia em preto e branco; todavia, essa realidade é abraçada, com maior profundidade e precisão, quando se tira uma foto colorida. Tanto é que se apresentarmos a alguém, respectivamente, uma fotografia em preto e branco e uma colorida de um mesmo lugar e perguntarmos: ‘Elas descrevem a realidade de tal paisagem, sim ou não?’ Todos responderam que sim, que ambas fazem isso. Entretanto: ‘Qual delas expõe-na (a realidade) com maior exatidão?’ Obviamente, a colorida!... A doutrina das Três Pessoas Divinas é como o colorido fotográfico; e ela não desmantela a veracidade descrita pela unicidade da natureza divina (que seria comparável a uma foto em preto e branco); muito pelo contrário, a enriquece e a embeleza. Assim, poderíamos dizer: o monoteísmo não-tripessoal só desabrochará, com fulgor e resplendor, quando acolher a fé no mistério da Santíssima Trindade (o monoteísmo tripersonal). Em suma, o monoteísmo cristão, mais fiel e ricamente, “retrata” a realidade divina.
Esperança
Quando estivermos ante o Divino – Três Pessoas (o Pai, o Filho e o Espírito Santo) numa única e mesma Divindade – todos certamente ouviremos seu insondável testemunho (que já pode ser igualmente contemplado, ao menos em parte, no Alcorão, Surata 16,51): <<“Somos um único Deus”>>[http://www.kuran.gen.tr/html/brezilyaca /016.php3].
Então haveremos de salmodiar: “O céu foi feito com a palavra de Deus, e seu exército com o sopro de sua boca”(Sal 33,6). [Trocando em miúdos: A palavra divina é o Verbo Jesus; e o sopro, ou espírito, é o Espírito Santo.]
E para encerrar, cito o trecho dum interessante artigo, escrito pelo professor e estudioso sheik Abdul Haddi Palazzi: <>[http://www.visaojudaica.com.br/Junho%202004/Artigos%20e%20reportagens / o_alcorao-diz_ que_al a_deu_israel_aos_judeus.htm] ... Não é, pois, a cidade de Medina também conhecida como ‘A Iluminada’?... Com certeza, naquele notável dia (em que santo sacrifício foi renovado e, portanto, presentificado em Medina), a Luz que veio ao mundo, Jesus Cristo, brilhou com toda resplandecência no interior de tão afamada urbe!
Se foi desse modo, como descrito por Abdul Palazzi, é de impressionar! Pois Maomé não só teria recebido e tratado cordialmente os cristãos; mas, mais ainda, recebeu-os numa das mais sagradas mesquitas do Islã. E, se isso tudo não bastasse, consentiu que, neste sacratíssimo ambiente para o Islamismo, fosse celebrada uma missa. Por que será??...
Queira Deus que, um dia, não pela vingança, rixa ou armas; mas pelo Espírito e pela graça, em mesquitas do mundo inteiro, seja celebrado o Santo Sacrifício da Missa!
Bibliografia
-AQUINO, Prof. Felipe, Escola da Fé I (Sagrada Tradição), Editora Cléofas, Lorena-SP, 2000.
- A BÍBLIA DE JERUSALÉM, Editora Paulus, SP, 1996.
- CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 5a edição, Editora Vozes Edições Paulinas Edições Loyola Editora Ave-Maria, RJ/SP, 1993.
http//www.kuran.gen.tr/html/brezilyaca/005.php3.
bra.
http:://www.visãojudaica.com.br/Junho%202004/Artigos%20e%20reportagens?o_alcorão-diz_ que_ala_deu_Israel_aos_judeus.htm.
Revista JESUS VIVE E É O SENHOR (RCC), Ano XIII – Fevereiro 00, No. 260.
PS.: O presente texto visa, indiscutivelmente, a propagação da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não obstante, primei por expor, especulativamente, as presumidas congruências acima citadas, na esperança de que se converta num valioso instrumento de evangelização. Porquanto, se se pode “demonstrar” que é possível achar as luzes da doutrina da Santíssima Trindade mesmo no texto do Alcorão, quanto mais então aumentará nosso empenho, e chances, em compartilhar toda a riqueza da Sagrada Fé Cristã com o povo islâmico. E, para tanto, coloco sob a proteção da Virgem Santíssima esse meu anseio (e esse meu ensaio) missionário – ela que é a “Primeira Evangelizadora”. [E que, por excelência, é `A Portadora da Palavra de Deus`; haja vista ter trazido o Verbo da Vida em seu ventre.].
Escusem, desde já, a visível incompetência (de minha parte) para tratar de temas tão delicados... (E pelos erros que fatalmente terei eu cometido.)
Tudo que escrevi está e estará sempre sujeito a um maior e melhor juízo, que é o da Santa Madre Igreja Católica. Que tem o poder, dado pelo Altíssimo, para corrigir, refutar, completar e tudo mais que for necessário.
Que DEUS seja louvado!
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