sexta-feira, 9 de julho de 2010

A VERDADEIRA IGREJA

Wagner Herbet Alves Costa (1968-2006)

1) A Igreja verdadeira tem que ter 2000 anos (deve vir do tempo dos apóstolos: cf. Mt 16,18; Mt 28,18-30) e não 100, 200 ou 500 anos (com é o caso das chamadas igrejas protestantes). Jesus é histórico, por conseguinte, histórica é a sua Igreja. Eis por que é imprescindível que ela – como o Verbo encarnado – perpassem dois milênios.



2) A Igreja verdadeira prega a unidade da fé (cf. Ef, 4,5) e, portanto (e obviamente), deverá ser, sempre, contrária – radicalmente contrária – ao Livre Exame das Escrituras; o qual só gerou e gera interpretações divergentes e contraditórias. E, conseqüentemente, dá origem às divisões e ao esfacelamento do Cristianismo. [E é justamente o que se vê no protestantismo.]



3) A Igreja verdadeira é aquela que guarda, igualmente, as tradições apostólicas (cf. 2 Ts 2,15). E não as igrejolas que além de não guardarem tais tradições, fazem pior, também as negam. A Bíblia é “útil” e não ‘única’ fonte da revelação divina – até porque, nem tudo que Jesus fez se encontra na Bíblia (cf. Jo 21,25). [Há uma enorme diferença entre ser ‘útil’e ser ‘única’. A Bíblia é, sem dúvida alguma, útil; mas não é a única fonte revelacional.]
4) A Igreja verdadeira é aquela que instituiu a Bíblia – e que, portanto, a precede. E não que surgiu depois dela. Sendo a Igreja, e não a Bíblia (AT + NT), a coluna e sustentáculo da verdade (cf. 1 Tm 3,15).



Como notou vários convertidos ao Catolicismo: para se acreditar na autoridade da Bíblia é necessário, primeiro, acreditar-se na autoridade da Igreja; porquanto foi a Igreja Católica quem estabeleceu o cânon da Escritura Sagrada (ou seja, a lista de livros que a compõem).



As “igrejas” protestantes quiseram, erroneamente, originar-se em um ‘revertério’ maligno, o qual se opõe a obra de Deus. Haja vista, o Altíssimo ter instituído uma Igreja (a Católica) e esta Igreja instituir a Bíblia. Já as comunidades protestantes querem, a partir da Bíblia, dar origem as suas igrejinhas. [Deus fez assim: a partir da Igreja, temos a Bíblia; o diabo faz o contrário, da Bíblia temos igrejinhas!]



Ademais, a bíblia protestante é incompleta; faltam livros. A Bíblia Católica (que é a Bíblia de Deus) é completa. [A bíblia deles é com “bê” minúsculo.]





5) A Igreja verdadeira é aquela que preza em agir em favor de determinados mortos; pois crê que certas almas ainda carecem dos sufrágios (ou “auxílios”) dos vivos. Em suma: vivos que agem favorecendo a mortos (cf. 1 Cor 15,29); angariando-lhes, conseqüentemente, bênçãos espirituais. Noutras palavras, confessando a realidade do Purgatório!





6) A Igreja verdadeira é aquela que salienta a importância capital das obras para salvação (cf. Mt 25,40ss; Tg 2,26). Refutando, com veemência, o nefando e ímpio princípio da “Sola Fides” (ou ‘Só a Fé’) e ensinando, perenemente, a prática das “boas obras” (Hb 10,24).





7) A Igreja verdadeira é aquela que centra seu culto litúrgico na Eucaristia (cf. 1 Cor 11,12ss; At 2, 42.46). Crendo, firmemente, que a carne do Senhor é verdadeiro alimento (cf. Jo 6,56-58) que assegura a Vida Eterna em nós e nós na Vida Eterna (cf. Jo 6,56-58).





A Igreja verdadeira é aquela que, perenemente, proclama a bem-aventurança (cf. Lc 1,48) da Gloriosa (cf. Ap 12,1.5) Mãe do Deus Conosco (cf. Mt 1,23). Ela que a mãe do nosso Senhor (cf. Lc 1,43) e nossa (cf. Jo 19,27) – nós que somos chamados a sermos discípulos amados, como João. A “cheia de graça” (Lc 1,28) é – entre as criaturas – quem mais intimamente participou do mistério salvífico. Colaborando de modo ímpar; pois foi ela: a eleita de Deus (Pai), a engravidada por Deus (Espírito Santo) e que se tornou a mãe de Deus (Filho). De sorte que, o Imaculado Filho nasceu da Imaculada Maria por obra do Imaculado Espírito Santo. (Segundo a vontade do Imaculado Pai Eterno!)



Se Henoc, porque “andou com Deus” (Gn 5,24), foi arrebatado em corpo e alma para o paraíso; quanto mais aquela, “cheia de graça” (Lc 1,28), que deu à luz Divino Redentor? [A qual, literalmente, (e de modo único e sem igual), andou com Deus Vivo dentro dela durante meses seguidos!] E se, por ventura, Maria tivesse morrido – pois a Bíblia não explicita isso – ainda assim, não a ressuscitaria, o seu divino Filho? [Ele que não tolerou nem mesmo a morte de seu amigo Lázaro, certamente, não suportaria ver sua mãe amada amarrada nos laços e liames da morte?] Levou, portanto, para o céu, também, aquele santo corpo que foi a fôrma da sua carne messiânica!... Todo ser de Maria o recebeu na terra; e é, por isso, que também todo o ser dela (corpo e alma) foi recebido, por ele, no céu!



Carne santa que estava ligado não só ao Divino Mestre; mas também ao maior dos profetas e o precursor de Cristo: João Batista. Haja vista, João, sendo filho de Isabel, era, conseqüentemente, parente de Maria... Virginalmente viveu o Precursor do Messias, virginalmente viveu o Messias, virginalmente, também viveu a Mãe do Messias. Carne virginal, tão grandemente aclamada!





9) A Igreja verdadeira é aquela que reconhece o Deus Altíssimo, não como um Deus antiarte (ou antiartístico); mas, muito pelo contrário, reconhece-O como um Deus que ama as Artes. Daí, o Tabernáculo – bem como o Templo de Jerusalém – possuírem abundantes imagens (cf. Ex 26,1; 1 Rs 7,29.36; 2 Cron 3,5-7). Sendo o Altíssimo, inclusive, conforme as próprias Escrituras, um grande inspirador dos artesões e artífices (cf. Ex 31,1ss; Ex 35,30).



10) A Igreja verdadeira crê, ao menos ser possível, a manifestação dos seres santos que partiram deste mundo – sejam os que partiram pela via comum da morte, como Moisés (cf. Dt 34,5); sejam os que deixaram-no pela incomum via do arrebatamento, como Elias (cf. 2 Rs 2,11). Assim está narrado nos evangelhos sinóticos: a ‘aparição’ de Moisés e a de Elias perante os apóstolos Pedro, Tiago e João (cf. Mt 17,1-3; Mc 9,1-4; Lc 9,28-31).





11) A Igreja verdadeira é aquela que reconhece a plenipotência (ou pleno poder) que o Senhor lhe conferiu (cf. Mt 18,18): ligando e desligando na terra, o que será ligado e desligado no céu. Sendo, a mesma, detentora do poder de perdoar – e também de reter – os pecados dos homens (cf. Jo 20,23). A Igreja é a instituição (uma sociedade visível) que possui, sobre a Terra, a última palavra sobre questões religiosas (cf. Mt 18,17). [É como se fosse o “Supremo Tribunal de Deus” na Terra.]





12) A Igreja verdadeira é aquela que valoriza e incentiva a vida celibatária: que é uma expressão de dedicação maior a favor da causa do Senhor e da santificação (cf. Mt 19,12; 1 Cor 7,32-34). E, por vezes, conserva “costumes” (cf. 1 Cor 11,16) que já eram praticados entre os cristãos dos primeiros séculos: como, por exemplo, o uso do véu por parte das mulheres (ao menos nos recintos religiosos). [Hodiernamente, restringiu-se tal prática quase que às religiosas (‘freiras’); todavia, este hábito, ainda subsiste na Igreja de Deus.]





13) A Igreja verdadeira é aquela que se encontra organizada hierarquicamente (com bispos, presbíteros, e diáconos): conforme 1 Tm 3,1.8; 3,17. Ocupando o ponto culminante, nesta hierarquia, os bispos (e dentre estes, o Bispo de Roma, aquele que porta “as chaves do Reino dos Céus”( Mt 16,19)): que são, em primeiro lugar, os “superiores e guias no Senhor”(1 Tes 5,12). [Essa Igreja também desconhece a chefia das mulheres na presidência das assembléias cristãs (cf. 1 Tm 2,11-12).]





14) A Igreja verdadeira não despreza o sofrimento (nem o amaldiçoa), mas o tem como elemento participante da vida cristã. Afinal: “Vos foi concedida, em relação a Cristo, a graça não só de credes nele, mas também de por ele sofrerdes” (Fl 1,29). Infelizes os que procuram a religião cristã, simplesmente, para alcançar curas, bênçãos e as prosperidades deste mundo que passa. A verdadeira religião não deixa de lembrar o valor das práticas penitenciais: como jejum (cf. At 13,2; At 9,9) e mortificações corporais (cf. 1 Cor 9,27; Tg 5,10; Col 1,24; Mt 11,21).



Salvação no mole, Cristo nunca ensinou. Ao contrário, disse ele: “Entrai pela porta estreita, porque largo é o caminho que conduz à perdição” (Mt 7,13). “Quem não carrega a sua cruz e vem após mim, não pode ser meu discípulo”(Lc 14,27). “E para vossa educação que sofreis”(Hb 12,7).





Obs.: Se escrevi algo que destoa do ensino da Santa Madre Igreja Católica, por favor, perdoem-me; e rejeitem o que minha ignóbil pessoa digitou. E siga no que sempre e perfeitamente tem ensinado a Mater Ecclesia.





P.S.: Tudo que escrevi está sujeito à autoridade da Igreja Católica. A qual poderá corrigir, refutar, completar e tudo o mais que for necessário para preservar incólume o Sagrado Depósito da Fé.


Bibliografia



- A BÍBLIA DE JERUSALÉM, Editora Paulus, SP, 1996.



Fiquem com Deus!



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“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela” (Mt 16,18).

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